Num dos posts anteriores eu tinha escrito o seguinte: « um bom treinador pode conseguir que a sua equipa melhore no máximo 10 por cento, um mau pode torná-la pior 50 por cento no mínimo»

Lamentavelmente, Jesualdo está apostado em ser um mau treinador. Pior do que isso, e é a minha opinião, a equipa perdeu a confiança no treinador. E perdeu a confiança, porque o Professor em cada jogo que passa, dá provas de estar completamente baralhado, sem linha de rumo, sem método e sem coerência.

Vejamos: Jesualdo Ferreira fez aquilo que um treinador nunca deve fazer: cedeu às pressões de fora para dentro e tirou Helton da baliza. Pior do que isso, ao recusar falar sobre o guarda-redes brasileiro, permitiu que sobre ele surgisse a especulação, como é o caso de notícias que diziam, que Helton se recusava a ser suplente. Permitiu, em silêncio, que as sucessivas loas sobre Nuno, aparecessem como espécie de homenagens pró guarda-redes português e como é óbvio, contra Helton. Azar, um grande azar, com Nuno na baliza já vamos em três derrotas seguidas. Mas a formação da equipa e a escolha do seus intérpretes, também tem deixado muito a desejar. Atentemos: T.Costa fez um magnífico jogo em Alvalade, mas a seguir contra o Dínamo, já não foi titular. No jogo contra o Leixões entrou outra vez na equipa, mas para jogar ao lado de R.Meireles como médio mais recuado, passando para a esquerda da defesa e depois para o lado direito. Ontem na Figueira apareceu outra vez na direita do meio-campo, recuando para lateral- esquerdo no início da segunda-parte.

Candeias foi convocado e primeiro suplente a entrar, no jogo contra a equipa de Matosinhos, mas ontem, nem convocado foi.

Hulk foi titular contra o Leixões, ontem foi suplente.

Fernando, contra a equipa de José Mota não jogou, ontem já entrou de início.

Benítez, parecia já não contar, mas Jesualdo voltou a insistir.

Um desastre! No intervalo e nas estatísticas da Sportv, houveram 14 cruzamentos do lado direito do ataque da Naval, contra apenas 4 do lado esquerdo. Sintomático!

Haveriam certamente mais exemplos, mas penso que estes são de algum modo significativos, da forma baralhada como o técnico portista tem orientado a equipa.

Mas se nas opções, as coisas não se percebem e dando de barato, as substituições durante os jogos, que às vezes são infelizes, para não dizer outra coisa, também o discurso é um desastre.

Em Londres, e perante uma exibição que nos deixou envergonhados, Jesualdo, dise que só tinhamos perdido três pontos, como se o prestígio do F.C.Porto não fosse importante.

Sobre os assobios, umas vezes acha mal outras vezes, se estivesse na bancada, também assobiava.

"Perdemos? Não é uma tragédia, não morreu ninguém!" Felizmente que não morreu ninguém, digo eu!

"Crise? Não há crise!" Claro que não há crise, porque pelos vistos, para o teinador portista, só haverá crise lá para a 5ª derrota consecutiva. Numa altura que a comunicação é importante, que há treinadores que aproveitam as C. de Imprensa para passar as mensagens para dentro e para fora, que pretendem, o discurso do responsável pela equipa azul e branca é um desastre.

Jesualdo não é o único responsável por tudo o que está a acontecer ao F.C.Porto, mas é, na minha opinião, o principal.

Quarta-feira em Kiev, o que mais desejo é que as minhas criticas sejam desmentidas e que afinal eu esteja completamente errado. Que Jesualdo consiga transmitir crença, alma e espírito vencedor, a esta equipa e a estes jogadores. Que os faça serem capazes de ganhar, uma ou outra segunda bola, de reagir às adversidades, ENFIM, QUE PROVE QUE TEM CONDIÇÕES PARA CONTINUAR A SER TREINADOR DO PORTO.