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domingo, 16 de março de 2014


Depois da mais miserável e suja campanha que há memória no futebol português, pressionando, coagindo, condicionando e intimidando árbitros e F.C.Porto, o Sporting conseguiu o pretendido, o crime compensou, e a campanha resultou em pleno - os calimeros venceram com um golo irregular: dou de barato os dois lances sobre Jackson, não posso deixar passar em claro a expulsão de Fernando. O Polvo apenas reagiu com um chega para lá a Montero e porque o jogador leonino estava a queimar tempo. Proença, valentão, podia ter bom senso e amarelar os dois jogadores, mas não, quis protagonismo e mais uma vez, também aqui o crime compensou. Compreende-se pode aparecer outro maluco e os dentes são um bem precioso.
Para fazer frente a toda a pouca vergonha que o histerismo calimero criou para disso tirar partido, era preciso um Porto à Porto, isto é, uma equipa que conseguisse juntar qualidade, à coragem, força interior, espírito de sacrifício, crença. Durante a primeira-parte ainda houve laivos desse Porto, mas depois do golo do Sporting, a que se juntou a lesão grave de Helton - recupera depressa e bem, capitão! -, nunca mais a equipa portista se encontrou e tirando o lance de Ghilas, nunca mais a baliza de Rui Patrício correu verdadeiro perigo. E assim, com a quinta derrota no campeonato - já não me lembro de ter 5 derrotas numa época, talvez em 2004/2005...-, o título é uma miragem e o 2º lugar complicou-se muito. Se o F.C.Porto ganhasse com um golo irregular, era mais uma semana de pouca vergonha, como foi o Sporting a beneficiar e o F.C.Porto prejudicado, 3/4 do país está em delírio, o assunto apenas vai ter direito a notas de rodapé, os prostitutos vão ficar caladinhos e errar volta a ser próprio do homem. Mas nós portistas não vamos esquecer tudo o que se passou esta semana... Temos boa memória, atrás do tempo, tempo vem, os pirómanos e incendiários vão ter resposta numa próxima oportunidade.

O jogo:
Primeira-parte equilibrada, com o nulo a manter-se, mas o F.C.Porto com três boas oportunidades: Varela, após grande jogada de Quaresma; o mesmo Quaresma num remate fantástico à barra; e Jackson a atacar mal a bola de cabeça, deixando perturbar por um minorca como Cedric, quando tinha tudo para fazer golo - penso que se Cha Cha Cha tem atacado a bola com convicção, nem a possível falta do defesa leonino impedia que o ponta-de-lança colombiano inaugurasse o marcador -, a ser mais perigoso e se tem ido para o intervalo em vantagem, não seria injusto para o Sporting.
Até entrou melhor a equipa da casa e nos primeiros minutos a equipa portista parecia abúlica, pouco concentrada, não conseguia ligar as jogadas. Mas essa vantagem leonina não durou muito, rapidamente e muito por obra de um grande Fernando, o F.C.Porto reagiu, foi subindo, equilibrou e mesmo faltando um bom Carlos Eduardo para fazer a ligação com o ataque, foi melhor e como referi anteriormente, merecia melhor sorte nas três chances que criou, todas elas a partir de jogadas bem delineadas. O Sporting também teve algumas boas jogadas, mais pela esquerda, beneficiando das subidas de Danilo que Fernando tardou a compensar, também criou algum perigo, mas sem ter as oportunidades que teve o tri-campeão.

Como os primeiros 45 minutos tinham acabado com o F.C.Porto por cima, esperava-se que o conjunto de Luís Castro entrasse bem na etapa complementar, desse continuidade ao jogo razoável que tinha feito. Mas não foi assim. O Sporting entrou melhor, mais rápido sobre a bola, mais pressionante, mais ligado, adiantou-se no marcador - bola metida nas costas da defesa, André Martins recebe-a em fora-de-jogo, cruza para Slimani marcar, com Abdoulaye completamente batido - e o F.C.Porto não teve capacidade para reagir e quando reagiu, nunca foi com a qualidade, com a determinação e com a organização que era preciso. A ganhar e com o F.C.Porto já desgastado e sem grande discernimento, a equipa leonina juntou linhas, recuou, procurou e conseguiu sair em contra-ataque e nesse período foi mais perigosa, perante um F.C.Porto sem grande capacidade anímica para pelo menos chegar ao empate. Dos três jogadores que entraram, Fabiano cumpriu, Quintero não trouxe nada à equipa, Ghilas voltou a mostrar que tem de ter mais tempo de jogo e com Jackson a jogar pouquinho...
Tudo somado, pelo que foi a primeira-parte e as oportunidades que o F.C.Porto teve e desperdiçou; pelo golo irregular; e porque na segunda-parte o Sporting foi melhor, talvez o empate fosse o resultado mais justo.

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