domingo, 7 de junho de 2015
Já disse isto, mas ontem ao ver a final da Champions - que o Barcelona venceu com justiça, apesar da excelente réplica da Juventus -, tenho de repetir: o F.C.Porto conseguiu em 2004 o maior feito colectivo da história do desporto português. Sim, porque o actual modelo da Champions League não tem nada a ver com o da Taça dos Campeões Europeus que vencemos com brilhantismo em Viena, apenas para não ir mais longe... Agora, não só estão presentes os campeões de Espanha, Alemanha, Itália, Inglaterra ou França, países muito maiores e mais ricos que Portugal, como estão, em alguns casos, os segundos, terceiros e quartos classificados dos campeonatos desses países. E sabendo que, apenas a título de exemplo, em Inglaterra o campeão Chelsea recebeu 270 milhões de euros e o último, QPR, 90 milhões, fica tudo dito sobre o grandioso feito conseguido pelos Dragões em Gelsenkirchen. E fica também alguma mágoa pelo descalabro de Munique. Tivesse o F.C.Porto sido eliminado, mas sem aquela goleada e poderíamos dizer que a participação do F.C.Porto na prova rainha da UEFA tinha sido fantástica. Sim, porque com Barça, Real, PSG, Juventus, Chelsea, Manchester City, Arsenal, Manchester United ou Bayern, clubes com um potencial capaz de gerar orçamentos de centenas de milhões de euros, para um clube português chegar aos quartos-de-final é um feito. Não estarei a dizer nada de novo, mas nos próximos anos um campeão europeu fora desse núcleo de clubes será uma grande surpresa, só em circunstâncias muito especiais. Até para clubes como Borussia de Dortmund, o emergente Wolfsburg, Liverpool, Valência, Atletico de Madrid, Roma, já que Milan e Inter ainda vão ter muito que caminhar para voltar aos velhos tempos.
Nota final:
Para se ver até que ponto o Record é um lixo, sem qualquer ética e deontologia.
Quarta ou quinta-feira à tarde, na TVI 24, vi e ouvi, Pedro Sousa, que estava no estúdio com José Manuel Freitas e sob a apresentação de Sousa Martins, contar a história da reunião de Vieira com Jesus, da possível ida do treinador para França, PSG, na próxima época, com passagem pelo Catar, etc. O Record, na edição em papel de ontem, apresenta a história como sua. Não gosto de Pedro Sousa, não gosto mesmo nada, desde os tempos que o responsável pelo desporto da Emissora Católica ainda era Ribeiro Cristóvão e até tive com ele um problema nos primeiros tempos do blog, mas fica a nota para que todos percebam a vergonha que é o jornal desportivo da Cofina.
Os anos passam, mas a marca da desonestidade mad in Record, não se apaga.