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domingo, 7 de setembro de 2014


Pergunta. Que presente você recebeu dos seus meninos, bateu o Lille e enfiou a cabeça na Liga dos Campeões. Resposta. Sim, foi um presente adiantado de aniversário que foi no dia seguinte, mas fiquei muito satisfeito, era importante para o clube qualificar-se. Estas eliminatórias são muito complicadas, se tens um momento ruim estás fora. A equipa respondeu bem.

P. Nota-se que está satisfeito.
R. Vamos desfrutar de uma competição agradável, muito exigente, sabendo que a prioridade é o campeonato.

P. Como vê a sua primeira experiência numa prova deste calibre?
R. Estou feliz, apaixonado e consciente da responsabilidade que tem o Porto, que é umclube extraordinário em todos os sentidos e eu de bom grado assumi o desafio de ajudar este clube a continua a crescer.

P. Foi difícil deixar para trás Las Rozas?  

R. Sair de um lugar onde você está confortável e se sente valorizado nunca é fácil. Eu tinha outras opções para sair, mas optei pelo Porto. Houve interesse em iniciar um projeto desportivo e foi isso que me atraiu. Entendemos que era hora de uma mudança de cenário, sendo sempre eternamente grato a Federação Espanhola pela confiança que depositaram em mim.

P. Porto já jogou 18 vezes na fase de grupos da Liga dos Campeões, o mesmo que United e Barcelona. Que responsabilidade!
R. Sim. Isto é a história do clube que se reflete o magnífico Museu que tem no Dragão. O que nós queremos, na minúscula parcela do nosso trabalho, é continuar a crescer, sabendo que temos uma equipa muito jovem, com muitos jogadores novos (14) e tentar estruturar uma equipa que emocione e seja capaz de para enfrentar os vários desafios que temos.  


P. E um grande desafio depois de passar o último ano trabalhando com miúdos, com pouca pressão?  
R. Eu sempre exigi respeito, exigi o máximo mesmo. E então os objectivos que tivemos na Federação eram tentar ganhar os torneios que participavamos, o que para os jogadores também foi o máximo. Isso eu acho que é bom para um treinador. No final faz você estar atento, alerta. É o combustível para seu trabalho diário e não deixa você pensar de outra forma, você só tem que fazer no dia seguinte para tentar ajudar a melhorar a sua equipa.

P. Entre os treinadores e jogadores, estão 11 espanhóis no F.C.Porto. Você está ciente de que pode ser uma espada de dois gumes?
R. Eu acho que é uma circunstância casual. Para mim não há nacionalidades no Porto. Os jogadores estão onde estão, são tratados e qualificados igualmente. A partir daí, há uma série de circunstâncias que faz com que mais jogadores (Andrés, Óliver, Marcano, José Ángel, Adrián, Tello e Campaña) ou treinadores (Juan Carlos Martinez Juan Carlos Calero e Julián Arévalo) e não relacionados comigo, venham do nosso país. Mas nada mais. O futebol é universal. Não acho que a esse respeito, seja  um grande problema. Em vez disso, o que as pessoas tem que fazer é adaptarem-se rapidamente à competição, à exigência e à cultura daqui.

P. Até agora, o arranque foi perfeito: cinco vitórias, nove golos a favor e nenhum contra.  

R. Eu não gosto muito de estatísticas, nem de olhar para trás, porque acho que a única coisa que você pode continuar fazendo bem é o trabalho diário. Não mais. Temos menos de dois meses de trabalho e temos o prazer de nos qualificarmos para a Liga dos Campeões. O grupo começou bem no campeonato, mas isso não garante nada. Temos de nos concentrar no que vem agora. Uma grande equipe deve abstrair-se do que está para trás e olhar sempre para o que está por vir.

Q. Pelo que você diz, que ainda há muito o que fazer.  

R. Eu acho que há um único computador no mundo que não tem espaço para melhorias. A equipa que venceu a última Liga dos Campeões tem espaço para melhorias e nós, muito mais. Temos 14 novos jogadores e uma equipa jovem, então não há nenhuma dúvida de que vamos certamente continuar a crescer.

P. A média de idade do último onze portista é o mais baixo na história da Liga dos Campeões (22'8). Não podia ter jogadores com mais experiência?
R. Este ano houve saídas muito importantes, mas estamos animados com o que temos, sabemos que temos de trabalhar para obter o máximo. A juventude não é um pecado, eu acho que é uma circunstância que pode trazer muito de positivo. Vamos tentar tirar o máximo proveito da juventude, tentando ter o mínimo impacto na parte da falta de experiência. De qualquer forma, há miúdos que apesar de sua pouca idade, já tem experiência.  


P. Trouxe a jóia mais preciosa do Atletico de Madrid, Oliver Torres, não hesitou em dar-lhe galões.
R. É verdade que, em Espanha, pelo fato de ser muito jovem, não jogou muito. Mas eu sei muito bem a importância dele para nós. Sabemos o que queremos e estamos entusiasmados por ter Óliver. Deve continuar a melhorar e aqui terá uma boa oportunidade, num clube muito exigente.

P. Rúben Neves é tão bom quanto parece?
R.
Ruben, como se diz aqui, é um muido. Tem apenas 17 anos de idade e nem passou pelo sub-19 do clube. Ele é um cara que vimos na pré-temporada, começou a treinar com a gente e ficou. Com isso está tudo dito. Se está connosco é porque merece. Ninguém lhe deu um único minuto de regalo. Mas, novamente, tem 17 anos, então é preciso ter calma e ir queimando etapas. É verdade que queima mais rápido e porva disso é que jogou nos cinco jogos oficiais que disputamos. Estamos muito satisfeitos com ele, não vou esconder.

P. Qual jogador que ele não conhecia e o surpreendeu?  

R. Não vou analisar individualmente, não acho justo. O que posso dizer é que estou feliz com o plantel que temos.

P. Como Basco, acha que vai ser bom visitar o novo San Mames na fase de grupos da Liga dos Campeões?  

R. Estou muito contente que o Athlétic tenha passado os nos playoffs. Acho que foi merecido e é de realçar o excelente trabalho de Valverde. Eles têm uma equipa muito boa, muito bem trabalhada. E depois há o San Mames, o que é maravilhoso. Voltar à minha terra é sempre bom, mas ainda mais para ter um bom jogo num cenário e um público maravilhoso.

P. Como definiria o grupo?
R. Eu acho que vai ser muito equilibrado. O Shakhtar é uma equipa habituada a estas fases de grupos e alcançar as eliminatórias. BATE irá causar complicações para diferentes questões e Athlétic tem uma tremenda energia e grande força.

P. Até encerramento do mercado falou-se sobre a possível saída de Jackson Martinez. Você podia sobreviver sem um goleador como o internacional colombiano?   

R. Nunca duvidei que Jackson iria continuar e por isso essa questão nunca me preocupou. É o nosso capitão, um papel que ele assumiu com enorme responsabilidade.

P. Qual é o desafio a nível pessoal

R. Eu sou bastante pragmático. Meu desafio é trabalhar todos os dias para melhorar a equipa, melhorar a sua resposta e estar ciente do que preciso em cada momento e a melhor resposta  a dar aos desafios do clube, que serão enormes. Talvez isso seja o meu maior desafio, aproveitar ao máximo o plantel que temos.

Entrevista de Julen Lopetegui à Marca.
Tradução Google e espanholês do Vila Pouca

Ó Tadeia, faz-me um desenho...
Ontem e por acaso, passei pelo Zona Mista e fiquei. Houve muita coisa com que estive de acordo, muita em desacordo, mas não posso deixar de referir a parte em que se falou de Rúben Neves. 
Tadeia falou da sorte de Rúben, na oportunidade que teve e eu concordo. Se Fernando não saísse, Mikel não se lesionasse com gravidade e Tomás não estivesse no Europeu de sub-19, é provável que Rúben não tivesse, já!, a sua chance. Mas chegados aí, ponto final na sorte. Depois há talento, maturidade, provas e garantias que podia jogar na equipa principal. Mas Tadeia falou de outras coisas e aí teceu considerações extraordinárias. Nunca ninguém até aí tinha ouvido falar de Rúben, disse ele. Claro, porque se falaria de um jovem, para mais médio e não um avançado que marca muitos golos, ainda por cima, jogador do F.C.Porto, como se sabe, sempre muito destacado na comunicação social? 
- Mas ó Tadeia, olha que o F.C.Porto estava atento e mal ele pôde fazer um contrato de profissional, fez. 

Era o melhor dos sub-17?, continuou Tadeia. Não, o melhor era um miúdo do Benfica, Renato Sanches, disse Paulo Sérgio e Tadeia fez um ar de satisfação e ficou esclarecido. 
- Mas ó Tadeia, o Paulo Sérgio é algum catedrático, um expert cuja opinião faz lei? E depois ter sido o melhor no Euro, significa que vá ser o que melhor carreira vai fazer?

No entanto, onde fiquei verdadeiramente surpreendido, foi quando Tadeia deu a entender que o modelo de Lopetegui, muita posse, muito toque, favorece as características do jovem médio do F.C.Porto. Com outro modelo, Rúben não brilharia.
- Ó Tadeia, tens visto os jogos do F.C.Porto e o Rúben jogar? Achas que ele é um jogador de toques curtos, passes para o lado e para trás, um jogador de pouca amplitude, limitado a espaços pequenos? Olha que não Tadeia, olha que não. Tanto joga assim, como arrisca no passe longo; tanto pode jogar a 6 sozinho, como com um outro médio a seu lado, ou como 8. Depois aparece em zonas mais adiantadas e tem uma grande virtude, remata e olha que até remata bem. Portanto, Tadeia, Rúben é um jogador universal, fiável para todos os sistemas e modelos, tácticas e estratégias.
Para me convenceres do contrário, desculpa lá, mas vais ter de me fazer um desenho e explicar isso muito bem.

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