É constituída por duas peças monumentais: o relicário que pesa 120 kg, rematado com um grupo escultório constituído por uma figura de atleta, de joelhos em terra, dominando um leão, que tem uma bola junto dele. Na mão esquerda segura a bandeira do F.C.Porto. O relicário tem 2,80 metros de altura e é uma espécie de caixa assente em quatro Dragões de prata, com quatro portas de cristal. Dentro dele o troféu, constituído totalmente em prata e com três figuras esculturais de mulher, erguendo-se nas pontas dos pés, segurando a taça, circundada por três Dragões dominados por três atletas, que procuram alcansá-la, para beberem dela, o vinho da vitória.
Na sua construção gastaram-se 130 kg de prata e todo o conjunto, pesando mais de 250 kg, custou, em 1949, mais de 200 contos!
Foi esta taça, que os sócios do F.C.Porto ofereceram ao clube, para comemorar a extraordinária vitória, 3-2, no jogo F.C.Porto-Arsenal, realizado no estádio do Lima, no dia 7 de Maio de 1948.
Os promotores da iniciativa foram: Eduardo Soares, José Moreira, Torcato Plácido, Elói da Silva, Manuel Ferreira e Ivo Araújo e a taça foi construída na ourivesaria Aliança.

Recorde-se, que os ingleses eram considerados a melhor equipa do Mundo na altura e, pouco tempo antes, a selecção inglesa tinha derrotado a sua congénere portuguesa por 10-0, o que tornou o feito alcançado pelos fantásticos jogadores azuis e brancos, ainda mais notável.
Rezam as crónicas, que foi uma entrada de Dragão e aos 30 minutos já venciamos por 3-0. Depois...foi só aguentar!
O técnico portista era Eladio Vaschetto e os golos do F.C.Porto foram apontados por Correia Dias (2) e Araújo (1).
Notas finais:

esta recordação, pelo seu simbolismo, pode e deve, servir de inspiração e moralização para o jogo de amanhã.

Tenho a certeza absoluta que este troféu, por tudo o que representa, está bem guardado e fará parte, com grande destaque, do futuro - espera-se que a curto prazo - Museu do clube.

Para este post contei com a ajuda de A Bola: Glória e vida de três gigantes.