Populares Mês

quarta-feira, 16 de setembro de 2015


Como disse no post de antevisão, uma vitória seria ouro sobre azul, um empate não seria um mau resultado, não disse, mas pensei, uma derrota, para além de acabar com uma tradição do F.C.Porto não perder em Kiev, deixaria os Dragões numa situação desfavorável, pressionados no próximo jogo frente ao Chelsea. Foi um empate, o mal menor, antes do jogo seria um resultado que compraria, mas da forma como foi o jogo, deixa um travo amargo, não faz justiça à excelente segunda-parte do F.C.Porto.

Também com o Benfica no pensamento, Lopetegui mexeu na equipa que tinha começado em Arouca, fez entrar uma equipa conservadora: na baliza, Casillas, um quarteto defensivo com Maxi, Maicon, Martins Indi no lugar do castigado Marcano e Layún, quatro médios, Danilo no lugar de Imbula e Rúben, no centro, Herrera em vez de Corona, André André e Brahimi sobre as ala, com Aboubakar na frente de ataque.
A ideia era ter posse, controlar o jogo, não permitir ao Dínamo meter foice em seara alheia, para depois tentar surpreender. Só que o jogo na primeira-parte foi muito confuso, muito embrulhado, muita luta, pouco discernimento e pouco futebol, um golo para cada lado, Gusev aos 20 minutos para o Dínamo, empatou passados 2 minutos, Aboubakar, resultado justo, mas um espectáculo que deixou a desejar. Do lado dos Dragões, o duplo-pivot, Danilo/Rúben, não funcionou, Herrera nunca encontrou o seu espaço, faltou meio-campo capaz de pegar no jogo, ter posse, tirar a bola da pressão, chegar à frente, encontrar espaços para criar perigo, tirando o golo, mais nenhuma oportunidade foi construída pelos pupilos de Lopetegui. Do lado dos ucranianos foi tudo muito parecido, perigo apenas uma vez aos 44 minutos, valeu super-Iker a evitar o 2-1.

Na segunda-parte foi um Porto muito diferente, com um meio-campo muito mais equilibrado e organizado, para isso muito contribuiu a melhoria da dupla Danilo/Rúben, a equipa teve posse e circulou bem, controlou totalmente o jogo, foi bem melhor, teve qualidade, nunca permitiu qualquer veleidade ao Dínamo, chegou à vantagem que colocava justiça no resultado, já perto do fim, minuto 81 e novamente por Aboubakar, sofreu um golo no último minuto num lance que apesar de deixar algumas dúvidas, com mais concentração e com uma abordagem mais convicta e determinada, podia e devia ter sido evitado.

Resumindo, tirando o golo do Dínamo que não estava nos planos, foi, principalmente na segunda-parte, um Porto a subir de rendimento, colectivamente bem e com muitos jogadores em bom plano. Um avançado que está a fazer esquecer Jackson, um trio de portugueses no sector intermédio que tem um grande futuro, uma defesa que tem dois laterais que dão garantias totais e onde é preciso afinar os centrais. Temos gente para ter confiança e optimismo. Termino como comecei, se não podes ganhar empata, é importante começar bem e um empate fora de casa, no estádio daquele que teoricamente é o principal rival pelo apuramento, se considerarmos que o Chelsea é o principal favorito, se não razão para soltar foguetes, também não é motivo para desânimos - apesar do balde de água fria.

- Copyright © Dragão até à morte. F.C.Porto, o melhor clube português- Edited by andreset