terça-feira, 10 de fevereiro de 2015
A propósito de uma troca de emails...
Nós bem vemos, ouvimos e lemos o que eles fazem, dizem, escrevem, mas nós é que somos uns fanáticos que só vêem fantasmas e com a mania da perseguição.
Se os Super-Dragões cantam SLB, SLB, SLB, FDP, SLB ou mostram uma tarja com um andor que os árbitros carregam e onde vai Eusébio, cai o Carmo e a Trindade, todas as virgens ofendidas saem a terreiro, gritam aos sete ventos, fazem daquilo algo absolutamente inaceitável e merecedor da mais veemente condenação. Mas se uma claque fora da lei faz apologia de um acto criminoso, como foi o caso da morte de um adepto do Sporting na final da Taça de Portugal de 1996, através de cânticos e de uma tarja, se não fossemos nós a denunciar a pouca vergonha, tudo teria passado despercebido, as virgens não viram nem ouviram nada. Como denunciamos, estamos a ser fanáticos, a ver fantasmas e com a mania da perseguição.
Se exigimos, não um tratamento de favor em relação ao nosso clube, mas apenas um tratamento justo, equilibrado, isento, por exemplo, se um árbitro erra a favor do F.C.Porto deve ser tratado da mesma forma que quando erra contra ou a favor do Benfica, somos fanáticos, estamos a ver fantasmas e temos a mania da perseguição.
Se quando jogamos bem e ganhamos melhor, queremos que realcem o nosso mérito e a qualidade da nossa exibição e não o demérito e as fraquezas do adversário, somos fanáticos, estamos a ver fantasmas e temos a mania da perseguição.
Se reagimos quando nos tentam enganar com grandes elogios como, arte de bem defender, pragmatismo, banho táctico, etc. e em situações semelhantes e com outros intervenientes, falam em autocarro, sorte, comportamento inaceitável e medroso, somos fanáticos, estamos a ver fantasmas e com a mania da perseguição.
Se estamos atentos aos pormenores e denunciamos a forma sub-reptícia como procuram sempre denegrir a imagem de dirigentes, técnicos, jogadores do F.C.Porto, somos fanáticos, vemos fantasmas, temos a mania da perseguição.
Se achamos ridícula a comparação entre um golo que decidiu um campeonato, o golo histórico de Kelvin ao 90+2 e o de Jardel na noite de domingo em Alvalade e que só mais lá para a frente se saberá da sua importância; ou se também achamos ridículo que Rúben Amorim seja agora destacado e tratado como o salvador da pátria, obviamente somos fanáticos, só vimos fantasmas e temos a mania da perseguição.
Se levantamos a voz contra programas com escolhas facciosas e até provocatórias, onde o F.C.Porto é sistematicamente o alvo a abater, tratado como um qualquer império do mal, somos fanáticos, só vemos fantasmas, temos a mania da perseguição.
Se nos revoltamos quando a credibilidade dos campeonatos conquistados pelo F.C.Porto é colocada em causa, enquanto os campeonatos conquistados pelos outros, em particular pelo clube do regime, mesmo com túneis da pouca vergonha ou escandalosos Estorilgates, são sempre a última maravilha, claro que somos fanáticos, só vemos fantasmas e temos a mania da perseguição.
Se achamos o fim da picada alguém dizer que a época do Benfica, que, note-se, já está fora da Taça de Portugal e da Europa, está a ser assombrosa, só pode ser porque somos fanáticos, só vemos fantasmas e temos a mania da perseguição.
Se reparamos que a ausência de André André, jogador do Vitória S.C., no jogo da próxima sexta-feira frente ao F.C.Porto, é sempre referida e a de Zéquinha, jogador do Vitória F.C., no jogo do próximo domingo na Luz, é sempre omitida, mesmo que as circuntâncias que levam à ausência dos mesmos, sejam iguais, só pode ser porque somos fanáticos que só vêem fantasmas e têm amania da perseguição.
Muito mais haveria para dizer e exemplos para apontar, mas fiquemos por aqui... em mais um post de um fanático que só vê fantasmas e tem a mania da perseguição