domingo, 24 de maio de 2015
Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão, diz o ditado. Em casa onde normalmente se conquistam títulos e nos dois últimos anos apenas foi conquistada uma Supertaça... é natural que se exagere, falte objectividade, clarividência, se tenda a colocar tudo e todos em causa. Não é esse o meu estilo, não ando com uma lupa à procura de coisas que não estão bem para "bater", também não ando à procura de bodes expiatórios. Agora, se tenho um blog, sou um adepto e sócio apaixonado, alguém que conhece bem o F.C.Porto e o acompanha de muito perto há mais de 40 anos, é natural que disserte sobre aquilo que vejo, elogiando ou criticando conforme as circunstâncias. Não tenho a pretensão de ensinar o padre nosso ao vigário, eu que nunca geri um clube de bairro, dar lições a quem tem décadas de provas dadas. Neste espaço de tertúlia, com respeito, objectividade e de forma construtiva, procura-se dar contributos para um F.C.Porto cada vez melhor. Sempre foi assim, nas épocas boas e más e enquanto existir Dragão até à morte, assim será. Adiante.
Neste longo consulado de Pinto da Costa, o F.C.Porto teve muitos dirigentes, treinadores, jogadores, uns melhores ou outros piores, já ganhámos coisas extraordinárias, já tivemos derrotas que deixaram marcas, em qualquer situação, não tendo ganho ou perdido sozinho, emergiu a figura do Líder, foi sempre o Presidente a principal figura para o bem e para o mal. Nas horas da derrota, sempre os momentos mais complicados de ultrapassar, Pinto da Costa aparecia com o diagnóstico feito, transmitia confiança, indicava o caminho, mobilizava, lançava o futuro. Foi assim após os três anos de seca em 2000, 2001 e 2002, foi assim após a terrível época de 2004/2005, foi assim após o campeonato do túnel, já para não ir mais atrás. E agora, depois de mais uma época desportivamente abaixo das expectativas, para as exigências do F.C.Porto, será que Pinto da Costa que ultimamente tem aparecido tão pouco, dirá alguma coisa? Ou fará o mesmo que na temporada anterior em que praticamente se limitou a um, perdemos? Eu acho que devia falar e falar de tudo sem tabus, transmitir a certeza que o Líder está atento, vai alterar o que for de alterar, doa a quem doer, para que o amanhã seja melhor. Que nesta nova era da comunicação e em que tudo se espalha muito rapidamente, vamos combater sem tréguas a boataria, a notícia falsa que condiciona e causa danos que podem ser irreparáveis. Que quem chega de novo fique a conhecer os seus direitos, mas também os seus deveres, sinta que antes de dizer, somos Porto, tem de provar que é Porto. Que quem coloca os seus interesses pessoais acima do clube, não tem futuro de azul e branco ao peito, seja ele quem for. Que temos consciência das dificuldades que um rival mais forte nos coloca, mas que vamos voltar a ser um Porto coeso, unido, solidário, humilde, pró-activo, que anticipa os acontecimentos e não anda ao sabor dos acontecimentos. Um Porto com espírito de luta, de combate, com uma liderança forte e cada macaco no seu galho. Que vamos voltar a ser aquele Porto dos primórdios, quando tantas e tantas barreiras tivemos de derrubar para aqui chegar. Se fomos capazes de fazer isso com uma gestão onde havia muito amadorismo, muito mais capazes temos de ser quando o profissionalismo e que profissionalismo!, impera. Não podemos voltar a ficar com a sensação que um Porto normal seria campeão, mesmo contra um andor carregado de vermelho. E esta época essa sensação é clara.
Nota:
Hoje encontrei alguém por quem tenho grande consideração e que teve um grande sucesso ao serviço do F.C.Porto. Falei-lhe sobre várias coisas, algumas são reflexões que aqui tenho partilhado, perguntei-lhe se o Andebol do F.C.Porto era o último bastião daquilo a que se chamava a mística e o espírito F.C.Porto, ultimamente desaparecido. Respondeu-me que fomos arrogantes, confiamos em demasia, mesmo com os sinais a serem evidentes, não arrepiamos caminho, confessou-me que fala com muita gente do F.C.Porto e que todos partilham as mesmas ideias. Mas disse-me também que estranha porque não se vai por aí, quando quase toda a gente está de acordo com o diagnóstico. Como também penso assim, pergunto: quem está a atrapalhar?
Escumalha!
O manto sujo e protector da queimada, os mesmos que durante a época omitiram e branquearam algumas poucas vergonhas que aconteceram neste campeonato, hoje, todos incomodados, colocaram em destaque de capa: "Erro do auxiliar tira Bola de Prata a Jonas". Esta escumalha, como se fosse pouco ter andado a puxar pelo jogador do Benfica, tratando Jackson como se fosse jogador de um qualquer clube da China, não encontrou espaço na capa para destacar o feito, Histórico, do Andebol Portista - ao contrário do que tinha feito quando o clube do regime se sagrou campeão de Voleibol. Compreende-se, era necessário fazer "jornalismo" rasca, provando que o manto sujo e protector da queimada mostra todos os dias aquilo que é: um bando de vendidos, onde a ética e a deontologia são constantemente pisados em prol da venda de papel.
Ele aí está, com um olhar que mata, a soltar impropérios e de dedo apontado, Lopetegui atira-se ao auxiliar...
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