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domingo, 29 de agosto de 2010


Frente a uma boa equipa, que ninguém tenha dúvidas, o F.C.Porto entrou bem, dominou e se não foi muito perigoso no último terço, foi claramente superior durante toda a primeira parte, com excepção dos 10 minutos iniciais, em que o jogo foi equilibrado e os últimos 5, em que perdemos concentração, relaxamos, deixamos de marcar, controlar e o conjunto orientado por C.Brito arrebitou e teve alguns lances de perigo, mas sem por em risco a baliza de Helton. Pode-se dizer, sem exageros clubísticos, que ao fim dos primeiros 45 minutos, sem ser exuberante, sem deslumbrar, o F.C.Porto chegou ao intervalo a vencer com justiça e pelo resultado certo.

Na etapa complementar não entramos bem, não dominamos, fomos, em alguns momentos, complicativos, conformados, deixamos correr e quando chegamos ao segundo golo, um hino ao futebol, concluído por Hulk, tinhamos feito pouco para ter dois golos de vantagem. Com a vitória a desenhar-se e o Rio Ave a arriscar tudo, apelando a um futebol directo, o conjunto de Villas-Boas teve algumas dificuldades, não controlou, não pressionou, não jogou bonito, mas defendeu bem - apenas por uma vez, a equipa vilacondense podia ter marcado, através de Yazalde -, foi eficaz e podia, tivesse Hulk e a equipa, atrevo-me a dizer, mais frescura, ter dilatado a vantagem, o que a acontecer, seria injusto para a equipa do Rio Ave.

Chegamos ao fim do primeiro ciclo, seis jogos oficiais, totalmente vitoriosos, com 15 golos marcados, apenas 2 sofridos, Supertaça conquistada, entrada na Fase de Grupos da Liga Europa e estamos na liderança do campeonato - Liga Zon/Sagres. Não se podia pedir mais ao conjunto de Villas-Boas, nem ao treinador do F.C.Porto, que a cada dia que passa vai surpreendendo, pela positiva, os mais cépticos com um discurso correcto, à Porto e uma equipa que sabe o que quer e para onde quer ir.

Não ganhamos nada, é verdade, mas já demos mostras que temos gente com capacidade, para lutar por todos os objectivos, principalmente pelo objectivo número 1 da época, a reconquista do título.

Os jogadores:
Helton, continua em grande. Seguro, sereno, confiante, líder. Um capitão à altura das responsabilidades.
Sapunaru, está bem, muito bem e é uma boa surpresa. Espero que a lesão não seja grave, o romeno, não merece perder o lugar desta forma, por mais que Fucile seja mais completo e tenha, nos dois jogos que foi chamado, dado mostras de querer ser a primeira opção.
Bem os dois centrais, concentrados, seguros, Rolando mais versátil, Maicon mais fixo. Pena que quando tentam meter a bola mais longe...
Álvaro, já esteve melhor que no jogo frente ao Genk, mas quero mais do Palito.
Fernando, fez mais um belo jogo e foi regular durante os 90 minutos, embora mais afoito a subie na primeira, que na segunda-parte, o que foi compreensível.
Moutinho, entrou mal, a fazer as piores opções, mas trabalha muito, dá consistência, ajuda, é solidário e com isso, raramente o meio-campo portista está desequilibrado.
Belluschi também cumpriu, não fazendo um jogão, o argentino nunca baixou a níveis inferiores, o que abona a seu favor.
C.Rodríguez, regressou, espero que definitivamente e no pouco tempo que esteve em campo, não fez nada digno de relevo...
Souza, entrou para substituir Varela. Colocando-se ao lado de Fernando, o brasileiro procurou ajudar e se não brilhou, também não comprometeu, nem jogou mal.
Varela, ainda não está no ponto, falta-lhe explosão, mas sem ter feito uma grande jogatana, cumpriu e foi dele a assistência para o segundo golo, o que deve ser sempre valorizado.
Falcao, não marcou, mas jogou e trabalhou muito bem. É um exemplo de abnegação e profissionalismo.
Hulk, dois golos, o melhor em campo e se às vezes exagerou no individualismo, até se lhe perdoa, tal a qualidade do seu jogo.

Nota final:
há duas semanas atrás, Guarín sofreu uma entrada ao pé, que o lesionou sabe-se lá até quando. Hoje, C.Sapunaru sofreu uma entrada igual. Ainda não se sabe a gravidade da lesão... Mas não parece coisa simples. Por este andar e perante a complacência dos árbitros - como é possível Milhazes ter passado 90 minutos a bater em Hulk e não levar, sequer, um amarelo? - corremos o risco de ter de ter um plantel de 30 jogadores...
Quanto ao suposto penalty não assinalado contra o F.C.Porto, tivesse o "Ramalho, que apanhou o cachaço", assinalado o fora-de-jogo, como devia, a jogada tinha logo morrido ali e ponto final. Mas quem quiser chiar, pode chiar à vontade, no que me diz respeito, é para o lado que durmo melhor.

É isto que falta ao Sporting, segundo as palavras do seu treinador, Paulo Sérgio. O "Dragão até à morte" tem o prazer de oferecer ao clube leonino, sem cobrar nada, o pinheiro que eles procuram.

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