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terça-feira, 9 de setembro de 2025

 

Para além de bons treinadores e bons jogadores, um dos méritos do FCP e que o transportou para os píncaros do futebol mundial, era(é) a atitude, raça, espírito de luta e de combate, dar tudo em campo, ser fiel ao lema, até podemos perder, mas nunca podemos sair do campo sem a certeza que fizemos tudo para ganhar. Para isso no FCP, como regra - as excepções são excepções... - sempre se treinou nos limites, treina-se como se joga, é só perguntar ao João Pinto, Rodolfo, André, Fernando Couto, ou Paulinho Santos, por exemplo. Ora, quando é assim, nos princípios de época há mais tendência a rupturas musculares - Moura, Martim, Eustaquio toque num joelho e ontem Luuk de Jong não foram lesões musculares, Gabri Veiga foi uma lombalgia. Lesões musculares foram Samu, Alberto e William -, tendência que no desenrolar da época e com jogos que chegam a ser até de três em três dias, em que praticamente só dá para jogar e recuperar, já não há cargas físicas, esse tipo de lesões desaparecem - não totalmente, há sempre quem esteja mais sujeito a essas contrariedades. Mas o futebol é um desporto de contacto, duro, muitas vezes disputado em relvados pesados ou em mau estado, logo mais propícios a lesões. Por isso é que os plantéis têm dois, às vezes mais, jogadores por posição. E quando o trabalho é de qualidade, os processos estão bem definidos, os automatismos consolidados, as equipas são organizadas, colectivamente fortes, saem dois e entram dois e o rendimento não baixa. É essa a minha expectativa para os tempos mais próximos sem o contributo de alguns jogadores que já provaram ser importantes.
Portanto, nada de pensamentos negativos, colocar em causa os métodos de trabalho de Francesco Farioli. 

Ele, Pedro Galo, qual mosca varejeira, sabe tudo, tem acesso aos contratos dos jogadores, quanto ganham, as cláusulas que lhe permitem receber mais em função de atingirem determinados objectivos, etc. Mais, conhece o pensamento e os estados de espírito dos jogadores e até se dá ao luxo de mandar um recado para o FCP, para dizer que se quiser renovar com Diogo Costa, não chega colocá-lo ao nível dos mais bem pagos, diz ele, Samu e Gabri Veiga, mas acima deles. Sabe também que AVB anda há ano e meio para renovar com Diogo Costa e ainda não conseguiu.
Está visto, terminada a novela Rodrigo Mora, já começou a novela Diogo Costa. Mas não surpreende. Quando existem programas de horas, onde não se fala do futebol jogado, das tácticas, das estratégias, das exibições colectivas ou individuais, da qualidade dos jogadores, dos golos bonitos, das acções dos treinadores durante os jogos, etc., mas dos casos e casinhos, do pior do futebol, onde o que importa é a polémica que parte muitas vezes de mentiras esfarrapadas, é natural que se privilegie o acessório em vez do essencial.
Pedro Galo, Paulo Catarro e Vítor off-the-record Pinto são três bons exemplos deste tipo de comentário e análise que passa em alguns canais de televisão. Os dois primeiros são dois antiportistas primários desde o tempo da Bola Branca, o último esteve ligado a um grande escândalo, um verdadeiro atentado à ética quando tornou pública uma conversa, que era privada, em Outubro de 1996, entre António Oliveira na altura treinador do FCP e os jornalistas. 

PS - Não deixa de ser curioso ver alguns que disseram tudo e mais alguma coisa sobre Diogo Costa após a derrota de Portugal frente a Marrocos no mundial do Catar, mas agora, porque dá jeito, esgotam todos os adjectivos para elogiar Diogo Costa.
Porque será?

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