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quarta-feira, 24 de outubro de 2012


Entrando bem e procurando a melhor forma de desmontar uma equipa curta, de tracção à retaguarda, apenas preocupada em defender e quase não saindo para o ataque, o F.C.Porto na parte inicial, até cerca do minuto 20, teve tudo o que é preciso: pressão alta, intensidade, posse, domínio, controlo e qualidade. Marcou um belíssimo golo por Varela, estava rei e senhor do jogo, até que há um lance que mudou muita coisa: penalty claríssimo sobre Danilo que o árbitro não assinalou e logo a seguir, talvez fruto do lance anterior, equipa desconcentrada e num canto, Gusev a empatar, cabeceando completamente sozinho, dentro da área pequena, perante a passividade dos centrais e guarda-redes do F.C.Porto. 
Isto é, de uma possível vantagem de dois golos, a equipa de Vítor Pereira viu o adversário, sem ter feito nada por isso, empatar e a partir daí, mesmo tendo voltado novamente à vantagem, por Jackson - passe magnífico de James, mas Cha-Cha-Cha em grande, a desmarcar-se, a utilizar o corpo para ganhar posição e a marcar à saída do guarda-redes -, nunca mais a equipa portista atingiu o brilho dos vinte minutos iniciais. Se até ao intervalo, tudo somado, a vantagem era justíssima e não merecia contestação, na segunda-metade, já não foi bem assim. Entrando a controlar, mas sem ritmo, pressão e intensidade, limitando-se a trocar a bola, sem grande acutilância atacante, o F.C.Porto facilitou a vida ao conjunto ucraniano. Sentindo que a ameaça portista era cada vez menor, a equipa de Kiev foi crescendo, foi acreditando, ameaçou e depois de Helton ter feito quase um milagre, empatou. Com o empate e da forma como as coisas estavam, tanto podia dar Porto, como Dínamo. Só que esta equipa, hoje  de roxo, parece que precisa de sofrer para reagir. Assim foi. A equipa bi-campeã portuguesa  foi buscar força e ânimo ao espírito do Dragão - que foi mais forte que o espírito de Kiev. Ver post de antevisão... - arrebitou, chegou novamente à vantagem, novamente por Jackson, desta feita, a passe de Lucho e ganhou.

Tudo somado, foi uma vitória, sofrida, mas justa. Fizemos o pleno: 3 jogos, três vitórias, 9 pontos, 3 milhões no saco e oitavos-de-final à vista - um empate em Kiev garante logo o apuramento.

Notas finais:
Vítor Pereira falou em falta de ritmo e intensidade, nos jogadores que estiveram sem competir duas semanas e foram muitos - Moutinho foi, talvez, o melhor exemplo. Muito bem na 1ª parte, apagado na 2ª. Tem lógica, mas atendendo ao passado recente e de que Rio Ave e Sporting são bons exemplos, esperemos que tenha sido mesmo isso e não aquela velha mania de em vantagem, controlar, e só reagir sob pressão de um resultado negativo. O jogo de domingo próximo vai dizer algo sobre o assunto. O jogo de hoje deu e de que maneira, andamento à equipa e 4 dias são suficientes para recuperar.

Jackson, pelos golos e não só, foi para mim o melhor. Fernando vem a seguir, depois Mangala e Helton, apesar do 1º golo dos ucranianos.

Cerca de 30 mil espectadores no Dragão. Poucos e se se disser que faltaram vários milhares de lugares já pagos, ainda custa mais a compreender. Fossem alguns tão rápidos a ir ao estádio, como são a criticar, o Dragão estava sempre cheio. 

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