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quinta-feira, 23 de outubro de 2014


Qual a diferença entre a arbitragem de Gelsenkirchen que penalizou o Sporting e, por exemplo, a de Guimarães que prejudicou claramente o F.C.Porto? Nenhuma. A única diferença esteve na cor das lágrimas. Se são azuis, não se passa nada, quem chorou não devia chorar, é criticado a torto e a direito. Mas se forem verdes, aí sim, todos se juntam ao choro, qualquer notícia sobre o jogo, seja na rádio ou na televisão, lá vem o choro, alguns jornais e o ratinho da SIC mostram a verdadeira dimensão de chorões compulsivos e escroques militantes e falam em roubo. Roubo!, palavra forte, tão forte que até causou uma crise de inveja ao meu "amigo" e vencedor 4ª Edição do Prémio Kompensan/Rennie, Ruizinho Gomes da Silva, o mais pequenino e mais quiduxo dos paineleiros portugueses. Disse o Rui a destilar inveja por todos os poros: «Porque não fizeram capas destas, quando, em Maio, perdemos a final da Liga Europa, com um verdadeiro "roubo de igreja"?» E se o Rui chora de inveja, outro "amigo", Eduardo Barroso, o nosso bem conhecido Dr. Cutty Sark, esse chora de raiva e não faz a coisa por menos: foi a máfia russa e houve dinheiro por fora. Quem também chorou ontem após o Mónaco 0 - Benfica 0, foi o Catedrático. E utilizo o adjectivo Catedrático porque a argumentação para o choro foi de verdadeiro artista, foi de Doutor do Povo. Disse Jorge Jesus que as arbitragens de ontem e de anteontem que envolveram os dois chorões da Segunda Circular, é uma questão política. Tem a ver com o ranking da UEFA. Ai sim? Tem piada, estava convencido que tinha a ver com a Gazprom. Mas depois pensei... não pode, o F.C.Porto já fez quatro jogos frente aos russos de S.Petersburgo, em dois acabou com 10 e ninguém falou na influência da empresa de energia russa, porque carga de água deviam falar agora? Sem esquecer a Sagres, patrocinador em simultâneo da Liga e do clube do regime.
A forma como as análises e os comportamentos vão mudando ao sabor dos interesses de uns em comparação com os interesses do outro, são sintomáticas da verdadeira dimensão de alguns homitos com espinha de plasticina.

Aproveitando a embalagem... ontem já dei um pequeno lamiré sobre a forma como está a ser tratada a questão das eleições da Liga e dos apoios a Duque. Também nesta matéria houve choro. Diziam com as lágrimas do anti-portismo a escorrer pela cara abaixo, alguns vendilhões do templo: o que vão pensar os adeptos do Benfica sobre esta "aliança" - as aspas são de minha autoria - com o F.C.Porto, depois de tantas confusões, tantas trocas de acusações, tantos tiros de um lado para outro? E então, nada de perguntar o que pensam os adeptos do F.C.Porto? Sem querer falar em nome de nenhum portista, deixo apenas a minha opinião: nada vai mudar na forma como olho para o Benfica e para o seu actual presidente. Tenho memória, nunca vou esquecer e perdoar tudo aquilo que nos fizeram em 2008, tudo aquilo que fazem e vão continuar a fazer sempre que o F.C.Porto lhes ganha. Mas eu sou apenas um adepto, não tenho responsabilidades institucionais. Portanto, não gosto, preferia que não fosse assim, mas compreendo. Os tempos não estão para brincadeiras, BES e PT já eram, é preciso encarar de frente os problemas e quando eles são gravíssimos não pode haver radicalismos, sob pena do futebol português não ter futuro.

Tudo bem. O jornal I não tem qualquer expressão, não devemos dar qualquer importância aquele miserável título que teve destaque de capa - ver ao lado - e é revelador de uma falta de ética e deontologia que devia envergonhar quem o produziu - obviamente se o responsável por aquela nojeira tivesse um pingo de vergonha na cara. Mas aquele título é apenas mais um entre muitos que tem sido vítima Julen Lopetegui desde que chegou ao F.C.Porto. E se o I não tem qualquer expressão, causa pouco dano, há outros OCS - jornais, rádios e televisões - que tem expressão e esses têm danificado e de que maneira - basta atentar no tem tem acontecido e que teve o epicentro na última terça-feira. É claro para mim que alguém com responsabilidades já devia ter saído a terreiro em defesa do Mister, coisa que era normal acontecer no F.C.Porto e que agora raramente acontece. Os treinadores são maltratados, muitas vezes achincalhados, fragilizados e nada. Os silêncios do F.C.Porto também têm contribuído para estes fenómenos de contestação que nos últimos anos têm afectado sucessivos treinadores do melhor clube português. Não percebo tanto deixa andar...

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