quinta-feira, 27 de novembro de 2025
No 1º de três jogos em casa - os outros são o Malmo a 11 de Dezembro e o Rangers a 29 de Janeiro, com uma viagem à República Checa pelo meio, 22 do mesmo mês, para defrontar o Plzen - e que o podem catapultar para uma classificação entre os oito primeiros e o apuramento directo para os oitavos-de-final da Liga Europa, o FCP tinha pela frente os franceses do Nice e uma vitória seria um passo importante para o já referido objectivo principal.
Com Diogo Costa, Alberto Costa, Pablo Rosario, Kiwior e Francisco Moura, Alan Varela, Froholdt e Gabri Veiga, Pepê, Samu e Deniz Gül de início, o FCP entrou a marcar aos 21 segundos de jogo. Assistência de Pepê para o remate fulminante de Gabri Veiga. Dragões não podiam ter entrado melhor. Nice reagiu, subiu as linhas, Porto procurava sair para aproveitar o espaço, mas falhava na circulação, errava passes fáceis, complicava, não conseguia chegar à frente em condições de causar perigo. Era preciso acalmar, colocar mais qualidade na definição e no passe. Parecia que um vírus de passes errados se tinha instalado no conjunto de Francesco Farioli. Alberto Costa e Samu abusavam e o primeiro num erro grosseiro ia entregando o ouro ao bandido. Não pode ser, não se podem cometer estes erros.
Uma entrada a rasgar de Dante nem amarelo levou. Portistas, tolhidos, não conseguiam ligar uma jogada. Gül encostado à esquerda era incapaz de dar sequência às jogadas. Samu idem aspas. Muito mal. Mas o FCP tem alguns jogadores que falam outra linguagem, tratam a bola com carinho, a bola nos pés deles não chora. E assim, Froholdt e Gabri Veiga, construíram uma excelente jogada, o último com muita classe, fez o segundo dos azuis e brancos. De uma bola perdida no ataque, mais uma, os franceses desperdiçaram uma grande oportunidade. Aos 43 Samu perto do terceiro.
O jogo chegou ao intervalo com os portistas a vencer por 2-0, vantagem que era justa. Mas o Nice, mais por erros dos jogadores do FCP que por mérito próprio, podia ter marcado. E também fica a sensação que com Gül e Samu mais inspirados e a dar sequência às jogadas, estar no sítio certo, vantagem podia ser maior.
Era preciso que na 2ª parte não se cometessem os mesmos erros, os jogadores da frente, com excepção de Pepê que esteve bem, melhorassem o rendimento.
O jogo recomeçou com Bednarek no lugar Varela que ficou lesionado numa entrada muito feia de Dante, subiu para o meio-campo Pablo Rosario o tipo de jogador que qualquer treinador adora.
Era o Nico a ter a iniciativa, era fundamental ter cabeça, defender bem, sair com critério. Mas a primeira jogada com algum perigo dos franceses foi de mais um passe errado. Irra!
Por muito pouco Samu não aproveitou um erro do guarda-redes. Gül parecia bem melhor.
Uma má opção de Gabri Veiga, passou a Samu quando tinha uma melhor opção na direita, teve como consequência um lance para o VAR analisar, chamar o árbitro para possível falta de Dante sobre o internacional espanhol.
O árbitro foi ver as imagens, assinalou penálti e Samu chamado a marcar não desperdiçou e aumentou a vantagem para 3-0. E de mais um erro no ataque, mais um lance que podia ter custado caro aos portistas.
Com uma vantagem que dava conforto, Farioli tirou Deniz Gül e meteu Borja Sainz aos 68 minutos.
Importante não deixar o Nice entrar no jogo. E esteve quase a acontecer. O que desperdiçou Kevin Carlos e que logo de seguida os franceses voltaram a falhar incrivelmente. Culpas de alguns portistas muito relaxados e desconcentrados, inventavam em vez de simplificar. Alberto Costa era o paradigma a sair para o ataque. Defensivamente muito bem.
Aos 73 minutos saíram Froholdt e Samu, entraram Rodrigo Mora e Luuk de Jong.
O jogo ia caminhando para o fim, Porto a controlar, sem pressas, Nice a tentar, mas sem muita convicção.
O jogo chegou ao fim com a vitória clara e justa, de um Porto que não foi brilhante e até cometeu erros que podiam ter custado caro. A não repetir.
Com esta vitória estamos no bom caminho para o apuramento directo para os oitavos-de-final.
O FCP esta época fez um notável mercado e só alguém muito mal da cabeça ou por má-fé não o reconhecerá.
Nota final:
Parabéns aos Sub-17 de Portugal brilhantes campeões do mundo.
O nosso Mateus Mide foi o MVP do mundial. Calma, miúdo, grandes paragonas, novo não sei quem, isso não é para o FCP... no Dragão privilegiamos o low profile.



