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quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Não há um adepto, seja de que clube for, que às vitórias, não quer ver a sua equipa juntar boas exibições. Se é assim para todos, no futebol português e em particular para os adeptos do F.C.Porto, nem se fala.  Habituados e de há muitos anos a esta parte, a verem o seu clube ganhar e serem exigentes na qualidade do espectáculo, os adeptos portistas querem sempre o melhor da sua equipa e dos seus profissionais. Também é verdade, natural e acontece comigo, quando a equipa ainda não tem o jogo resolvido e em vez de o procurar resolver, se limita a controlar, isso irrita, mexe com o sistema nervoso, provoca reacções que surgem em forma de assobios. Sempre foi assim, já aqui, aqui e aqui, em épocas diferentes, falei no assunto. Isto são factos, faz parte da história do F.C.Porto, da cultura latina, tenho dúvidas que alguma vez mude. Mas, calma, temos de ser pragmáticos, ontem era um jogo de Champions, importantíssimo - nem preciso de dizer porquê... - e portanto, acima de tudo, o fundamental era conquistar os 3 pontos. Foi o que aconteceu. E isso, meus caros, é que, e em primeiro lugar, tem de ser valorizado. Críticas sem conteúdo, quase sempre no mesmo sentido, isto é, contra Vítor Pereira, ameaças de deixar de ir ao estádio, para mim não dá e não compreendo. Mesmo quando não gostei de muitas exibições no passado, mais recente ou no passado que foi penoso - 19 anos de seca, onde ficar em 3º, 4º, 5º e uma vez até 9º lugar, eram o pão nosso de cada dia  -, nunca desmobilizei, nunca vacilei, nunca deixei de ir ao estádio e os tempos não tinham nada a ver com os de hoje, na facilidade de transportes, até às condições do Dragão.
Era isto que queria dizer sobre este assunto, mas não posso deixar de dizer mais o seguinte, mesmo que seja uma firmação polémica: tenho dúvidas, muitas mesmo, que o melhor treinador do mundo, seja ele Guardiola, Mourinho ou outro qualquer, conseguisse melhor com este plantel e esta equipa, plantel e equipa que, em apenas 1 ano, perdeu dois dos melhores jogadores do mundo, R.Falcao e Hulk, que juntos, valiam 40 golos ou mais, por época. Um exemplo paradigmático: ontem, o treinador do F.C.Porto tirou Varela e meteu Atsu; e mais tarde, tirou Moutinho e meteu Defour. Correu bem, Lucho esteve no golo da vitória, mas se não temos ganho, será que Vítor Pereira não seria criticado? Idem para a posição de Defour, sobre o lado direito do meio-campo. É óbvio, que o belga rende mais no meio, mas com Atsu sobre a esquerda, James em clara perda, a não ser capaz de fechar a lateral à frente de Danilo, como criticar a colocação de Defour ali?

Jackson Martínez chegou ao F.C.Porto e alguns, mesmo sem o conhecerem e por isso, darem o benefício da dúvida, esperarem, logo desataram a criticar. Era porque vinha do México e de um clube desconhecido; era porque era feio; ou porque foi caro. Agora, o ponta-de-lança que em boa hora o F.C.Porto contratou, já é quase consensual - há sempre aqueles que não dão o braço a torcer - e tem mostrado grandes predicados, marcando golos, alguns de qualidade técnica acima da média. Trabalha, segura, tabela e desmarca-se bem e mesmo dando a ideia de render mais com alguém junto dele, tem conseguido brilhar mesmo em 4x3x3. Mais um exemplo de que juízos prematuros e precipitados, não fazem grande sentido. Benefício da dúvida, esperar para ver, deve ser o critério.

De há muitos anos a esta parte, os relvados do F.C.Porto, Antas e Dragão, com excepção do primeiro relvado, do estádio inaugurado em 16 de Novembro de 2003 e que logo foi substituído, são dos melhores de Portugal e até do mundo. Tínhamos um relvado excelente, aparentemente, pelo menos, antes do concerto dos Coldplay que o danificou e obrigou a nova substituição. Como estas coisas estão acauteladas nos contratos com os produtores, no início da época o relvado danificado deu lugar a um novo que não tem mostrado a mesma consistência e qualidade do anterior. Como não sou especialista e não gosto de falar do que não sei, procurei informar-me junto de quem sabe. A informação que me deram é que o relvado é novo, precisa de tempo, porque ainda não tem a compactação ideal, mas vai ficar bem, com a qualidade dos seus anteriores. Dito isto e como nesta altura, mesmo que fosse necessário mudar, não o poderíamos fazer, não vale a pena estar sempre a falar do mesmo. Temos de esperar.

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