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quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Depois da vitória difícil, sofrida e só conseguida nos minutos finais, para o jogo da 10ª jornada do campeonato, Liga Zon Sagres, o F.C.Porto regressa ao Axa - Pedreira -, para voltar a defrontar o S.C.Braga, desta feita para a Taça de Portugal. Não há dois jogos iguais, mas há uma certeza: as dificuldades vão ser as mesmas, pelas razões reflectidas no post de antevisão e que o jogo veio a confirmar. Mas se analisarmos o porquê, se por um lado e porque é verdade, concluiremos que se deve, sem dúvida, ao mérito do Braga, também é verdade, que só houve Porto, ao seu melhor nível, apenas durante 15 minutos. Nesse período foi um Porto claramente superior e que merecia ter chegado à vantagem. Não chegou e depois, fruto de quebra física em alguns dos jogadores nucleares, o conjunto de Vítor Pereira foi perdendo gás, qualidade e só chegou ao triunfo, por um lado, porque se perdeu frescura e qualidade, nunca perdeu o carácter e a crença, acreditou até ao fim. Por outro, porque ao atrás referido, se juntou o talento colombiano de James e Jackson. Aqui chegados e estabelecendo a ponte para manhã, acredito num Porto melhor, um Porto a manter a mesma atitude e a mesma vontade, mas mais fresco, mais capaz de prolongar, pelo jogo todo, a qualidade e com isso voltar a ganhar.

Nota final:
É verdade que terça-feira temos um jogo importante para a Champions, onde está em jogo o primeiro lugar do grupo, muito dinheiro e prestígio, frente a uma das equipas da moda no futebol europeu. Mas, ao contrário de terça-feira, amanhã uma derrota atira-nos para fora da Taça de Portugal e a dita prova rainha do futebol português, é um objectivo da época. Assim e se espero que possamos poupar um ou outro jogador, espero também, que as poupanças não coloquem em causa o equilíbrio e a coesão da equipa.

Olegário Benquerença, auxiliado por Bertino Miranda e Luís Marcelino.

Convocados do F.C.Porto:
Guarda-redes, Fabiano e Kadú;
Defesas, Danilo, Miguel Lopes, Abdoulaye, Otamendi, Alex Sandro e Mangala;
Médios, Lucho, Moutinho, Fernando, Defour e Castro;
Avançados, Atsu, Jackson, Kléber, Varela e James.

Equipa provável:
Fabiano, Miguel Lopes, Otamendi, Mangala e Alex Sandro, Fernando, J.Moutinho e Defour, Atsu, Jackson e James.

Antevisão de Vítor Pereira:
Este jogo será necessariamente diferente do jogo do campeonato, por ser a eliminar?
Não acredito num jogo muito diferente. Será complicado, tanto para nós como para o SC Braga, mas sabemos que não há volta a dar: ou o resultado nos permite avançar na prova ou nos elimina. Só isso poderá em determinados momentos abri-lo mais.

Os números não lhe dizem grande coisa, mas o FC Porto é única equipa europeia sem derrotas e já leva 18 jogos oficiais. Isso é fruto da seriedade e da competência da equipa?
Só acredito na competência, no espírito e capacidade competitiva que a equipa tem, na união entre eles, que eu sinto que existe. É nisso que acredito e continuarei a acreditar na minha vida.

Confessou que o jogo de domingo foi desgastante. Espera não ter desta vez este desgaste?
Espero ter o mesmo desgaste e ganhar no fim. Há jogos mais exigentes… O último exigiu muita concentração, o resultado esteve indefinido até ao fim. Só quem passa por este lado percebe que chegamos ao fim com a sensação de que o jogámos. E jogamos emocionalmente. Há jogos mais tranquilos, em que o resultado se define mais cedo, mas isto faz parte da profissão.

De que forma o jogo de terça-feira, frente ao Paris Saint-Germain, condiciona o encontro em Braga?
Para que fique claro, queremos ganhar os dois. A Taça de Portugal é um objectivo claro, que queremos seguir, e a Champions League prestigia o clube e quem aqui trabalha. Temos jogadores com qualidade para gerir nestes dois jogos e procurar os resultados que pretendemos. Acredito totalmente no plantel e farei a gestão que achar necessária.

Após derrota com o FC Porto, o SC Braga apresenta-se, em teoria, mais pressionado. Será um encontro mais difícil devido a isso?
Sinceramente, não consigo responder. Sabemos o que queremos e vamos a Braga para passar à próxima eliminatória. Essa é uma questão para o José Peseiro.

Espera um SC Braga ferido pela derrota?
Espero um SC Braga idêntico ao que jogou no campeonato, a criar-nos dificuldades. Nós, com a nossa identidade, vamos procurar impor o nosso jogo e passar a eliminatória.

Sentiu algum desconforto com a saída de campo do Lucho, quando foi substituído em Braga?
Absolutamente nenhum. O Lucho é um jogador ambicioso, como todos no plantel. Quem sai quando o jogo ainda não está definido fica sempre com aquela vontade de ficar em campo a ajudar a equipa, para se conseguir o resultado.

Que leitura faz do facto de, nas primeiras dez jornadas da Liga portuguesa, a assistência ter caído em 100 mil espectadores?
O papel dos treinadores é promover os melhores espectáculos possíveis, ainda que as equipas possam estar mais ou menos inspiradas. A vida não está fácil para ninguém e é natural que o futebol se torne um espectáculo caro. Acredito que o gosto de vir ao futebol continue, a vida é que mudou para muita gente.

O SC Braga continua a ser um candidato ao título ou o campeonato “partiu-se”?
É uma equipa com qualidade. Há um mês, por aquilo que li e vi, praticava o futebol mais espectacular e era a formação mais surpreendente. Não entendo que o SC Braga e o José Peseiro percam de repente qualidade, após dois ou três resultados negativos. Não consigo entender esta forma incoerente de ler as coisas.

Ontem foi divulgada uma lista dos treinadores mais bem pagos do mundo e o seu nome não constava da lista.
Deixe-me rir… Estou muito feliz no FC Porto, num grande clube, trabalho para ter os melhores jogadores à disposição para conseguir os melhores jogos possíveis. Sou exigente e gosto de futebol bonito e é isso o que mais me motiva. Claro que o dinheiro tem importância, porque tenho três filhos, mas acredito no trabalho, na competência e não na sorte. Sorte teria sido, aos quatro minutos do jogo em Braga, estarmos a ganhar 2-0, como poderia ter acontecido. Não aconteceu e tivemos de trabalhar até ao último minuto. Acredito na competência. O dinheiro é importante mas não é o que me faz andar e respirar; o que me faz correr é a paixão pela profissão que tenho.

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