quinta-feira, 14 de maio de 2015
Independentemente de achar que declarações fortes do Líder do Clube e da SAD, no momento certo e no tempo oportuno, tal como sempre acontecia num passado e não muito longínquo, seriam importantes para tudo, desde a mobilização dos adeptos, até a uma afirmação junto de alguns profissionais que conhecem mal o F.C.Porto e o que se espera de quem veste o manto sagrado, o Dragões Diário, é visível, mexe com os poderes instalados. As reacções são muitas, vão da fofa com U até ao carroceiro Figueiredo, vá lá saber-se porquê, um dos preferidos das rádios públicas e privadas, como se fosse uma referência do futebol português, ele que apenas ganhou notoriedade no escandaloso Estorilgate. Sem ser populista ou demagógico, com objectividade e com pouca conversa, o Dragões Diário obriga-os a sair da toca. Exemplo mais recente foi o Guardanapo que se sentiu tocado e reagiu, mas já levou o troco:
«Teste ao QI
Carlos Pereira, o tal que não quis que o FC Porto treinasse na Camacha, acha perfeitamente normal que o Marítimo treine no terreno do Benfica. Mais, não vê mal nenhum, acha perfeitamente normal e até diz que as criticas são de “intelectualidade baixa” e que “não se pode pôr em causa a honestidade” dos jogadores do Marítimo. Dos jogadores do Marítimo? Ó Carlos Pereira achas mesmo que é a honestidade dos jogadores do Marítimo que está em causa? Intelectualidade baixa, disse ele.»
A questão que se coloca, é: porquê só agora? Gostava que alguém me explicasse o porquê desta política e as vantagens que o F.C.Porto tem ao praticá-la, num país como Portugal? Nós F.C.Porto somos presos por ter cão e por não ter. Éramos bons moços, uns santos, mas quando não ganhávamos. Alguém acredita se amanhã ganharmos, mesmo que continuemos mudos e quedos, eles nos vão dar os parabéns, reconhecer o mérito dos nossos triunfos? As fantásticas epopeias de Sevilha e Gelsenkirchen, tiveram o reconhecimento merecido? Não, não tiveram, até ao mais alto nível do estado. Só falam na fruta e no apito, é esse o argumento quando nos atacam, ano após ano, denegrindo uma Instituição Centenária, os grande jogadores e treinadores que a serviram. Por isso digo que no futebol português não há Anjos e demónios, (Anjos e demónios parte II) todos têm defeitos e virtudes, o grande problema, e é isso que alguns não compreendem, é que a um é difícil reconhecerem-lhes as virtudes e extrapolam-lhe os defeitos, aos outros fazem exactamente o contrário. Seja nas nomeações; seja como são tratados os erros dos árbitros; nos jogadores contratados; nos amarelos cirúrgicos, etc. Ponham o F.C.Porto no lugar do Benfica e o Marítimo a treinar no Olival. O que aconteceria? Este é que é o grande problema deste pobre e triste país, é este o verdadeiro problema que os portistas - mas também os portuenses e os nortenhos -, têm de enfrentar. E, ou o enfrentam sem medo, exigindo não um tratamento de privilégio, mas tratamento igual para factos iguais, ou então preparem-se para que no futebol, de facto, um novo ciclo esteja aí. Só não percebe isto quem anda distraído ou então gosta de dar o flanco, não é filho de boa gente e por isso não se sente.