terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Entrando com a atitude correcta, a que se juntou uma qualidade de jogo que ainda não tinhamos visto, a este nível de exigência, o F.C.Porto fez a sua melhor exibição da época e só não conseguiu o triunfo porque não foi eficaz e, não posso deixar de o dizer, porque Hulk, quando precisavamos dele em grande, teve uma noite apagada, longe do que pode e sabe fazer.
No mais, pressionamos, dominamos, atacamos e banalizamos uma boa equipa. Para além disso, criamos e desperdiçamos, várias oportunidades, que nos dariam uma vitória, que pelo que jogamos, era mais que justa. O que se pode dizer mais?
Era preciso atitude, tivemos atitude; era preciso dar tudo, deixar a pele em campo, demos e deixamos; era preciso jogar bem, jogamos; tinhamos de ser organizados e concentrados, fomos; tinhamos de ser criativos e diversificar, para desmontar o autocarro russo, fomos e diversificamos; quando tinhamos de arriscar tudo, arriscamos; enfim, faltou, como disse, eficácia e porque não dizê-lo, uma pontinha de sorte, que hoje não protegeu os audazes.
Quando se joga tão bem e a equipa funciona em conjunto, não apetece destacar ninguém, mas houve gente que jogou muito: Moutinho, Fernando, Rolando, Otamendi, Alvaro, James, Djalma e um Super-Maicon, a jogar a um nível que surpreendeu até os seus mais acérrimos críticos - Helton não teve que fazer; Defour esteve abaixo do que fez nos dois últimos jogos; Kléber cumpriu; Varela também; Belluschi entrou quase no fim; e de Hulk já disse tudo.
Nada a dizer de Vítor Pereira. Preparou bem o jogo, fez o que tinha a fazer. Quando é assim...
Estamos fora da Champions e naturalmente, estamos tristes e desiludidos, desanimados. Mas se é verdade que pelo que fizemos hoje merecíamos continuar, também é verdade que o que hoje sobrou no Dragão, faltou em outros jogos. Mas não vale a pena olhar para trás. O que não tem remédio, remediado está. Agora é levantar a cabeça, olhar em frente e abordar os próximos jogos da mesma maneira. Hoje fomos Porto e por isso a equipa saiu do campo aplaudida por um público que é exigente, mas justo e generoso. Amanhã temos de manter a mesma atitude, a mesma determinação e encarar os jogos da mesma forma. Os próximos adversários, Beira-Mar e Marítimo, os dois jogos que faltam antes da pausa natalícia, têm de ser vistos, tratados e trabalhados da mesma maneira que foi o Zenit. Se for assim, será mais fácil ultrapassar a tristeza e rapidamente entraremos no rumo certo. O rumo que nos levará a conseguir triunfos importantes: campeonato e Liga Europa, novamente. Porque não?
Nota-final:
O rafeiro vira-latas teve o tratamento que mereceu e só sobressaiu no final do jogo e em mais uma cachorrada.