terça-feira, 1 de novembro de 2011
Num estádio cheio de paixão e fervor clubista, que ajuda e de que maneira, uma equipa sem estrelas, jeitosinha, bem distribuída no campo, mas nada de especial, a motivar-se e a galvanizar-se, ao F.C.Porto pedia-se alma, raça, crença, capacidade para, em caso de ser preciso, ir ao inferno buscar o que era necessário para ganhar e dar um passo em frente importante na luta pelo apuramento. Pedia-se um Porto intenso, dos grandes momentos, mas este Porto perdeu a alma, a chama, é uma equipa nervosa, complicativa, trapalhona, com alguns jogadores a parecerem fantasmas que vagueiam pelo campo apostados em escolher sempre a jogada errada, seja no cruzamento, seja no passe, seja na hora de rematar. Uma equipa sem rasgo, sem velocidade, inconsequente, onde ninguém faz a diferença e quase todos primam pela mediocridade.
Foi assim no primeiro-tempo, foi quase assim na segunda-parte, já a perder e mesmo sabendo que a derrota deixava os vencedores da Liga Europa em muito maus lençois. Como se fosse pouco, pasme-se, mesmo conseguindo o empate a 2 minutos do fim, a equipa portista, ainda conseguiu ser surpreendida, em contra-ataque e perder o jogo. Inacreditável, mesmo que o golo tenha sido em fora-de-jogo.
E não vale e pena dizer muito mais... Falar dos que entraram de início e se deviam entrar outros; dos que saíram e se deviam sair outros; do que trouxeram ou não trouxeram na melhoria do jogo portista, os que entraram na segunda-parte; das culpas individuais ou do treinador, eterna vítima quando os resultados não são os esperados.
Foi uma desilusão, mas que não me derruba. Sou um portista de corpo inteiro, gosto muito de ganhar, mas não aproveito as derrotas para desancar em tudo e em todos. E portanto, quem estiver a pensar em aproveitar esta derrota para ir por aí, nem vale a pena tentar, como já fizeram alguns cobardólas anónimos.
É o post mais curto, limitado, por ser num computador alternativo. Não é pela derrota que não faria todos os esforços para dizer alguma coisa.
Curioso, apesar de tudo, só dependemos de nós para conseguirmos o apuramento... Estamos ligados à máquina, mas ainda vivos. E enquanto há vida há esperança.
Ouvi agora as declarações de Helton. Muito bem, grandíssimo capitão!