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quarta-feira, 2 de novembro de 2011


Este post não é para dar lições de portismo a ninguém, nem porque me considere mais portista que alguém. Acredito que possa haver quem esteja tão triste, desiludido, frustrado, desencantado e até amargurado como eu estou, mas, tenho a certeza, ninguém está mais do que eu. Sou portista desde que me conheço e cresci a ver o F.C.Porto perder. Atravessei um deserto de 19 anos sem ganhar e durante essa longa seca só tive duas grandes alegrias, a conquista da Taça de Portugal em 1968 e o campeonato nacional de Basquetebol no tempo de Dale Dover. Mas nunca vacilei, nunca me arrependi, nunca me envergonhei, nunca rasguei cartões, nunca senti vontade de mudar ou desistir, sempre senti um enorme orgulho em ser portista e como sabem nesse tempo era muito, mas mesmo muito, pior. Por isso fico passado, perdoem-me a expressão, quando vejo portistas virem ao meu blog dizer que enquanto Vítor Pereira estiver no F.C.Porto não vão ao Dragão, pior, deixam de pagar quotas...?! Ou outros, virem colocar tudo em causa, esquecendo que muitos são os responsáveis por tudo que de bom tem conseguido o F.C.Porto. Para além disso, alguns, não fazem mais nada que pedir a cabeça do treinador, como se Vítor Pereira fosse o único culpado e os jogadores não tivessem responsabilidades nenhumas. Isto tudo a seguir a uma temporada de sonho e quando 2011/2012 ainda só leva 3 meses. Como é possível? Eu, que após a eliminação do F.C.Porto, aos pés dos galeses do Wrexham, na altura na 4ª divisão inglesa, estive em Coimbra a apoiar o F.C.Porto, nem quero pensar o que se diria agora, se uma coisa igual acontecesse... 
Ok, cada um sabe de si, mas no Dragão até à morte, não, por favor. Eu não vou por aí, agora como no passado mais recente ou mais longínquo. É do conhecimente de quem vem aqui que nunca fui fã do treinador Jesualdo Ferreira, mas sempre o respeitei. E se é verdade que pedi a sua saída, duas vezes, foi sempre no final da época, a primeira vez após o campeonato ganho na última jornada e segunda depois na vitória na Taça frente ao Chaves, último jogo da temporada. Não pedi para sair após a eliminação da Taça, às mãos do Atlético, não pedi quando fomos goleados por 5-0 e podia ser muito pior, em Londres frente ao Arsenal. Não, antes pelo contrário, fiz um apelo à unidade, à mística, à raça e à grande alma do Dragão. As coisas melhoraram e atingimos os objectivos pretendidos... Mas há outro factor que me faz pensar assim, eu acredito na capacidade, competência e profissionalismo de quem dirige o F.C.Porto. Eles estão lá, atentos, sabem o que fazer para alterar o que está mal, o que deve ser feito, em cada circunstância, para mudar o rumo dos acontecimentos. Sempre foi assim e será assim agora. É preciso ter memória. É tão fácil ser portista nas épocas em que tudo corre bem...

Dito isto, importa dizer o seguinte: 
Este é o meu pensamento e como eu é que sou "o presidente da junta", este blog continuará no caminho traçado e não se desviará do caminho traçado. Quem não partilhar estas ideias e quiser outro caminho, está à vontade, mas longe daqui. O Dragão até à morte nasceu para o F.C.Porto, para lutar, dentro das suas modestas possibilidades, contra os inimigos do F.C.Porto que são muitos e estão bem definidos. Aqui nunca se dirá que o F.C.Porto bateu no fundo ou o Presidente é "finito", só porque os resultados são fracos e a época está aquém das expectativas. Quem partilhar estas ideias e quiser juntar-se a mim, tem as portas abertas, todos somos poucos. Os que não concordam, podem sempre criticar, desde que com respeito, objectivamente, construtivamente e de preferência fugindo ao anonimato. Quem não o fizer... porta da rua é serventia da casa.

Notas finais:
O Maia do Jogo, passou anos a só ver virtudes, mesmo quando as virtudes eram poucas. Agora só vê defeitos. Deve ser por ter passado para a última página... de jornalista engajado a desalinhado. Que tristeza!

Não precisamos da comiseração de alguns pentelhos que se riem por dentro e derramam lágrimas de crocodilo por fora.

Aos profissionais do Campeão que jogam, um conselho: que tal as caras feias, azias, quando das substituições, deixassem de ser para quem tem a difícil função de treinar esta época o F.CPorto e passassem a ser para os adversários, transformassem tudo isso em revolta, melhor futebol e mais atitude, alma, vontade e determinação?

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