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domingo, 6 de outubro de 2024

 

Depois do balde de água fria que foi aquele golo fora de tempo e que impediu uma vitória justa e marcante frente ao Manchester; sem tempo para ficar a carpir mágoas; no regresso ao campeonato o FCP tinha contra o SCB mais um teste exigente em que não podia facilitar, perder pontos.

Com Diogo Costa, João Mário, Zé Pedro, Nehuén e Francisco Moura, Alan Varela, Eustaquio e Nico González, Pepê, Samu e Galeno - o mesmo onze que iniciou o jogo frente ao Manchester -, o conjunto de Vítor Bruno entrou praticamente a marcar, por Samu aos 3 minutos, lance anulado e bem pelo VAR - o avançado espanhol empurrou o defesa do Braga.
Continuou a dominar, o perigo rondou a baliza de Matheus. Aos 20 minutos, Nico fez tudo bem, falhou na hora do remate, já enquadrado e bem dentro da área. Passados 2 minutos foi Galeno a falhar outra oportunidade flagrante. Muito bem o FCP, com a exceção da definição e finalização. Faltava definir melhor, mais eficácia ao bom jogo dos Dragões.
Braga só ameaçou aos 30 minutos, valeu Diogo Costa. Esse lance despertou os minhotos. O conjunto de Carlos Carvalhal começou a subir mais e obrigar a defesa e guarda-redes dos azuis e brancos a aplicarem-se. As melhorias bracarenses coincidiram com um período de menos fulgor dos portuenses.
Em cima dos 45 minutos Pepê fez um passe de qualidade que isolou Galeno, o luso-brasileiro foi derrubado, penálti, que o mesmo jogador converteu e deu vantagem ao FCP.
O jogo chegou ao intervalo com a vantagem mínima, mas justa, da equipa de Vítor Bruno. Os azuis e brancos fizeram cerca de 30 minutos bons, podiam ter marcado, baixaram no último quarto-de-hora, mas tudo somado mereceram ir para o descanso na frente do marcador.

Curioso. Nas épocas anteriores havia uma paciência quase sem limites, raramente se ouviam assobios, mesmo quando a equipa jogava bem pior e frente a adversários mais fracos, agora a paciência é mínima, os assobios voltaram ao Dragão.

Na segunda-parte João Mário já amarelado e a ameaçar ser expulso, foi substituído por Martim Fernandes.
Importante não descansar à sombra da vantagem mínima, era preciso manter a equipa desperta, concentrada e procurar marcar, aumentar a vantagem.
Entrou bem Martim e o primeiro remate foi do FCP. Reagiu o Braga, jogo equilibrado.
De um passe desastrado de Galeno já no último terço e com a equipa balanceada, deu origem ao contra-ataque e o perigo.
Não entrou aí, entrou de seguida. Corte de Nehuén, para perto, os médios de cobertura Varela e Eustaquio não estavam lá, não marcaram o jogador Roger Fernandes, golo do Braga num grande remate ao ângulo.
Na reacção o FCP voltou à vantagem, marcou Pepê. Rápido o apanha-bolas a ajudar à reposição, bola chegou a Nico que assistiu o brasileiro para golo.
Fundamental perceber que o Braga estava a subir, arriscar, era preciso aproveitar.
Aos 68 minutos saiu Eustaquio entrou Fábio Vieira. Era preciso ter bola, circular bem e rápido, servir os avançados no espaço. Galeno não pode ficar à espera da bola, tem de ir ao encontro dela, se não vai, expõe Francisco Moura que sobe muito.
O Braga tinha bola, o FCP não e pior, tinha dificuldades em controlar, sair para o ataque.
Ao 80 saíram Pepê e Galeno, entraram Vasco Sousa e Namaso.
Os minhotos estavam por cima, portistas em grande dificuldade para manter a vantagem.
FCP não conseguia ligar uma jogada, a incapacidade de ter bola era flagrante, idem para se aproximar da baliza de Matheus.
Já nos descontos, Samu, exausto, deu lugar a Deniz Gül.
O jogo terminou com a vitória, muito sofrida dos Dragões, que só jogaram bem durante 30 minutos no 1° tempo, onde podiam ter feito mais um ou outro golo.

É verdade que o jogo de quinta-feira foi de grande desgaste, mas as dificuldades da equipa do FCP, em vantagem, ter bola, circular, procurar explorar os espaços que o adversário, obrigado a arriscar, ia dando, dá, é algo que é preciso melhorar muito. Na segunda-parte os Dragões, tirando o golo, praticamente não tiveram mais nenhuma hipótese. 

Gosto muito de Fábio Vieira, acho que pode dar à equipa aquilo que lhe falta, na posse, na qualidade de passe, na criação de espaços, nos lances de bola parada. Mas este Fábio Vieira está longe daquele que a equipa precisa. Espero que na paragem o jovem emprestado pelo Arsenal possa melhorar a condição física, atingir o nível desejado e ser o tal jogador que a equipa necessita.

De qualquer maneira, o objectivo de vencer foi conseguido. 
Agora é fundamental mais consistência na qualidade de jogo, é preciso que a equipa dure mais tempo, não se limite a 30 minutos ou uma parte.



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