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quinta-feira, 23 de janeiro de 2025


Depois de duas derrotas seguidas para o campeonato - tão mau como a perda de seis pontos e a possibilidade de chegar ao 1° lugar isolado, foram as exibições indignas de uma equipa com a responsabilidade da do FCP -, que se seguiram a uma derrota com o Sporting para a Taça da Liga, os Dragões estavam de regresso à Liga Europa. E frente aos gregos do Olympiacos, se por um lado era preciso uma vitória, importante para manter o futuro em aberto na segunda prova da UEFA, por outro também era fundamental dar uma imagem muito diferente daquela que o conjunto azul e branco tem dado nos últimos tempos. Nem uma coisa nem outra. Foi mais uma derrota, mais uma exibição muito abaixo do que se exige a uma equipa do FCP. E como fosse pouco, o erro que deu o golo aos gregos nem foi de regional, foi das escolinhas, dos meninos que começam a dar uns pontapés na bola. Há algum treinador que resista a erros destes?

Com Diogo Costa, João Mário, Nehuén, Tiago Djaló e Francisco Moura, Alan Varela e Nico, Pepê, Rodrigo Mora e Galeno, Samu, o FCP entrou bem, forte, boa dinâmica, muita bola, a jogar no meio-campo adversário, mas sem criar muito perigo e com alguns defeitos que teimam em persistir. Por exemplo, Galeno a fazer más opções, jogando pouco com Moura que entrava sozinho nas suas costas, a perder bolas fáceis, João Mário a aparecer bem no espaço, mas um desastre no último passe, o mesmo com Pepê. E a partir dos 15 minutos os gregos ajustaram, subiram as linhas, pressionaram mais à frente, a dinâmica desapareceu, mais dificuldades em chegar à área e circular bem, a partida equilibrou-se, amarelo para Nehuén. Bola começou a ficar mais próxima da baliza do FCP que do Olympiacos. Até chegou a entrar, mas o fora-de-jogo era claro.
Estava o jogo assim, nas poucas vezes que chegava perto da baliza dos gregos, João Mário só fazia asneiras, não acertava um cruzamento.
A primeira vez que cheirou o golo dos Dragões já iam decorridos 41 minutos. Na resposta excelente defesa de Diogo Costa.

O intervalo chegou com um empate a zero, resultado justo. O FCP até começou bem, prometeu, mas a promessa durou apenas 15 minutos.

Sem alterações no início da etapa complementar, o conjunto orientado pelo interino Jose Tavares, entrou pior que na primeira, o lado direito, João Mário e Pepê perdiam mais do que ganhavam, Samu não segurava, levou um amarelo escusado. Quando chegava na frente o FCP só enrolava, não era rápido a definir, não rematava.
Aos 59 minutos saiu Pepê - para mim nem devia ter jogado. E como se viu pelo rendimento que deu não se perdia nada -, entrou Gonçalo Borges e continuava tanta cerimónia na frente, mesmo quando o guarda-redes facilitava. Mas Gonçalo Borges entrou bem, fez mais em poucos minutos que Pepê nos 60 que jogou.
Mas era um Dragão de fogachos, pouco organizado, João Mário continuava a cruzar muito mal, Varela mostrava porque não era titular, Galeno não aparecia, a equipa parecia com medo da própria sombra. 
Aos 71 Tiago Djaló não saiu para o fora-de-jogo, grande oportunidade para a equipa grega. De seguida saíram o João Mário e Rodrigo Mora, entraram Zé Pedro e Fábio Vieira. E a qualidade de jogo do FCP deixava a desejar. Para piorar, mais uma caixa monumental da defesa portista. Zé Pedro e Nehuén vão à bola, atrapalharam-se, a bola sobra para um jogador do Olympiacos e este assistiu para El Kaabi marcar. Isto só visto. Contado ninguém acredita que uma equipa do FCP sofra golos destes.
Entraram Gul e Namaso, saíram Francisco Moura e Samu. 
E como se fosse pouco, um pontapé do guarda-redes para a frente, só não foi golo, porque o avançado do Olympiacos estava deslocado.
E o jogo terminou com a derrota do FCP e a qualificação para o play-off ficou muito comprometida. Mas quem joga tão pouco sujeita-se a isto. Jogar 15 minutos e desaparecer foi o resumo da prestação dos portistas na tarde/noite de hoje.

Mais uma derrota, a 4ª consecutiva e a prova provada que os problemas do FCP, infelizmente, não se resumem ao treinador, mas à falta de qualidade deste plantel.
Alguns nem tiveram a pica necessária, não foram capazes de dar um grito de revolta, mostrar que tinham razão, não mereciam o que Vítor Bruno disse ou fez, foram injustiçados.

Se o novo treinador conseguir fazer deste grupo, não digo grande, mas uma boa equipa, é de um génio, de topo, nem vai aquecer o lugar, vai sair logo para um dos melhores campeonatos do futebol europeu.

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