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quinta-feira, 13 de novembro de 2014


Como não me canso e nunca me cansarei de dizer, a comunicação social sem ética, sem deontologia, facciosa e sectária, quando se trata de casos em que o interveniente é o F.C.Porto ou quem o serve, carrega até à exaustão, extrapola, transforma um filme para crianças num filme com bolinha no canto superior direito do écran. Já quando se trata de outros clubes, em particular o clube do regime, omite, branqueia, arranja desculpas. Com pouquíssimas excepções, não passam de um bando de vendilhões do templo. Idem para alguns analistas e comentadores - os paineleiros afectos aos clubes é outra história... O último exemplo é o que se passou no Estoril-F.C.Porto, com Tozé, jogador dos Dragões - sim, jogador do F.C.Porto e não do Estoril, como dizem alguns pobres de espírito! - emprestado ao clube da Linha. Não quero abordar as contradições no comportamento do jogador, mas já disse no post da última segunda-feira que os mesmos que agora transformaram em herói nacional, seriam os primeiros a arrasá-lo e a dizer o piorio dele, se por acaso falhasse o penalty - coisa normal em jogadores do F.C.Porto nos últimos tempos, como bem sabemos. Mas adiante, não é esse o assunto que quero abordar, embora esteja tudo relacionado. Tozé foi substituído, saiu devagarinho, os jogadores do F.C.Porto, como tantas vezes acontece no futebol - quantas vezes já vimos, até bem pior, jogadores lesionados a serem agarrados e transportados para fora do campo por adversários cheios de pressa para recomeçar o jogo? -, pressionaram-no para ser mais rápido, nada de mais. O F.C.Porto empatou no último minuto, desperdiçou a oportunidade de ganhar na última jogada, o jogo acabou, é natural que o nervosismo imperasse, umas bocas se trocassem. Foi o que aconteceu no túnel, Rui Barros disse a Tozé que a forma como saiu do campo foi lamentável, devia ter respeito pela camisola que vestiu. Ninguém do F.C.Porto acusou Tozé de falta de profissionalismo por ter convertido o penalty, como alguns afirmaram - Bagão Félix, o conhecido papa-hóstias foi um deles; outro foi o filho do falecido Amadeu José de Freitas... Portanto, tudo não passou de umas bocas, facto que acontece muitas vezes no futebol, muito longe de atingir as proporções que alguma comunicação social divulgou, falando em apertos para aqui e para ali. O que se passou na noite de domingo no túnel do António Coimbra da Mota não tem comparação com o que se passou com o árbitro Pedro Henriques, após um Benfica-Nacional ou com jogadores do Estoril no intervalo de um Benfica-Estoril, no túnel da Luz há anos atrás, perante um silêncio cúmplice dos que agora foram tão lestos a falarem em apertos. Emprenhando pelos ouvidos e pelos olhos, não ligando a desmentidos, nem procurando cumprir uma regra básica do jornalismo, o princípio do contraditório, o senhor António Ribeiro Cristóvão dá tudo o que foi dito e escrito como adquirido, atira-se a Rui Barros, junta-se ao côro do jornalismo rasca e rasteiro, comporta-se como um deles. Uma vergonha. É lamentável e caso para dizer:  
-Também tu, António Ribeiro Cristóvão?

Alvalade a nova "meca" do futebol de praia.
Quando soube que Bruno de Carvalho tinha ido ao Dubai a um "workshop" da FIFA sobre... futebol de praia!, confesso, talvez porque adorava lá ir e não posso, fiz juízos de valor errados a respeito do novo "Tarzan de Alvalade", pensei que só lá tinha ido passear. Mas ao ver o resumo do Sporting-Paços de Ferreira, só tenho de me penitenciar: faz todo o sentido Bruno ter ido ao Dubai. Como o estado do relvado dos viscondes é um autêntico areal, de facto não será má ideia transformar Alvalade na "meca" do futebol de futebol de praia e procurar um novo estádio para o futebol que não é jogado na areia. Não há dúvida, Bruno está muito à frente. Tão à frente que ontem após duas horas e meia de conversa em família, os auto-elogios foram tantos que é caso para dizer:
Bruno, descobriu a pólvora, a penicilina, a origem das espécies, a teoria da relatividade.
Inventou a rádio, televisão, telefone e lâmpada.
Que a Terra gira em torno do Sol.
Que o Sporting dizimou o F.C.Porto e foi dizimado pelo Vitória Sport Clube. Etc., etc., etc. e tal.
Podíamos viver sem o Bruno? Podíamos... mas não era a mesma coisa!

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