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domingo, 3 de fevereiro de 2008


Uma gripe daquelas com todos os ingredientes (febre alta, tosse, dores no corpo ...) impediu-me pela 1ª. vez em vários anos (nem sei quantos) de ir ver o jogo do F.C.Porto em casa.
Assim e como não tenho Sport TV (não pago facciosismos, nem anti-portismos) restou o recurso à rádio, fazendo lembrar os tempos em que os jogos eram à tarde, não davam na televisão e quando não era possível assistir ao vivo, restava a alternativa de ouvir o relato.
Com a rádio sintonizada na Renascença e no relato de Pedro Azevedo, nos comentários de Bernardino Barros e na reportagem de campo de Sílvio Vieira, foi assim que me preparei para ver o F.C.Porto e U.Leiria. Vi um F.C.Porto a entrar em jogo determinado, a pressionar alto, a procurar a baliza adversária desde o início, com os avançados em constantes trocas de posição, os laterais sempre a colaborarem nas jogadas de ataque, nomeadamente Bosingwa (que mais parecia um foguete), a consistência de Paulo Assunção, ora na esquerda, ora na direita, a cortar cerce qualquer tentativa mais ousada, da equipa da cidade do Lis e um Quaresma a jogar para a equipa e sempre aplaudido pelo justo público do Dragão.
Ao 2º. minuto marcamos um golo por Ernesto Farías, invalidado por fora de jogo, bem assinalado; continuamos a atacar, a pressionar, a jogar bem e isso viria a resultar no 1º. golo, pelo jogador argentino, que desviou um remate de Bosingwa, em posição irregular. Ao contrário do que era normal, o F.C.Porto foi à procura do 2º. e do 3º., nunca se conformando com o resultado que já era tranquilo. O 2º. golo da autoria do argentino Farías, após cruzamento magnífico de Ricardo Quaresma e o 3º. depois de uma jogada fantástica entre Lisandro e Lucho que Licha concretizou, veio colocar justiça no resultado ao fim dos 1ºs. 45m.
Na 2ª. parte o F.C.Porto entrou também muito forte, marcou mais um golo, mais um grande golo de E. Farías e, a partir daí controlou o jogo e o adversário e se não fosse Fernando, guarda-redes leiriense, o resultado ainda podia ter sido mais dilatado. Resumindo, o que eu vi ouvindo foi: magnífica exibição da equipa portista, que respira saúde física e mental.
Na entrevista rápida à Sportv no final do jogo, Jesualdo entre outras coisas, disse: "foi um óptimo fim de semana do F.C.Porto que ganhou em todas as modalidades". Sobre isso Sr. Prof. deixe-me dizer-lhe o seguinte: este fim de semana não foi uma excepção, é quase uma imagem de marca. Não vi o jogo entre o Benfica e o Nacional, apenas soube o resultado, porque cerca das 11h 10m um amigo me ligou a dizer que o resultado tinha ficado em 0-0. Lembrei-me logo do Edcarlos que tinha dito: "8 pontos não são nada" e "o Benfica ganhou nova alma com a derrota do F.C.Porto em Alvalade". Tem razão o Ed: 10 pontos, sempre são uma margem melhor e quanto à alma?... Estamos conversados! Falam em pressionar e quando jogam depois do F.C.Porto e os dragões ganham, borram-se todos.
Nota final: ao ler os jornais, cheguei à conclusão que com a excepção do golo atribuído a Farías e que afinal foi de Bosingwa, aquilo que vi, ouvindo, está correcto.
PS - Vá lá saber-se porquê, mas, a comunicação social passou completamente ao lado do processo disciplinar instaurado pela C.D. da Liga ao clube da Luz, por causa dos incidentes provocados pelas ilegalizadas claques benfiquistas. No Benfica- Nacional, foi mais do mesmo com várias tochas a serem arremessadas para o relvado. Como é possível que esses apetrechos proíbidos, possam entrar no estádio? Não chega dizer que o Benfica não tem claques, é preciso perguntar: não é da responsabilidade do clube zelar para que estas situações não aconteçam? Como podem entrar objectos desses para o interior do estádio? Tem a palavra a C.D.da Liga.

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