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domingo, 26 de fevereiro de 2017


Ser capaz de reagir e virar a página após um resultado que deixou marcas e o sonho de uma gracinha na Champions League só ao alcance de um feito heróico; ultrapassar o desgaste físico de ter jogado com dez durante mais de uma hora frente a uma poderosa Juventus e ganhar para manter o F.C.Porto encostado ao líder, era o desafio que os pupilos de Nuno Espírito Santo enfrentavam no derby da Invicta frente ao Boavista.
Apoiados por uma enorme multidão de Dragões de alma grande e chama alta, os portistas, hoje de amarelo, conseguiram o principal objectivo e conseguiram-no com toda a justiça, num derby quentinho, onde foi preciso apelar à raça e ao carácter para vencer. Foi a sétima vitória consecutiva e não há dúvidas: o F.C.Porto está na luta, para desespero de muita gente, alguns que tinham o dever de rigor, isenção, equidistância, mas estão claramente do lado do clube do regime. Deve ser porque é preciso cumprir o desígnio nacional de levar o clube do regime a alcançar um feito que nunca conseguiu: vencer quatro campeonatos consecutivos. Mas vão ter de levar connosco...

Já agora, para aqueles que vão representar o Benfica na reunião com o Conselho de Arbitragem, levem a cassete deste jogo, mostrem aquela entrada a matar que lesionou e retirou Corona do jogo, mostrem também outras jogadas em que Fábio Veríssimo prejudicou o F.C.Porto - um lance em que Soares ficava isolado e foi assinalado, mal, fora-de-jogo; um penalty nítido sobre Maxi que não foi assinalado; e um lance que deixou muitas dúvidas e valeu o primeiro amarelo ao uruguaio.

O F.C.Porto entrou com Casillas; Maxi, Boly, Marcano e Alex Telles; Danilo, André André e Óliver; Corona, Soares e Brahimi, um 4x3x3, mas com uma dinâmica em que apenas os quatro defesas, Danilo e Corona sobre a direita, tinham lugares fixos, os outros iam aparecendo pelo meio e pelas laterais, criando uma dinâmica apreciável e que lhe valeu um golo cedo. Iam decorridos apenas 5 minutos quando os Dragões chegaram à vantagem: excelente jogada entre Óliver e Corona, com o mexicano a assistir o inevitável Soares que estava no lugar certo para abrir a contagem. Após o golo e aos poucos, o Boavista foi reagindo, acertou marcações, o F.C.Porto perdeu fulgor, recuou, primeiro uma desatenção de Óliver numa saída ia causando um problema, valeu Boly, mais tarde, sobre a meia-hora de jogo foi Casiillas, com uma grande defesa, que manteve a baliza da equipa de Nuno Espírito Santo a zero. Esse lance pareceu despertar os portistas, no último quarto-de-hora foram os Dragões a mandar, tiveram três claras oportunidades para aumentar a contagem, em duas valeu o guarda-redes Vagner, na outra uma invenção de Soares - quis marcar com nota artística, falhou um golo cantado. Não pode ser! -, para que o F.C.Porto não fizesse o segundo.

Resumindo, entrada forte da equipa de NES, um golo, algum adormecimento, excelente reacção ao perigo boavisteiro. Ao intervalo, se a vantagem dos Dragões era justa, talvez mais um golo não escandalizasse. Talocha devia ter sido expulso, a equipa da casa devia ter entrado para a segunda-parte com menos um.

Com Diogo Jota no lugar do lesionado Corona, que estava muito bem e a criar muitos problemas à defesa do Boavista, dando largura e profundidade, na etapa complementar o F.C.Porto não foi tão assertivo, não conseguiu atingir o nível de alguns períodos da primeira-parte. Primeiro, pela melhoria do conjunto de Miguel Leal; segundo, porque o jogo ainda foi mais disputado, houve muitos contactos, ficou difícil ter bola, mantê-la. Para além disso, notou-se a falta de Corona na organização e nas saídas para o ataque; os dois homens que tinham causado mais problemas à defesa do Boavista, Brahimi e Soares, mais o argelino que o brasileiro, perderam frescura, não foram tão influentes como na primeira-parte. 
Com o aproximar do final do jogo e em vantagem mínima, Nuno mexeu: aos 70 minutos e bem, retirou um Brahimi nas lonas e meteu Otávio. Com o brasileiro encostado à esquerda, Danilo e Óliver pelo meio e André André na direita, o F.C.Porto, apesar de não sair muito, foi mantendo a coesão defensiva, aguentou o resultado até final, já com Layún no lugar do expulso Maxi Pereira - uma expulsão que não permitiu ao conjunto de NES de tirar qualquer proveito da saída de Henrique por lesão, facto que tinha deixado os axadrezados com dez, minutos antes.

Notas finais:
Curioso, num jogo em que os boavisteiros foram mais faltosos e mais duros nas faltas, foi o F.C.Porto que viu o jogador ir tomar banho mais cedo.

NES foi expulso quando entrou em campo para colocar na ordem um provocador chamado Alfredo, useiro e vezeiro em comportamentos semelhantes.

Espero que a lesão de Corona não seja muito grave, o mexicano não fique fora muito tempo. 

Ter um guarda-redes de equipa grande, é importantíssimo. Claro que nem chega aos calcanhares de Ederson, mas também não é preciso. Iker Casillas não precisa que os boizinhos desta vida não o coloquem nos cinco melhores guarda-redes da Europa, enquanto lá colocam o guarda-redes do Benfica. 
- Deixa lá, Iker, escumalha é sempre escumalha

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