segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Depois da difícil, mas muito saborosa vitória em Salzburgo, o FCP viajou até Arouca para defrontar a equipa local num jogo rodeado de polémica em que o conjunto da Invicta foi tratado sem o respeito devido por vários intervenientes - o comportamento do Arouca e da Liga do Teixeira ficou registado para memória futura. Antes do jogo da 2ª jornada da Liga Europa, quinta-feira no Dragão com os sérvios do Estrela Vermelha de Belgrado e do clássico de domingo contra o Benfica no mesmo estádio, era importante sair deste confronto com os três pontos, manter um registo imaculado e a liderança isolada. Manteve, mas de uma forma tão exuberante que se posso definir apenas numa palavra: orgulho.
Com Diogo Costa, Martim Fernandes, Bednarek, Kiwior e Francisco Moura, Alan Varela, Froholdt e Gabri Veiga, Pepê, Samu e Borja Sainz, o conjunto de Francesco Farioli entrou a dominar, com o Arouca muito recuado. Gabri ameaçou aos 5 minutos, Martim Fernandes levou amarelo aos 6.
Aos 11 Froholdt isolado, falhou na cara do guarda-redes, a bola sobrou para Samu que com a baliza aberta inaugurou o marcador.
Porto adormecia atrás e soltava na profundidade. Faltava calibrar o passe e ligar as jogadas, algo que não estava a acontecer.
De uma jogada que parecia inofensiva, a bola sobrou para Pepê que de ângulo difícil aumentou a contagem. Lance invalidado pelo VAR, assinalou fora-de-jogo a Borja no início da jogada.
Dragões com muita bola, dominavam, Arouca só defendia, mas faltava contundência no último terço.
Samu ficou caído, assustou, mas continuou.
Gabri não estava com a mira calibrada nos cantos. Pepê idem a cruzar e Alan Varela a passar. Só aos 42 minutos o FCP cheirou o golo num remate de Borja para excelente defesa de João Valido. Aos 44 o golo voltou a estar próximo Francisco Moura com a baliza aberta de cabeça atirou ao poste.
O jogo chegou ao intervalo com Dragões na frente pela vantagem mínima. Era pouco para tanta posse. Faltava acelerar e ser mais assertivo e agressivo na zona de finalização.
A vencer apenas por um golo o FCP não podia adormecer na vantagem mínima.
Para a 2ª parte Francesco Farioli retirou Samu tocado e fez entrar Deniz Gül e os Dragões logo no 1° minuto podiam ter feito o 2°. Mais uma excelente intervenção de João Valido. Só que Martim Fernandes teve zero de inteligência - é preciso calma, jogar simples, ser inteligente -, perdeu a bola em zona perigosa, fez falta, viu o 2° amarelo, Porto com 10 toda a 2ª parte. O treinador do FCP tirou Gabri Veiga, meteu Pablo Rosário e de seguida golo de Deniz Gül que na cara do guarda-redes não perdoou. Assistência de Pepê. Mesmo com menos um o FCP dava sinais que não ia limitar-se a defender. Borja continua sem o tempo certo para soltar a bola.
Numa jogada que foi um hino ao futebol de contra-ataque e com Borja desta vez a soltar na hora certa, Francisco Moura fez o 3°.
FCP defendia bem, duas linhas de quatro e Gül mais à frente e saía com critério, procurava sempre a baliza do Arouca.
Aos 69 minutos saíram Francisco Moura, Pepê e Borja Sainz, entraram Alberto Costa, Zaidu e Prpić. Portistas com três centrais.
Com o Arouca a ter mais bola, mais ameaçador e a procurar o golo, o FCP recuou mais, mas nunca esteve encostado às cordas e sempre que podia atacava.
E numa imagem de marca do que este Dragão de chama alta e que nunca desiste, luta pela bola com o jogo empatado ou a ganhar por três, Zaidu fez o 4°.
O jogo terminou com Diogo Costa a fazer uma excelente defesa e a manter a baliza imaculada.
Foi uma demonstração de força de uma grande equipa. Uma equipa muito forte colectivamente e que por isso potencia as individualidade. Uma equipa tem um espírito de antes quebrar que torcer e que não só não se perturbou por ficar com menos um, como encontrou nesse factor negativo a capacidade de se unir, ser solidária, marcar três, construir um resultado, uma goleada que demonstra a valia e qualidade deste FCP 2025/2026.
Esta é uma equipa completa, com um espírito e uma atitude que só pode encher de orgulho todo o universo que torce pelo FCP.
Ainda não ganhamos nada, dirão alguns. Eu digo que já ganhamos o direito de ter esperança e acreditar que este Porto nos pode dar muitas alegrias, lutar pelo principal objectivo da época num plano de igualdade com os nossos dois rivais de Lisboa.