terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Como não dou nada por garantido e respeito todos os adversários, falar do jogo frente ao Benfica, antes do confronto com o Feirense, seria andar com o carro à frente dos bois. Assim, é altura para começar a abordar o Benfica vs F.C.Porto da próxima sexta-feira...
Começo pela marcação do dia do jogo... Não sei se a Liga era obrigada pelos regulamentos a aceitar o pedido de antecipação do jogo, mas mesmo que fosse, devia ter tido o bom senso de procurar que as 72 horas - mínimo de tempo entre jogos que os especialistas consideram fundamentais para uma boa recuperação do esforço - fossem cumpridas. Não foi o que aconteceu e assim, vários jogadores terão de jogar apenas 48 horas depois de jogarem ao serviço das selecções, com tudo o que isso significa e já nem falo das viagens, algumas longas, que têm de fazer. Fica a nítida sensação que a Liga só olhou para os interesses do clube do regime... Mas como tem de ser, agora, mesmo que as condições não sejam ideais para preparar um clássico, temos de nos adaptar e procurar encontrar as melhores soluções para estarmos na Luz física e mentalmente o melhor possível. Como disse Lucho e nós temos um bom exemplo na época passada - direi qual, no fim do post -, uma equipa mobilizada, motivada e com o espírito correcto, ultrapassa melhor o desgaste e vai buscar forças sabe-se lá onde... E é minha convicção que, nesse aspecto, levamos vantagem. Porquê? Porque neste momento, para além de termos recuperado de um atraso de cinco pontos, os resultados da época passada, Porto, Campeão na Luz e remontada na Taça de Portugal, quando o clube do regime já pensava garantida a presença no Jamor, deixaram marcas profundas e os jogadores benfiquistas têm isso bem presente no subconsciente. O que estará na cabeça dos jogadores orientados por Jesus, que já falavam em festejar no Marquês, quando virem pela frente aqueles, estarão lá quase todos, que os fizeram sofrer duas amargas, marcantes e humilhantes derrotas? É óbvio que a experiência conta e a equipa benfiquista está cheia de jogadores experientes, mas mesmo assim, pesa, pesa e muito, mesmo nos mais experientes, quando o grande rival, nos últimos confrontos na Luz, os obriga a baixar a crista, a engolir a arrogância e coisa histórica, se dá ao luxo de festejar o título em pleno ninho da águia.
Nota final:
Jogamos a uma quarta-feira em Dublin, ganhamos a Liga Europa e andamos a festejar até sexta-feira. Fizemos um treino ligeiro no sábado de manhã e de tarde viajamos para Lisboa. No outro dia, arrasamos, 6-2, o Guimarães na final da Taça de Portugal. É óbvio, a moral estava no ponto máximo, a época estava a ser fantástica, nada parecida com esta... Mas como o título é o que nos resta e é o principal objectivo da temporada, temos de defendê-lo com unhas e dentes, dar tudo, deixar, se necessário, a pele em campo, sermos PORTO. Quando queremos agarrar a felicidade e estamos dispostos a fazer todos os sacrifícios para o conseguir, não há cansaço que apague a chama do DRAGÃO.
Teoria de catedrático, prateada, de morninha:
Quando o F.C.Porto perdeu pontos e deixou fugir o Benfica, mérito do Benfica. Quando o Benfica perdeu pontos e o F.C.Porto alcançou o Benfica, demérito do clube do regime.