F.C.Porto 1 - Vitória S.C. 3. Dragões resolveram vestir-se de Pai Natal e desataram a oferecer prendas
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
No primeiro de sete jogos que o FCP tem no mês de Dezembro - Tondela fora a 7, Malmo no Dragão a 11, Estrela da Amadora a 15 no Dragão, Famalicão (Taça de Portugal) a 18 também no Dragão, Alverca fora a 22 e AFS a 27 no Dragão -, era importante gerir de forma que a equipa estivesse bem em Tondela, jogo importante e que é imperioso vencer numa jornada que tem dérbi de Lisboa entre Benfica e Sporting.
Foi com tudo isso no pensamento que Francesco Farioli fez várias poupanças - em relação à equipa que começou o jogo com o Estoril apenas Pablo Rosario e Borja Sainz entraram de início -, apresentou a seguinte equipa: Cláudio Ramos, Martim Fernandes, Pablo Rosario, Dominik Prpić e Zaidu, Alan Varela, Eustáquio e Gabri Veiga, Ángel Alarcón, Borja Sainz e Yann Karamoh e a curiosidade passava, desde logo, por ver como uma equipa nova, que nunca tinha jogado junta, se ia comportar frente a um Vitória que está numa boa fase.
Jogo começou lento, Porto com muita calma atrás, de repente bola metida na frente e no espaço por Pablo Rosario, onde apareceu Gabri Veiga que fez um chapéu ao guarda-redes e adiantou os azuis e brancos.
Parecia ser essa a estratégia do conjunto de Francesco Farioli. Segurança na defesa, atrair o Vitória e meter na frente para a entrada dos avançados e não só.
Em mais uma bola metida na frente, João Mendes em disputa com Alarcón cometeu dupla falta: carregou e jogou com o braço. Árbitro assinalou penálti, mas chamado pelo VAR reverteu, assinalou uma falta de Alan Varela no início da jogada. Reverter um penálti por uma faltinha daquelas só ao FCP. É cada encomenda que nos aparece...
Dragões não esmoreceram, continuaram na mesma toada, ameaçavam, mas do nada, Pablo Rosario que estava a abusar na demora de soltar a bola, perdeu-a na pressão do avançado do Vitória, fez falta dentro da área, penálti, golo, jogo empatado com uma oferta de Natal de Pablo Rosario. Enfim... uma boa exibição estragada por um erro grosseiro.
O FCP acusou o golo, perdeu confiança, o Vitória equilibrou, mas sem incomodar Cláudio Ramos.
O intervalo chegou com as equipas empatadas, injusto para a equipa da casa, mas foi apenas por culpa própria.
Para a 2ª parte o treinador do FCP fez duas alterações, saíram Gabri Veiga e Karamoh, entraram Rodrigo Mora e Samu. E o jogo recomeçou com Alarcón a falhar uma excelente oportunidade. Borja também, mas estava deslocado. Bom recomeço dos portistas, mas mais um erro inacreditável desta feita de Alan Varela, golo do Vitória. Desta vez o VAR não interveio sobre uma possível falta sobre Mora.
A perder de uma forma inadmissível, o FCP foi à procura da virada, Samu muito perto do empate. Sabendo que o internacional espanhol tem dificuldade em segurar quando está apertado, havia quem lhe metesse a bola na pressão em vez de soltar no espaço. Em mais um erro da defesa, incapaz de tirar a bola da zona dde perigo, novo golo dos vimaranenses. Chamado pelo VAR o árbitro foi ver e anulou por falta sobre Pablo Rosario. Indiscutível. Salvo pelo VAR, o FCP já com William Gomes no lugar de Borja Sainz e Pepê no de Alan Varela, foi para o ataque na procura do golo, ameaçou, mas estava precipitado na hora da finalização. O FCP tentava, nem sempre bem, abusava do individualismo, toques de calcanhar, o anti-jogo era a prática do Vitória. E como não há duas sem três, Eustaquio entrou tarde à bola, derrubou o avançado dentro da área, penálti, golo que praticamente sentenciou a partida.
O FCP ainda tentou, mas sem critério, de uma forma atabalhoada, o colectivo desapareceu, cada um procurava a fazer o seu número. Até Alarcón entrou na onda dos calcanhares. A parte final do jogo foi uma sequência de asneiras, parecia um concurso para ver quem asneirava mais.
A partida terminou, FCP derrotado e fora da final-four da Taça da Liga. A razão é porque os Dragões resolveram vestir-se de Pai Natal e desataram a oferecer prendas. Não se pode cometer erros destes. E o pior é que a equipa até começou bem o jogo, marcou, podia ter aumentado a vantagem, estava bem, era superior, mas depois foi um descalabro, asneiras e mais asneiras que não se admitem nem se podem repetir.
Uma palavra para o árbitro. Não foi por culpa dele que o FCP perdeu, mas é muito fraquinho...
Sem ter de disputar a final-four da Taça da Liga, resta olhar para a frente, concentrar no que é mais importante e no fim até pode ser que cheguemos à conclusão que há males que vêm por bem.
Agora é preciso olhar para a frente, para Tondela onde vai ser preciso um grande Porto por todas as razões mais Luís Godinho.

