quinta-feira, 31 de março de 2011
Benfica - F.C.Porto, árbitro Duarte Gomes, A.F.Lisboa.
Não quero especular sobre a nomeação, nem dizer nada sobre um árbitro que arbitrou, para o campeonato, 2 jogos do F.C.Porto, um dos quais o disputado na piscina de Coimbra. Mas o que diriam os vendilhões do templo, os freteiros, travestis e afins, que desconfiam de tudo e mais alguma coisa, se fosse ao contrário, se fossem dois árbitros da A.F.Porto?
Rúben Micael
Acho natural que um jogador que não é titular no seu clube e é chamado à selecção, fique reconhecido ao seleccionador; acho natural também, que um jogador que se estreia e a titular e marca dois golos, esteja feliz, mesmo que a exibição não tenha sido nada de especial - até começou muito mal, com duas entradas fora de tempo e que num jogo a sério lhe valeriam cartões - e o adversário, minha Nossa Senhora, fosse muito pobrezinho; já não acho nada natural, aproveitar esses factos para se mostrar amuado com o clube que lhe paga, mostrar desconforto em relação ao seu treinador, esquecer quem no F.C.Porto tanto o tem ajudado. Mais, se há jogador do actual plantel do líder da Liga Zon Sagres, que não se pode queixar, é Ruben Micael, que tem tido muitas e variadas oportunidades e as tem desperdiçado uma a uma. Dar pretexto a que os tipinhos do Pasquim da Queimada, como esse José Carlos de Sousa, o mesmo que há dias atrás veio com a insinuação que Guarín passou a titular, porque se queixou no Twitter, não é nada bom, nem se recomenda. Depois, a melhor forma de lutar contra o desconforto é dentro do campo, provando ao treinador, com boas exibições, que merece jogar. E nesse aspecto, Rúben Micael só tem dado razão a André Villas-Boas para o deixar no banco.
No F.C.Porto, coitados dos que não perceberem isto...
Benfica, clube do regime e que se julga acima da lei, com a cumplicidade do ministro demissionário, Rui Pereira.
Comunicado do F.C.Porto
"A lei à moda de Lisboa
O FC Porto foi hoje informado numa reunião com a Polícia de Segurança Pública que o Benfica pretende impedir a entrada no Estádio da Luz de todos os adereços alusivos ao nosso clube, como sejam bandeiras, estandartes ou faixas no jogo de domingo.
Trata-se de uma decisão ilegal que o FC Porto já denunciou através de uma exposição que enviou ao Ministério da Administração Interna, à Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, ao Conselho de Segurança e Ética no Desporto, à Liga Portuguesa de Futebol Profissional e à Federação Portuguesa de Futebol.
O Benfica pretende com uma medida sectária e própria das ditaduras mais reaccionárias impedir o apoio à nossa equipa, isto perante a complacência das autoridades, como se Portugal fosse uma república das bananas.
O FC Porto exige o cumprimento da lei e recorda às próprias autoridades que se há alguém que se acha no direito de estar acima da lei é o próprio Benfica, que continua a permitir a entrada no seu estádio de todos os adereços alusivos às claques No Name Boys e Diabos Vermelhos, dois agrupamentos ilegais, porque nunca efectuaram o registo dos seus elementos, como acontece com todas as outras claques desportivas em Portugal.
Mas nem isso impede, por exemplo, que esses grupos de adeptos entrem no Estádio da Luz com material alusivo a claques ilegais, façam explodir tochas e outro material pirotécnico.
Pior, depois de confirmar que pretende impedir os adeptos do FC Porto, organizados (legalizados) ou não, de entrar com adereços de apoio à equipa, a própria polícia confirmou que os grupos organizados mas ilegais do Benfica poderão entrar no estádio com todo o seu material.
No Estádio do Dragão todos os adeptos das equipas adversárias entram com material alusivo aos seus clubes e, no caso das claques legalizadas, com material do próprio grupo, sejam tambores, megafones, etc. No caso de claques ilegais, o FC Porto impede a entrada de qualquer tipo de adereço, excepto os de apoio ao próprio clube do adepto, que são sempre permitidos. De resto, como foi bem visível nas últimas ocasiões em que o Benfica jogou no Estádio do Dragão.
A obrigatoriedade de registo e legalização das claques é de 2004. Desde então que há duas claques, os No Name Boys e os Diabos Vermelhos, ambas do Benfica, que são ilegais. Haverá no país maior exemplo de impunidade do que este? Passaram mais de seis anos, em todos os jogos do Benfica as claques estão lá, todo o país as vê, mas as autoridades portuguesas ainda não tiveram oportunidade de fazer uma “investigação implacável”. Definitivamente, é tempo de em Portugal todos os cidadãos e todas as instituições serem tratados da mesma forma.
Para que serve um Governo que faz uma lei e depois não a consegue aplicar? Obviamente para nada.
Finalmente, apelamos a todos os adeptos do FC Porto que, apesar do clima provocatório e intimidatório que o Benfica está a criar para o jogo de domingo, mantenham sempre um comportamento cívico e pacífico."