Ontem lá estava na RTP 3, canal público de notícias, o "elegante" Gobern a tecer grandes loas ao espírito da Supertaça. Gobern é um bom exemplo de como são as coisas no futebol português. Quando corre bem ao SLB, tudo é lindo, tudo é maravilhoso, nada é questionado, o país entra em festa, todos se juntam à festa - o senhor Presidente da República no final do jogo também veio falar no fair-play que presidiu ao jogo. Mas como está de férias ainda não teve tempo para condenar o acto de violência de que foi vítima um dirigente leonino, às mãos dos mesmos de sempre, os anjinhos da Luz. O problema é quando corre mal... Aí os campeonatos são sujos, os jogos viciados, os títulos dos outros são um tributo dos árbitros, nunca há um elogio ou o reconhecimento da competência e do mérito alheio.

Meus amigos, vivemos num estado de nacional benfiquismo bafiento e mal cheiroso, estamos de regresso ao passado salazarento em que quem não é benfiquista não é bom chefe de família.
Combater esta situação que a cada dia se torna mais vergonhosa e escandalosa, não é só um direito, é também um dever cívico.
É muito difícil lutar contra este estado lampiânico. Mas não nos podemos resignar, está visto que neste país quem tem as maiores responsabilidades tem memória curta, esquece mesmo o passado recente e de que a foto do lado é apenas um entre muitos exemplos que podíamos citar.
Uma palavra final e de conforto para o presidente do Sporting:
- Não fiques triste, Frederico, goleados, mas sempre viscondes!

Joe Berardo é notícia todos os dias, ostracizado, parece que tem lepra. Já o presidente do Benfica - quando perdeu a meia-final da Taça da Liga disparou contra tudo que mexe, até pediu a cabeça de um árbitro. Ontem lá estava ele a fazer jus à arrogância do mais maior, melhor, grande e 10 anos à frente da concorrência -, farinha do mesmo saco do comendador madeirense, convive alegremente com as mais altas individualidades do Estado...