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domingo, 11 de dezembro de 2016


Ciente de que só uma vitória lhe permitia, um, beneficiar do resultado do derby da segunda-circular, qualquer que fosse o resultado; dois, manter, quiçá, aumentar o entusiasmo com que o universo portista recebeu as duas últimas vitórias; o F.C.Porto não podia dar-se ao luxo de perder pontos frente ao Feirense. Não perdeu, sem ser tão exuberante nem atingir a qualidade dos últimos dois jogos, a vitória é indiscutível. E foi mais um jogo sem sofrer golos. Agora, aconteça o que acontecer na Luz, o F.C.Porto vai ficar sempre a ganhar.

Quando iam decorridos apenas 4 minutos e após um susto - cabeçada de Ícaro que levou perigo à baliza de Casillas -, na jogada seguinte, André Silva, bem lançado por Alex Telles, foi derrubado na área pelo central do Feirense que estivera no lance anterior e o árbitro assinalou, bem, penálti - convertido pelo  nº 10 dos Dragões converteu - e expulsão de Ícaro, tudo indicava que as coisas estavam facilitadas para a equipa de NES. Só que depois do golo que lhe deu vantagem o conjunto da Invicta adormeceu, perdeu concentração, organização, rigor, começou a abordar os lances com alguma displicência, tinha muita bola, mas não sabia muito bem o que fazer com ela, muita gente atrás, pouca profundidade e pouca gente na frente. Essa atitude permitiu que mesmo com menos um, o conjunto de Santa Maria da Feira, conseguisse sair quase sempre a jogar, acreditasse, chegasse à frente com perigo, uma bola bateu no poste, outras obrigaram os defesas portistas a empenhar-se para evitar males maiores. Nem mesmo o golo de Brahimi, ao minuto 33 e numa altura em que o F.C.Porto pouco tinha feito para ampliar a vantagem, espevitou os azuis e brancos, até ao intervalo o Feirense esteve mais próximo de reduzir do que sofrer o terceiro golo.

Resumindo: os 45 minutos iniciais dos pupilos de NES, podem sintetizar-se em dois golos, demasiada descompressão e pouca inspiração. A vantagem era demasiado penalizadora para a equipa de José Mota.

Era importante que nas cabines o treinador do F.C.Porto alertasse e chamasse a atenção dos seus jogadores para a forma demasiado relaxada como estavam a abordar o jogo, para que na segunda-parte viesse um Porto com outra atitude e outra determinação. Não podíamos permitir qualquer veleidade ao conjunto da Feira, era preciso tentar matar rapidamente o jogo. E assim foi. Quando Felipe ou terá sido Marcano?, logo no início da etapa complementar, fez o terceiro, o jogo ficou resolvido. André Silva ainda aproveitou o excelente cruzamento de Alex Telles para bizar, fazer o quarto ao minuto 66 e fechar o marcador. Depois e até final foi só gerir - saíram Corona, Óliver e André Silva, entraram Herrera, André André e Rui Pedro -, ainda houve mais uma ou outra oportunidade para cada lado, mais uma bola nos ferros da baliza de Casillas, mas o resultado não se alterou.

Concluindo: era fundamental vencer, vencemos, obrigação cumprida. Depois dos cinco ao Leicester, foi mais uma vitória gorda, mais 90 minutos sem sofrer golos, isto perante uma equipa do Feirense que mesmo jogando praticamente o jogo todo com menos um, trabalhou bem e merecia o golo de honra, pelo menos.
As vitórias dão moral e confiança, trazem tranquilidade e serenidade. O caminho faz-se caminhando. Para já foi uma boa semana, agora e até às férias de Natal, é importante ganhar os dois próximos jogos, Marítimo e Chaves, ambos no Dragão. Depois vai-se indo e vai-se vendo... mas estamos aí...

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