Populares Mês

domingo, 25 de agosto de 2013


Grande enchente, 41.009 espectadores, grande entusiasmo e uma grande exibição, principalmente na primeira-parte, altura em que o Tri-campeão chegou a ser empolgante; resultado escasso para a qualidade e superioridade da equipa portista. As razões para que o resultado seja lisonjeiro para o conjunto insular ficam lá mais para a frente.

Depois de um curto período, talvez 10 minutos, chamemos-lhe de aquecimento, em que o jogo do F.C.Porto afunilava, era feito muito pelo meio e aí o congestionamento era grande - culpa dos laterais que estavam muito presos e não apareciam a apoiar e aproveitar o espaço nas costas de Licá e Josué -, as coisas ajustaram-se, os laterais soltaram-se e a máquina funcionou em pleno. Com uma dinâmica que envolvia quase toda a equipa, uma intensidade que sufocava e um carrocel de futebol de ataque que entusiasmava, o F.C.Porto fez 35 minutos de grande qualidade colectiva e individual que os dois golos marcados, - Jackson e Licá - não reflectiam de maneira nenhuma. Não, não houve Marítimo a menos, nem com falta de atitude, como ouvi a um iluminado comentador - colocar a tónica de Marítimo a menos, não é correcto, nem é verdade. Uma equipa só joga o que a outra deixa jogar e o Marítimo não jogou porque houve muito mérito do F.C.Porto. Foi a exibição de grande nível da equipa azul e branca a responsável pela fraca exibição da equipa da Madeira.

Depois de 45 minutos de grande fulgor, e com o 3-0 - Josué na conversão de uma grande-penalidade, correctamente assinalada e exemplarmente convertida - a aparecer logo aos 5 minutos da etapa complementar, era natural que a equipa do F.C.Porto baixasse o ritmo, gerisse a posse, mas mantivesse as virtudes colectivas e individuais do primeiro-tempo. Não foi assim. É verdade que o domínio e a superioridade do conjunto de Paulo Fonseca continuou inquestionável; é verdade que tivemos várias ocasiões para aumentar a vantagem; a nossa baliza nunca correu riscos; mas ligamos o complicador, começamos a preferir o individualismo ao colectivismo, passamos a tomar as piores opções, a errar muitos passes e por essa razão perdemos uma óptima oportunidade de correr o clube do guardanapo com uma goleada com números, pelo menos, iguais aos da época passada, 5-0. E foi pena, a nossa superioridade e a nossa exibição, mereciam mais golos.

Depois de no jogo de apresentação a exibição ter sido fraquinha, hoje, no regresso a casa e já a sério, uma primeira-parte de nota 17 e uma segunda de nota 12. Uma vitória indiscutível, dois golos, os primeiros, foram dois hinos ao futebol, muitas e boas exibições. Lucho e Defour a jogarem tempo de mais e Quintero com coisas que só os predestinados conseguem fazer - no meio e de preferência quando quem ele tem de servir já não esteja muito cansado. Estamos a crescer.

Pena a lesão de Mangala, numa noite que ninguém deu por mal empregue.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset