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quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

 

Antes de receber o Benfica para um jogo decisivo - qualquer resultado que não seja a vitória dos Dragões no clássico é o fim da linha na luta pelo 1° e também 2° lugar, isto se a lógica não for uma batata -, o FCP viajou até aos Açores para terminar o restante tempo de um jogo que não devia ter começado, mas essa nova sumidade da arbitragem portuguesa, de nome Gustavo Correia, achou que se podia jogar futebol numa piscina.


Obrigado a ter de utilizar todos os jogadores disponíveis que faziam parte da ficha do jogo interrompido, Sérgio Conceição escalou Diogo Costa, João Mário, Pepe, Fábio Cardoso e Wendell, Francisco Conceição, Alan Varela, Nico González, Galeno, Pepê e Evanilson, e o FCP entrou a sofrer um golo digno de uma equipa de regional. Lançamento lateral, bola metida na área, jogador do Santa Clara ganha de cabeça, sobra para outro jogador da mesma equipa que remata forte junto à marca de penálti, Diogo Costa larga e na recarga Rafael Martins adiantou os açorianos.
Reagiu o FCP, também num lançamento lateral, Pepe ameaçou, azuis e brancos ganharam quatro cantos consecutivos, mas daí nada resultou.
A perder e com o vento pelas costas, os Dragões alteraram o sistema, passaram a jogar com três defesas, dois laterais subidos, dois médios e três avançados, iam tendo bola, ganhando cantos, mas tudo muito atabalhoado, mal jogado, não criavam perigo. E o tempo da primeira-parte, 18 minutos+2 de descontos, esgotou-se, com o Santa Clara na frente do marcador e o FCP sem fazer nada digno de registo.

A perder Sérgio Conceição tirou João Mário e meteu Namaso, voltou ao sistema natural, apenas com Pepê no lugar do jogador que saiu e inglês próximo de Evanilson. E o árbitro logo no primeiro minuto da segunda-parte, fez asneira. Francisco Conceição ganhou a frente, ia ficar isolado, foi empurrado, mas nem falta foi.
Aos 51 minutos Galeno completamente sozinho falhou uma oportunidade clara. Mas não demorou muito o empate, Evanilson foi o marcador do golo.
Conseguida a igualdade, os portistas foram à procura da reviravolta. Era preciso soltar em andar com a bola, Francisco Conceição quando conseguia sair do drible era parado em falta, quando não foi assistiu para Galeno adiantar o FCP aos 60 minutos.
Em vantagem e com o Santa Clara a ter de correr atrás do prejuízo, importante aproveitar bem os espaços, não cometer os erros de Barcelos, não ficar a dormir na vantagem mínima.
Cláudio Pereira, continuava a prejudicar o FCP, desta vez não assinalou uma falta clara sobre Namaso já junto à área, Galeno reclamou, levou amarelo. Estes verdadeiros artistas do apito sabem bem o que têm de fazer para singrar na carreira - e o artista já é internacional.
O jogo entrou num período em que se jogou pouco futebol, do nada, após uma saída em falso de Diogo Costa, muito perigo junto à baliza do FCP. O mesmo num canto logo de seguida, com a bola a bater no poste.
Aos 79 saiu Evanilson, entrou Iván Jaime, mas já era um Porto de cariz defensivo, com Galeno a ajudar do lado esquerdo e portistas com uma defesa de cinco. Portistas pareciam mais interessados em segurar a vantagem que ampliar o resultado.
Em cima dos 90 minutos, saiu Nico González e entrou Grujic.
O jogo terminou com a vitória sofrida do detentor da Taça de Portugal.

Resumindo:
Entrada forte no início da segunda-parte, reviravolta, mas depois pouco ou nada. O vento atrapalhou, mas o FCP tem obrigação de fazer mais, não pode ficar pela diferença mínima. Do nada podia surgir um golo que obrigava a um prolongamento que não vinha nada a calhar em vésperas de um clássico contra o Benfica. 

Objectivo conseguido, Dragões nas meias-finais onde vão defrontar o Vitória SC. Mas tirando uns fogachos de Francisco Conceição, apesar de às vezes exagerar nas fintas, pouco mais há para realçar na exibição do FCP nesta tarde ventosa em São Miguel.

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