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sexta-feira, 15 de maio de 2015


Acho extraordinário e uma grande piada, mas não me surpreende, que os benfiquistas e aqui incluo dirigentes como Rui Gomes da Silva - alô, xuxuzinho, tens tomado os calmantes? - ou o senador pateta, Sílvio Cervan, utilizem como argumento para justificar o colinho desta época, o apito dourado ou último título do F.C.Porto. Sobre o apito, todos que andam no futebol e não andam a dormir, como é o meu caso;  conhecem bem o futebol português e muitos dos seus agentes; sabem que há apitos de todas as cores, mesmo das cores de alguns que se apresentam como limpinhos, limpinhos. Há por aí muita gente viva e de boa saúde, que pode explicar como perdeu o F.C.Porto alguns títulos, desde o título valente em 1990/1991, passando pelos de 1999/2000 e 2000/2001, sem esquecer o de 2004/2005 ou o de 2009/2010, apenas a título de exemplo. Pois, as escutas... Tivessem escutado algumas devesas cheias de sapos ou estendessem as escutas a outras paragens e veriam o que acontecia... Portanto, não me falem de apitos, é por isso que quando me atiram como arma de arremesso, com o mais dourado deles, nem me aquece nem arrefece. Idem sobre a conversa da treta do campeonato conhecido pelo Kelvin 90+2 e aqui, sobre o último jogo em Paços de Ferreira, falando em pacotes Josué/Paulo Fonseca. Conversa da treta, uma mentira por mais repetida que seja, nunca será verdade. No caso de Josué, muito antes de se saber que o último jogo seria decisivo e quando Josué era pretendido pelo Sporting, já o F.C.Porto estava na jogada e era claro quem o actual jogador do Bursaspor, ia representar na temporada seguinte. Sobre Paulo Fonseca a mesma coisa. O Paços-Porto foi a 13 de Maio de 2013, F.C.Porto convidou Vítor Pereira a continuar, Vítor Pereira só disse não no início de Junho - aqui -, só depois Pinto da Costa avançou para Fonseca.
Portanto, não foi pelo apito ou por pacotes, que o F.C.Porto ganhou. Na fase do apito, ganhou porque era claramente melhor: melhores jogadores, melhor equipa e melhor treinador; ganhou em 2012/2013 porque acreditou sempre, nunca baixou os braços, não perdeu tempo a queixar-se, fez o contrário do Benfica na época anterior. Nessa época o clube do regime passou a vida a lamentar o golo de Maicon, não cumpriu a sua obrigação, o F.C.Porto saiu da Luz com 3 pontos de avanço, viria a perder 4, acabou o campeonato com 6 à frente. O campeonato não acabou no jogo entre o Benfica e o F.C.Porto, ainda faltavam 9 jogos.
Como disse há dias, esta época não será diferente, no final vamos olhar para dentro, analisar o que esteve mal, assumir as nossas responsabilidades, mas não nos vamos esquecer de falar do resto... Ao contrário da temporada anterior em que só tínhamos de olhar para aquilo que fizemos de errado e foi muito. Podem dizer e pensar o que quiserem, mas os portistas não sendo uma casta diferente, nem superior, têm uma cultura de exigência que os dois rivais de Lisboa não têm. E não a querem perder... embora nos últimos tempos haja muita gente conformada e acomodada.

O F.C.Porto criticou as últimas nomeações de Vítor Pereira e quem saiu a terreiro para comentar o assunto foi o ex-árbitro e agora comentador de arbitragem, Pedro Henriques. Lá veio a conversa do apito, ver aqui, mas não admira, há gente que gosta de andar sempre com o apito na boca. Gente moderna, mesmo chique, que veste Armani e manda pintarola, como esta foto sacada da página de facebook do Frederico Passos, bem documenta. Será que Pedro Henriques despertou para o apito quando foi apertado e bem apertado, no túnel da Luz, após um Benfica-Nacional em que invalidou um golo ao clube da casa?

No manto protector da queimada de ontem, "Luisão já vê o tetra". Se ao conquistar quatro campeonatos, em 12 anos de Benfica, Luisão é tetra, por exemplo, o nosso João Pinto é nona. Tetracampeão é quem conquista quatro campeonato consecutivos, mas o manto protector da queimada recupera uma velha teoria do seu antigo jornalista e accionista, o falecido Alfredo Farinha, que na altura não ficou muito contente pelos portistas se afirmarem tetracampeões - depois seriam penta, feito único no principal campeonato do futebol português. Farinha, ao mesmo tempo que criticava o Sporting por não ter registado a patente, dizia que quem ganhasse quatro campeonatos, mesmo que não fossem consecutivos, também era tetracampeão.

Nota final:
Só compro o JN ao domingo, é um hábito antigo, raramente leio à semana, mas estou seriamente a pensar em deixar de ler e comprar. O JN é cada vez mais um jornal com tiques sulistas e elitistas, está a perder o Norte e nunca vai conquistar o Sul. O Rui Valente no Renovar o Porto porque é um leitor/comprador?, assíduo e que é um observador atento, explica bem o que é o novo JN. Ainda hoje um amigo me mandou um sms sobre um artigo de Norberto Lopes, que considerou tendencioso. Como não li não vou comentar, mas não me admira.

PS - Ouvi a conferência de imprensa de Lopetegui, na antevisão do Belenenses - F.C.Porto... Depois digam que o homem tem mau feitio, trata mal os jornalistas, etc. Ele tem é uma grande pachorra...

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