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domingo, 25 de fevereiro de 2024

 

Após uma grande noite europeia, com uma vitória muito saborosa frente a uma das melhores equipas de Inglaterra, o histórico Arsenal F.C., o FCP regressa ao campeonato onde não tem feito uma temporada ao nível dos seus pergaminhos e por isso está em 3° lugar a sete pontos dos dois primeiros.
O jogo é em Barcelos, o adversário é o Gil Vicente e qualquer outro resultado que não seja a vitória dos Dragões, significará praticamente o adeus aos dois primeiros lugares e à possibilidade de estar na Champions League em 2024/2025.

Num dia de chuva, mas com o relvado em bom estado, o FCP com Diogo Costa, João Mário, Pepe, Otávio e Wendell, Francisco Conceição, Alan Varela, Eustaquio e Iván Jaime, Pepê e Evanilson, entrou a querer tomar conta do jogo, mas essa dinâmica foi interrompida pelo sistema de comunicação de um assistente, avariado, jogo parado. 
Quando recomeçou com Dragões a procurar manter a mesma toada, mais bola, mas com alguma dificuldade em circular bem. O Gil quando chegou à frente foi perigoso. No lance Pepe lesionou-se na cabeça, ficou a sangrar, jogo mais uma vez parado. Felizmente deu para o capitão continuar.
O jogo entrou numa fase confusa, muitas faltas, passes errados, a baliza dos de Barcelos só correu riscos numa jogada de Francisco Conceição e que Evanilson abordou mal no remate.
O jogo arrastava-se, ritmo baixo, futebol confuso, qualidade de jogo muito baixa.
Só ao minuto 35 após uma excelente arrancada de Wendell o golo esteve perto.
O Gil que estava organizado, com bola saía bem, trocava bem, estava melhor naquilo que o jogo lhe pedia.
O FCP até marcou um golo de canto, mas foi anulado por carga de Wendell sobre o guarda-redes.
No tempo de descontos, 9 minutos, o jogo dos azuis e brancos continuava a deixar muito a desejar, Pepê até conseguiu duas boas arrancadas, mas na definição as coisas ou não saíam bem ou a conclusão ameaçava pouco a baliza do adversário - aliás, só o brasileiro e Francisco Conceição conseguiam a espaços sair do marasmo que foram os primeiros 45 minutos.

Não admira que o intervalo chegasse com o resultado em branco e era o que se ajustava ao desenrolar da partida. E se o Gil Vicente fez bem o seu trabalho, pedia-se muito mais à equipa de Sérgio Conceição.
O FCP só ganhava nos cartões amarelos, três, Evanilson, Alan Varela e João Mário, nenhum para os da casa, embora algumas entradas também merecessem a mesma decisão.

Para a segunda-parte Sérgio Conceição tirou Alan Varela já amarelado e meteu Grujic.

Era preciso outro ritmo, outra dinâmica, mais critério a definir e contundência na hora de finalizar.
O FCP entrou forte, mais rápido e pressionante, a ganhar um livre e dois cantos, com mais calma podia ter causado danos.
Como corolário dessa boa entrada, penálti por mão do defesa do Gil, Evanilson marcou, mas só na recarga a bola entrou. Um penálti muito mal marcado, mas que adiantou os Dragões.
Em vantagem e com os barcelenses a ter de arriscar mais, era preciso não abrandar, ir à procura do segundo. E só não aconteceu porque com vários jogadores bem posicionados, João Mário cruzou para ninguém. De seguida e em superioridade e com alguns colegas prontos para receber, tentou o golo e foi para fora.
Foram 15 minutos muito bons dos azuis e brancos.
Numa jogada que pareceu precedida de falta, o Gil ameaçou.
Na resposta e num contra-ataque bem delineado, Francisco Conceição podia ter marcado.
Mas os da casa queriam mudar o rumo do jogo, num mau posicionamento de Pepe, valeu Otávio, rápido na dobra a evitar o pior. 
Aos 68 minutos saiu Iván Jaime e entrou Galeno.
Com tudo para fazer golo e dar tranquilidade à equipa, Pepê sozinho atirou por cima na cara do guarda-redes.
Havia espaço, havia quem fosse para esse espaço, a bola não entrava, era mal passada, foi o que aconteceu com Evanilson aos 73 na tentativa de isolar Pepê.
Aos 76 Otávio merecia o golo que esteve quase, quase. Como quase aconteceu com Evanilson que também desperdiçou isolado - não se pode pedir tantos sacrifícios ao brasileiro. Depois quando precisa de finalizar, está esgotado, não decide bem.
Ao minuto 84 Sérgio Conceição voltou a mexer, entraram André Franco e Toni Martínez, saíram Evanilson e Francisco Conceição.
Com o resultado na diferença mínima, o Gil Vicente acreditou que podia empatar, pressionou, enquanto alguns jogadores do FCP acusavam o desgaste do jogo frente ao Arsenal, como aconteceu com Pepê já perto do fim, substituído por Nico González.
No quarto dos seis minutos de descontos, o Gil  empatou. Tudo começou numa displicência de André Franco com um passe disparatado, João Mário também não ajudou, a bola cruzada, um erro a meias entre a hesitação de Diogo Costa e Wendell parado a deixar a adversário entrar nas costas e dois pontos desperdiçados ingloriamente. Difícil de aceitar.

Resumindo, quando se está a ganhar pela diferença mínima, se tem algumas oportunidades claras e não se mata a jogo, o adversário acredita, arrisca, petisca. Foi o que aconteceu hoje, num jogo que o FCP pelo que fez na segunda-parte merecia vencer. Não venceu, a uma semana de receber o Benfica, deve ter dito adeus a um dos dois primeiros lugares. 
Não há desculpas, uma equipa com o traquejo do FCP não pode perder pontos desta maneira. E foi apenas por culpa própria.

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