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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013


Aquilo que vou dizer a seguir é recorrente, faz parte da história do futebol português dos últimos 30 anos e por isso não devia merecer destaque. Mas como também faz parte da pequenina história do Dragão até à morte - ontem em destaque, pela segunda vez, na Revista J. Podem ver clicando na última imagem -, lutar contra isso, é, aliás, uma das razões para que o blog exista, vamos a isso.

2 de Março de 2012, em jogo a contar para a 21ª jornada, Benfica 2 - F.C.Porto 3. 
Jogo intenso, bem disputado, emoção, golos, alternância no marcador - Porto 1-0, Benfica virou para 2-1, Porto para 3-2 -, F.C.Porto melhor e a ganhar justamente. Vítor Pereira enorme na coragem e nos riscos assumidos para conquistar os 3 pontos. Árbitro, dou de barato todos os prejuízos ao F.C.Porto, a validar o golo de Maicon em fora-de-jogo.

Pós jogo:
Ataque contundente de todo o universo benfiquista; honra do arbitro auxiliar colocada em causa; Pedro Proença crucificado - mesmo com a nomeação para a final da Champions e do Europeu, Proença teve o destaque que merecia. O Benfica-Porto era sempre recordado; campeonato viciado, título manchado, mesmo que depois desse jogo ainda faltassem 9 jornadas, 27 pontos em disputa, o F.C.Porto tivesse saído da Luz com 3 pontos de avanço, ainda desperdiçasse mais alguns e terminasse com 6 de avanço.
Portanto e concluindo, a superioridade do Porto, o mérito da vitória, a coragem e a ousadia do seu técnico, a qualidade do espectáculo, tudo para segundo plano, repetiu-se até à náusea, o erro do árbitro.

Ontem, o jogo teve várias semelhanças, desde a emoção, à qualidade, ao melhor futebol portista, passando pelos golos do F.C.Porto e resposta do Benfica, apenas não terminou com a vitória do F.C.Porto. Acabou empatado e se a derrota do F.C.Porto seria uma grande injustiça, a vitória a ter caído para o lado do Dragão, ninguém diria o mesmo. Ninguém sério, obviamente, que o panfleto da queimada - o Rascord dá destaque de capa ao Sporting. Ahahahah! -, sem pudor e sem vergonha, aziado até mais não, diz que a diferença esteve na baliza. Não, não foi na baliza que esteve a diferença, foi na qualidade de jogo. O F.C.Porto foi melhor e se Artur errou e Helton fez uma grande defesa, também no lance do segundo golo do clube do regime, o guarda-redes do bi-campeão e Otamendi, erraram muito. Mas diferença também esteve na arbitragem. João Ferreira e o seu auxiliar António Godinho - que eu não sabia, mas fiquei a saber num link deixado em comentário no post de antevisão do jogo, é mesmo "artista" que no Gil Vicente 3 - F.C.Porto 1, da época anterior, não viu um fora-de-jogo claro que deu origem ao 2-0 da equipa de Barcelos e também não viu, nas suas barbas, um penalty claro sobre Kléber -, erraram bastante em prejuízo do F.C.Porto. Aliás, apelidar Ferreira de árbitro disciplinador, só pode ser piada. Ferreira é disciplinador, mas contra o azul e branco: época 2004/05 em Alvalade, acabamos, injustamente, com 9 jogadores - expulsão de Seitaridis e Benni; já disciplinar os benfiquistas, tem que se lhe diga, como se viu no já destacado jogo da Supertaça e que ontem voltou a ser uma evidência.

Pós jogo:
Aí, esteve toda a diferença. Viva o futebol, disse a terminar na Antena 1 esse anti-portista primário chamado Joaquim Rita; para quê falar de arbitragem, quando vimos um grande espectáculo, disseram outros. Campeonato viciado? Nem pensar! João Ferreira criticado, nada disso, é um bom árbitro, é militar, logo sério, impossível imaginar que errou porque quis.
Resumindo e concluindo: Benfica beneficiado ou Porto prejudicado, siga para bingo, falemos do essencial, deixemos o acessório, o folclore, os árbitros são humanos e como tal... Porto beneficiado e clube do regime prejudicado, cai o Carmo e a Trindade, lá vai a seriedade do campeonato para o brejo, é o sistema, ressuscita-se o Apito, eles (nós), só sabem ganhar assim.
É assim há 30 anos, mas por mais que tentem, enquanto eu aqui estiver, pelo menos no Dragão até à morte, uma mentira muitas vezes repetida, nunca será verdade.

Vítor Pereira:
esteve bem antes do jogo, na conferência de imprensa de antevisão, manifestando confiança, acreditando na qualidade da sua equipa, dos seus jogadores, no trabalho realizado, nunca lamentando a falta de jogadores importantes ou as poucas opções no banco. Disse que o jogo ia ser difícil para o adversário, que o Benfica estava sempre em super-forma antes de jogar contra o F.C.Porto, mas depois no campo isso não se notava e o Dragão tinha mais alegrias que tristezas. Afirmou também que o Benfica estava fora da Champions.
Esteve bem durante o jogo, pela qualidade da exibição portista, pela coragem, personalidade, estratégia definida que fez o F.C.Porto ser melhor.
Voltou a estar bem no fim, quando reagiu à arbitragem ou evidenciou e estabeleceu o paralelismo entre a forma como a sua equipa jogou e como jogou o Benfica. Não falou da falta de um jogador tão importante como James; de não ter no banco uma opção a Jackson; um Atsu que agita; nem de ter no banco 7 jogadores que não estavam cá na época passada, sendo 2 da equipa B, Tozé e Sebá, outros 2 que muitas vezes por lá passam, Abdoulaye e Kelvin; e de Marat Izmailov, para além de ter estado parado, só ter feito 3 treinos. Foi um treinador cansado de injustiças, que reagiu, no momento certo e na hora exacta. 
Não colocou em causa a seriedade de ninguém, foi claro e objectivo. Mas os aziados caíram-lhe em cima. Os que na temporada anterior só falavam de Proença e do golo irregular de Maicon, ontem só queriam falar de futebol; Jesus bicou Vítor Pereira - ainda estamos em todas as frentes, outros não podem dizer o mesmo... - e o treinador do F.C.Porto, bem, lembrou a Champions, mas Vítor Pereira é que foi indelicado; Vítor Pereira disse que o super-Benfica, a máquina trituradora e arrasadora, afinal não era bem assim, contra o F.C.Porto e veio a história de 1942 ou 43, mas mesmo que o jogo desse razão ao técnico portista, nem isso lhe valeu. Enfim, uma tristeza, recorrente, mas como quem não se sente não é filho de boa gente, muito bem, Vítor Pereira! Chega de  extrapolar ou branquear; chega de filhos e enteados; chega de anjos e demónios. Temos o direito a ver reconhecido o nosso mérito, a nossa qualidade, o nosso profissionalismo. Quem não for por aí terá de levar connosco.

Notas finais:
Continuamos com 3 pontos de atraso e 1 jogo a menos. Mas o resultado é moralizador e mostra que apesar do que se diz acerca do favoritismo, de quem está mais ou menos forte, o Dragão continua aí, fiel ao seu ADN de clube vencedor. Lamentamos, mas vão ter de contar com o F.C.Porto. Longe vão os tempos do medo de atravessar a ponte, longe vão os tempos do F.C.Porto clube simpático, mas que não contava na luta por títulos.

Passou o jogo do Benfica, amanhã falaremos dos equilíbrios do plantel, do que devíamos fazer para o melhorar.

Não vi o jogo na Sportv e portanto não sei o que disse o Lobo com pele de cordeiro.
Sobre o que se passou no site da Liga, nem vale a pena dizer nada, já não é a primeira vez...

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