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quinta-feira, 22 de julho de 2010


Época 1983/1984, não ganhamos o campeonato, ficamos em segundo lugar, mas ganhamos a Taça de Portugal - 4-1 ao Rio Ave - e fizemos uma extraordinária campanha europeia, na já desaparecida Taça das Taças.

Começamos por eliminar o Dínamo de Zagreb - derrota em Zagreb por 2-1 e vitória nas Antas por 1-0; depois eliminamos o Glasgow Rangers - nova derrota fora por 2-1 e nova vitória em casa por 1-0; a seguir eliminamos o Shakhtior Donetsk, agora Shaktar Donetsk - vitória nas Antas por 3-2, depois de termos estado a perder 2-0 e empate em Donetsk, 1-1; até que chegou o jogo das meias-finais, onde defrontamos o Aberdeen, campeão em título da prova e na altura uma das melhores formações do Reino Unido. Depois de uma vitória no nosso saudoso Estádio das Antas, por 1-0, resultado claramente lisongeiro para os escoceses, viajamos até à Escócia e aí, no terrível ambiente de Aberdeen, fruto de uma exibição irrepreensível - vejam os vídeos e reparem naquele futebol, o agora chamado Tic-tac...- e de um sublime momento de inspiração de Vermelhinho, repetimos o trinunfo por 1-0, qualificando-nos para a final.

Bem, logo no final do jogo foi uma grande festa, festa essa que se espalhou por todos os lados, mas com o epicentro a ter lugar no aeroporto, que foi literalmente invadido, pista e tudo, ao ponto do avião que transportava a equipa ter de ser desviado para Lisboa. Viriamos a perder, injustamente, a final de Basileia frente aos italianos da Juventus, na altura, base da selecção transalpina, campeã do Mundo, no Mundial de 1982 em Espanha, reforçada com dois dos melhores jogadores da Europa na altura, Boniek e Platini. Era o despertar do Grande Dragão Europeu, que teria o seu primeiro grande apogeu internacional na inesquecível noite de 27 de Maio de 1987, no Prater de Viena.

PS-Agradeço ao meu particular amigo, Rogério Paulo Almeida, o e-mail com esta fantástica recordação.



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