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sábado, 16 de março de 2024


Depois de um resultado e uma eliminação com um sabor amargo e que deixou marcas físicas e psicológicas, o FCP não podia ficar a chorar, lamentar-se, tinha de se concentrar no campeonato e vencer o Vizela - coitados daqueles que caindo não são capazes de se levantar...

Os papéis iam inverter-se, desta vez seriam os minhotos a ficar na expectativa, jogar com o desgaste dos Dragões, defender mais que atacar, procurando não sofrer para num ou outro contra-ataque marcar. Competia ao conjunto de Sérgio Conceição ter as despesas do jogo, entrar bem, ser capaz de encontrar as melhores soluções para contornar os obstáculos que os vizelenses lhe iam colocar, ir rapidamente à procura do golo, fazer acontecer, não ficar à espera que aconteça.
Não foi o que aconteceu. Os primeiros 45 minutos deixaram muito a desejar e depois foi preciso esquecer o cansaço e ir à procura da vitória que viria a acontecer com a naturalidade própria de diferença entre as duas equipas.

Com Diogo Costa, João Mário, Pepe, Otávio e Wendell, Francisco Conceição, Alan Varela, Nico González e Galeno, Pepê e Evanilson, o FCP como seria de esperar, entrou apostado em resolver rapidamente para evitar arrastar a indecisão do resultado, vir a acusar o desgaste da noite europeia. Logo ao minuto 3 Wendell testou a atenção do guarda-redes do Vizela, Buntic.
Responderam os minhotos, ganharam dois cantos consecutivos, mas sem consequências.
Aos 9 foi Francisco Conceição a ficar perto do golo. Francisco que persistia em querer rematar com um adversário em cima e, claro, rematava contra ele. Varela de fora, muito por cima. Wendell voltou a ameaçar, bola bateu entre o poste e Buntic.
Apesar do domínio dos portistas, com bola o Vizela procurava sair a jogar e até chegou ao golo. Má abordagem de Otávio, péssima a de Pepe que fez auto-golo aos 17 minutos.
Dragões a terem de correr atrás do prejuízo, castigados por erros grosseiros.
A perder o FCP fez o que lhe competia, intensificou o domínio, a pressão, mas a inspiração estava longe do Dragão. Muita bola, jogava-se quase só no meio-campo do Vizela, mas na hora da verdade, dentro da área, muita cerimónia, muita falta de ideias, nem um golo. 

Assim, defendendo bem e beneficiando dos erros do FCP, a equipa vizelense chegou ao intervalo em vantagem. Era um resultado que penalizava demasiado o conjunto de Sérgio Conceição? Era. Mas os azuis e brancos só se podiam queixar de si próprios. Estiveram muito aquém das expectativas.

Apesar de estar a perder ao intervalo, para a segunda-parte o treinador do FCP manteve o mesmo onze.
Como lhe competia o FCP entrou a procurar o empate, mas era preciso acalmar, cabeça, não fazer faltas. 
Aos 49, Lacava derrubou Francisco Conceição, segundo amarelo, Vizela com menos um.
Apesar de estar com 10, os minhotos saíram para o contra-ataque, apenas ganharam canto.
Com mais um o FCP intensificou o domínio, os lances junto à baliza dos pupilos de Rubén de la Barrera, aos 55, Francisco desta vez fez bem a diagonal, atirou ao poste mais longe, empatou o jogo. Grande golo.
Só dava Porto, Nico atirou para grande defesa de Buntic, Dragões ameaçavam o 2°.
Alan Varela deu o lugar a Namaso.
Aos 62, excelente cruzamento de Wendell, Evanilson de cabeça ao poste.
Era um sufoco, mas apenas ganhava cantos a equipa portuense. Aos 64 minutos foi a vez de Nico, bem colocado na área, atirou para a bancada. Aos 66 foi Galeno a estar perto do golo.
Golo que aconteceu aos 68, marcou Pepê, estava consumada a reviravolta que os portistas já justificavam.
Convinha não adormecer na vantagem mínima, ir à procura do 3°.
Foi o que aconteceu, mas sem que o marcador se alterasse.
Sérgio Conceição voltou a mexer, aos 75 entraram Eustaquio e Iván Jaime, saíram João Mário e Nico González.
E o 3° não tardou, marcou Evanilson após remate de Otávio que o guarda-redes defendeu para a frente.
Aos 84 minutos ainda entraram Jorgie Sánchez e Toni Martínez e saíram Evanilson e Galeno. 
O resultado não se alterou com um remate de Pepê, apesar de ter dado a sensação de golo.
Golo que viria a acontecer aos 89 minutos e que fechou o resultado. Marcou Toni Martínez, depois de Francisco Conceição ter falhado na cara de Buntic.

Resumindo, vitória que não merece discussão, graças a um segunda-parte de bom nível, também porque esteve em superioridade numérica quase toda a etapa complementar, em contraste com a primeira que foi fraquinha. De realçar a boa condição física da equipa que respondeu bem ao desgaste londrino, num jogo em que teve de correr muito mais do que estaria previsto, muito por culpa daquilo que não fez na primeira-parte.

Surreal, as claques abandonam o estádio, segundo percebi, porque roubaram tarjas do Museu e posteriormente apareceram no estádio de um clube croata? Mas a equipa tem alguma culpa? 

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