Já aqui, sobre a questão de menos público no Dragão e aqui, sobre o facto da FIFA estar a pensar em proibir as co-propriedades, por fundos e particulares, nos passes de jogadores, tinha dado conta de algumas preocupações que afectam o F.C.Porto. Hoje trago mais uma...
Li há dias atrás no Jogo, mas faz parte do prospecto de apresentação do empréstimo obrigacionista, que o F.C.Porto, entre 2009 - 67.192 sócios com as quotas em dia e 2012 - 61.584, perdeu 6608 sócios. Isto tudo, sendo o F.C.Porto um clube sucesso, ganhador, cá dentro e lá fora, um caso de estudo a nível internacional. É uma situação preocupante, principalmente pelos efeitos de uma crise profunda, transversal a toda a sociedade portuguesa e com tendência a piorar. Mas se juntarmos à crise, o facto de agora, ao contrário do passado, ser sócio ter apenas um efeito simbólico - os sócios para verem jogos da principal modalidade do clube, o futebol e na categoria de seniores, têm de pagar -, estão encontradas as explicações e principais razões, para esta quebra de sócios. Sendo assim e sabendo que o clube está atento, para ao menos manter os que tem, que mais podemos fazer para minimizar o problema e mudar o rumo dos acontecimentos? Por exemplo, se um adulto para ser sócio precisa de gastar 60 euros - 3x12 euros de 3 quotas + 24 de jóia -, porque não facilitar a entrada de novos sócios, abdicando da jóia? Porque não dar a possibilidade, naqueles jogos que o estádio não enche, a sócios, com as quotas em dia, entrarem de graça, obviamente, num número limitado? Há parceiros comerciais que dão vantagens aos associados do F.C.Porto. Mas será que a maioria dos sócios têm conhecimento dessas vantagens? Porque não, no início da época, mandar uma cartinha a dizer-lhes quais e quem lhes dá os benefícios?
Não sei se há impedimentos que eu não esteja a ver, para colocar em prática estas ideias ou até se já estão a ser praticadas... Mas nesta altura difícil, em que muitas vezes pagar uma quota, significa tirar à barriga, temos de fazer tudo para que esse capital, ser sócio, nem que seja por simbolismo, não se perca.