segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025
Depois de ter conseguido atingir o objectivo de chegar ao play-off da Liga Europa e posto fim a uma sequência de resultados negativos, o FCP tinha em Vila do Conde um jogo difícil, mas, por tudo, tinha de ganhar em vésperas de receber o Sporting.
Não ganhou, empatou, em mais um jogo em que ficou bem visível a falta de qualidade, em todos os sectores, deste plantel do FCP.
Já com Samu disponível, Martín Anselmi juntou ao internacional espanhol, Diogo Costa, Nehúen, Tiago Djaló e Otávio, João Mário, Eustáquio, Alan Varela e Francisco Moura, Gonçalo Borges, Rodrigo Mora e Samu, os azuis e brancos após um agitado último dia de mercado que retirou o seu melhor jogador - Nico González - da equipa, logo no primeiro minuto podiam ter marcado por Rodrigo Mora. Do lado contrário o Rio Ave a batia em tudo que mexe, ao contrário do que aconteceu frente ao Sporting em que estendeu a passadeira. Dragões algo lentos na primeira fase de construção, mas dominadores e a encostar os vilacondenses atrás. Ao minuto 14 o chapéu de Eustaquio ficou curto, permitiu a defesa ao guarda-redes. O conjunto de Martín Anselmi ia ameaçando, já merecia o golo, ao mesmo tempo que o árbitro Gustavo Correia permitia canela até ao pescoço.
Do nada, Tiago Djaló inventou, perdeu a bola em zona perigosa, valeu Diogo Costa.
Na resposta, brilhava o guarda-redes da equipa da casa, Cezary Miszta.
A partir da meia-hora o FCP começou a errar passes, perdeu discernimento, fluidez, cometeu alguns erros que podiam ter consequências. Tiveram. Um erro inacreditável de Nehuén, deixou Clayton isolado, golo do Rio Ave contra a corrente do jogo. Não há equipa nem treinador que resistam a estas barbaridades, a estes enterras. E o FCP perdeu a qualidade que exibiu durante grande parte dos primeiros 30 minutos, nunca mais se soltou, criou perigo.
Portistas ainda carregaram na parte final da 1ª parte, mas sem marcar.
Começa a não haver pachorra para as porcarias que estes meninos fazem. É preciso ser duro, começar a responsabilizar erros grosseiros.
Ao intervalo o resultado penalizava o FCP. Mas quem não marca e oferece golos destes, só se pode queixar de si próprio.
Para a etapa complementar Martín Anselmi manteve o mesmo onze e o FCP começou lento atrás, com dificuldades na saída.
E como se esperava, o primeiro amarelo foi para um jogador do FCP. Na 1ª parte vários lances semelhantes, amarelos, nem vê-los. A pouca vergonha não tem limites.
Aos 51 de canto, Nehuén empatou, de alguma forma redimiu-se.
Eustaquio viu amarelo, por reclamar um amarelo que devia ser mostrado e não foi, o mesmo para o treinador do FCP.
Há jogadores dos Dragões que continuam a andar demasiado com a bola, é até bater contra o adversário. Gonçalo Borges e João Mário eram bons exemplos.
Era importante mexer, ao minuto 66 entraram Fábio Vieira e Pepê, saíram Eustaquio e Gonçalo Borges.
Um excelente cruzamento de Francisco Moura não teve uma boa abordagem de Samu. E um erro inacreditável de Otávio só não deu golo porque Clayton desperdiçou com Diogo Costa fora da baliza. Não sofreu aí, mas o brasileiro não ficou satisfeito com a porcaria que fez, repetiu o erro, golo, sem que o Rio Ave tivesse feito muito para isso. Valeu que tal como o Nehuén, Otávio redimiu-se, empatou quase de seguida.
Namaso entrou para o lugar de Mora. Mas com a saída de Eustaquio o FCP perdeu discernimento, nunca mais circulou bem, complicava em vez de simplificar, era um deserto de ideias e uma incapacidade de jogar a um nível aceitável que
Aos 83 saiu Nenhum e entrou Gul. Era o forcing final, mas faltava definir e passar bem, abordar bem o último terço, ser contundente na hora de finalizar. Entretanto Fábio Vieira não só não construía como estragava.
O Rio Ave no contra-ataque e aproveitando alguns deslizes do FCP, que demonstrava a falta de ideias e qualidade para chegar à vitória. Metia dó a forma como a defesa dos portistas abanava.
Samu já no final do jogo conseguiu uma arrancada, a única do jogo, foi derrubado perto da área. Livre de Fábio Vieira que não deu em nada. E o jogo terminou empatado, mais dois pontos perdidos.
Resumindo, um bom início, 30 minutos razoáveis e depois muita falta de qualidade para mudar o rumo dos acontecimentos, junto com abébias defensivas imperdoáveis.
Repito, não se pode admitir tantos e tão graves erros. Assim fica impossível.
Se a qualidade já era muito pouca, com as saídas de Nico e Galeno as coisas ainda pioraram. Vida difícil para Martín Anselmi e para o portismo.
Este árbitro depois daquele roubo de igreja em prejuízo do FCP no Académico de Viseu - FCP B, devia ser proibido de arbitrar jogos dos Dragões. Mas custa falar de arbitragem quando o FCP dá tiros e mais tiros nos pés.