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sexta-feira, 23 de setembro de 2011


Começo pelo fim:
Jorge Sousa, és um cobarde! Se fosse ao contrário tinhas mandado o Fucile para o rua. Como foi o Cardozo e mesmo tendo visto a agressão, resolveste o problema salomonicamente, mostrando amarelo aos dois jogadores. Porquê, o amarelo ao jogador do F.C.Porto? Medo da reacção da Comunicação Social? Quem tem medo compra um cão, vai à caça e deixa de ser árbitro.
É isto, um jogador do F.C.Porto, James Rodríguez, ameaça dar um grande murro, encosta o punho à barriga de um actor, o actor rebola, como se tivesse sido atingido por um murro de um pugilista, vermelho e fica impedido de jogar o clássico. Hoje, Cardozo, que devia vir para a rua, fica em campo e até marca o golo. Fica registado para memória futura.
Estádio cheio, 49.511 espectadores, grande ambiente, belas e originais coreografias, apoio vibrante e uma exibição do F.C.Porto que passou do dia para a noite.

1ª parte, dia:
Muito boa a exibição do Campeão na primeira-parte. Pressão, intensidade, rapidez, qualidade, domínio do jogo e do adversário, sectores bem organizados, diversidade de soluções atacantes, ora pela esquerda com a profundidade de Alvaro e à ajuda de Varela, ora pela direita com Hulk, Fucile e Guarín que caía ali, Benfica manietado, a ver jogar, a sofrer e dar graças a Deus por só estar a perder pela diferença mínima. Pelo que fez, a equipa de Vítor Pereira merecia ir para o intervalo, pelo menos, com dois golos de vantagem.

2ª parte, noite:
Nem parecia a mesma equipa. Complicativa, lenta, cansada - porquê??? -, a equipa portista, resolveu entregar o ouro ao bandido. Hulk perde uma bola fácil, o clube do regime recupera a bola e Cardozo marca, com tempo para tudo, frente a um desamparado Helton. Mesmo tendo voltado para a frente do marcador, na jogada quase imediata e com o que isso significava na moral da equipa, o F.C.Porto nunca foi capaz de ser superior, ter bola, trocá-la e aproveitar o avanço do adversário para poder contra-atacar e resolver.
Foi como se não tivesse havido golo. Continuamos a jogar sem alma, sem alegria, nunca mostramos capacidade para meter medo, dizer ao adversário, "avancem que morrem!" O Benfica que estava por cima, continuou por cima e com Jesus a arriscar, Vítor Pereira, primeiro, foi lento a reagir e quando reagiu, na minha opinião, reagiu muito mal. Guarín não estava a fazer um jogo do outro mundo, é verdade, mas era dos poucos que ainda tinha pernas, era capaz de pressionar, não deixar jogar à vontade. O colombiano saiu - pelo menos à minha volta, ninguém entendeu - e entrou Belluschi. Não ganhamos nada com a substituição. Pior, ficamos a perder, pois o argentino que nunca foi capaz de fazer o que Guarín fazia, também não ajudou um Hulk em sub-rendimento, incapaz de acompanhar Emerson que foi subindo à vontade. Se o Benfica já tinha mais gente no meio-campo e se superiorizava por isso, com as subidas do lateral ainda mais domínio foi tendo e foi ameaçando cada vez mais. Vendo a ameaça, o treinador portista tirou Kléber, passou Hulk para o meio, meteu Rodríguez para a esquerda e Varela foi para a direita. Teoricamente a equipa devia ter ficado melhor, mais equilibrada, mas não ficou e aconteceu o empate em mais uma abébia, agora de Fucile que ficou nas covas e deixou Gaitan sozinho para marcar. Com dois a dois entrou Walter, houve uma ligeira reacção, mas já não havia tempo, capacidade, jeito e força para alterar.

Resumindo:
Fomos melhores e mais equipa na primeira-parte que o Benfica foi na segunda; tivemos mais qualidade no nosso melhor período que eles no deles; mas faltou quase tudo ao F.C.Porto na etapa complementar. Não podemos baixar tanto, não podemos cair tanto, não podemos errar tanto, não podemos entregar o ouro ao bandido da forma que o fizemos.
Mantemos a liderança, ainda há muito campeonato e nada está perdido. Mas temos de reflectir, ver o que está mal e rectificar. Dois jogos seguidos que deixam um certo sabor amargo, a sensação que podiamos ter feito bem mais.

Nota final:
Gosto muito de Hulk, um jogador que quando está bem fisicamente, pode resolver. Mas Hulk, esta noite, por força do período de inactividade causado pela lesão, só durou a primeira-parte e na segunda desapareceu. Quando é assim, independentemente do jogador que é, tem de sair e dar lugar a alguém que até pode não ter a mesma qualidade, mas certamente teria outra disponibilidade física para fechar e dar seguimento às jogadas, coisa que o Incrível nunca fez.


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