F.C.Porto 1 - Sporting C.P 1. Uma 1ª parte de avanço e na 2ª faltou contundência na área para ganhar
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Depois de ter oferecido, foi mesmo isso, 10 pontos nas últimas quatro jornadas, o FCP estava obrigado a vencer o Sporting para manter em aberto, pelo menos, a possibilidade de disputar a Champions League da próxima época.
Não venceu, apenas empatou, mas fica a sensação que podia ter ganho. Mas não se pode jogar só uma parte... A situação está muito complicada para o 1° e dependendo do resultado do Benfica, pode também ficar para o 2°.
Entrando de início com Diogo Costa, João Mário, Zé Pedro, Nehúen Pérez, Tiago Djaló e Francisco Moura, Eustaquio e Alan Varela, Pepê, Samu e Rodrigo Mora, Dragões com alguns problemas em sair para o ataque, culpa de dois jogadores que o Sporting meteu na frente, na primeira zona de pressão. Perante essa dificuldade havia a tendência para um dos centrais do FCP, particularmente Tiago Djaló, arriscar, mas mal.
Azuis e brancos mal posicionados, desligados, Pepê não acertava uma, perdia sempre a bola, João Mário cruzava para o Centro Comercial, sportinguistas mais tranquilos e mais assertivos, amarelo para Rodrigo Mora aos 19 minutos. Chegamos a meio da primeira-parte com muito pouco Porto. Nesse período a quantidade de passes errados dos jogadores do FCP rondava os 100%.
Do nada, uma perda de bola dos lisboetas, Dragões perto do golo. Mora tardou a rematar, mas sobrou para Eustaquio que rematou ao poste. Mas era um Dragão muito atrás, que atacava pouco e quase sempre no contra-ataque, raramente construía uma jogada com princípio, meio e fim. Quando conseguia mais circulação era raro definir bem.
Aos 42 minutos, Quenda fez o que quis da defesa do FCP, tocou para trás, defesa mal colocada, todos no meio, sobrou para o golo de Fresneda com a colaboração de Francisco Moura.
De um lado uma equipa organizada, jogadores bem colocados, sempre a dar linhas de passe, do outro onze jogadores.
Ao intervalo o resultado ajustava-se. Não porque o Sporting tivesse criado muitos lances de perigo, mas foi mais equipa e quando criou aproveitou. O FCP foi menos equipa e na única oportunidade, que até foi mais oferecida que criada, desperdiçou.
Na segunda-parte a perder e mesmo obrigado a dar a volta ao resultado, Martín Anselmi manteve os mesmos onze jogadores.
E os segundos 45 minutos recomeçaram com o FCP a ganhar um canto, mas sem consequências. Apesar de lento a definir, com pouca contundência no último terço, era um Porto a jogar mais no meio-campo leonino.
Aos 59 minutos a bola entrou na baliza do Sporting, mas Tiago Djaló estava deslocado. Pedia-se mais qualidade a definir, passar na zona finalização.
Ao minuto 62 saiu Nehuén e entrou Fábio Vieira.
O FCP estava por cima, muito por força da melhoria de João Mário e Pepê, até criava, mas faltava a assistência para golo, que os azuis e brancos já justificavam.
Aos 68 minutos esteve à vista o empate, valeu a excelente defesa de Rui Silva.
No minuto seguinte entrou Gonçalo Borges e saiu Francisco Moura, aos 78 saíram João Mário e Alan Varela, entraram William Gomes - estreou-se em circunstâncias difíceis, não era expectável que fizesse milagres - e Namaso.
O FCP tentava, mas era tudo muito previsível, muito denunciado. Rodrigo Mora achou que tinha de fazer tudo sozinho, complicava em vez de simplificar, rematava em cima do adversário, Era notória a incapacidade em fazer pelo menos um golo. Mas quando tudo já parecia perdido, aos 94, finalmente, mas já sem tempo para mais, fez-se alguma justiça, o FCP empatou. Finalmente também uma jogada que tem de acontecer mais vezes: cruzamento de Fábio, assistência de Samu, golo de Namaso. Será que é assim tão difícil repetir estas jogadas? No último minuto, o árbitro deu 5 minutos de desconto, não se jogou. Sporting queria penálti, sem razão, Matheus Reis, sempre o mesmo carroceiro e Diomande foram expulsos, João Pinheiro não compensou o tempo perdido, acabou o jogo, não deu para mais.
Resumindo, se na primeira-parte praticamente não houve Porto, na segunda quase só deu Porto. A equipa de Martín Anselmi merecia mais. Mas fica difícil quando faltam desequilibradores, daqueles jogadores que em jogos amarrados, inventam, criam, decidem ou ajudam a decidir e também quem na área faça a diferença. Mas não deixa de ser verdade que vida dos avançados do FCP não é fácil. Falta alguém que os coloque em boa posição para marcar, não acontece com muita frequência e assim é complicado.