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terça-feira, 20 de outubro de 2015


Primeira nota para Rúben Neves, o mais jovem capitão da história da Champions. É natural que a comunicação social queira badalar o número 6 dos Dragões, como é natural também que Julen Lopetegui o queira proteger. Rúben ainda é muito novo, tem muito para a aprender, para crescer, crescerá melhor num ambiente calmo e tranquilo.

Segunda nota para a vigésima vitória consecutiva no Dragão, ultrapassada a marca de José Mourinho, a caminho da melhor de sempre, as vinte e cinco alcançadas por Artur Jorge. Vale o que vale, mas se três possíveis vitórias consecutivas na prova rainha da UEFA, é motivo para destaque, destaquemos também os nossos feitos.

Terceira nota para Iker Casillas, tornou-se o guarda-redes com mais jogos sem sofrer golos na Champions, 51.

Quarta nota, estamos muito bem, uma vitória em Israel coloca-nos com pé e meio nos oitavos-de-final.

E vamos ao jogo.
Vitória justa, natural e tranquila da melhor equipa, o F.C.Porto que podia ter marcado mais dois ou três golos, embora também pudesse ter sofrido um ou outro.
Entrada promissora, dominadora, algumas jogadas bonitas, facilidade em chegar à área do Maccabi, tudo parecia simples e tranquilo, a equipa israelita parecia destinada a ser mera figurante, incapaz de chatear o mais forte. Só que o bom período do conjunto de Lopetegui durou apenas 15 minutos, a partir daí as coisas pioraram, o Maccabi aproveitou, foi-se chegando à frente, ameaçou. Durante cerca de 10 minutos não houve Porto, nunca o azuis e brancos foram capazes de ter bola, trocá-la, sair com a mesma qualidade que tinham feito no primeiro quarto-de-hora. O treinador do F.C.Porto não estava a gostar, colocou Danilo a aquecer, preparava-se para mexer, quando a equipa despertou, melhorou e quando Aboubakar após cruzamento de Layún - acho que era um dos que Lopetegui tinha na cabeça para sair -, fez 1-0, já o líder isolado do Grupo G estava por cima, era superior, dominava, justificava a vantagem. Como passado pouco tempo Brahimi, a passe do ponta-de-lança camaronês, fez o segundo, praticamente traçou o destino do jogo e garantiu o triunfos dos visitados.

Resumindo, uma primeira-parte irregular, do F.C.Porto, com coisas interessantes e dois períodos bons, um hiato de cerca de 10 minutos em que a exibição foi fraquinha, dois golos e uma vantagem que talvez penalizasse demasiado o campeão de Israel.

Com a vantagem de dois golos, o técnico portista fez entrar a mesma equipa para a segunda-parte e a exibição do F.C.Porto alternou entre boas jogadas e claras ocasiões para fazer o 3-0, algumas displicências, passes errados, toques e toquezinhos a mais, objectividade e eficácia a menos. Apesar de tudo, os Dragões estiveram sempre mais próximos de fazer o terceiro que os de Tel Aviv o primeiro. Quando Lopetegui tirou Imbula e meteu Danilo, começou a dar sinais que já tinha o Braga no pensamento, a partir daí houve mais preocupação em gerir que em ampliar a vantagem, embora em duas ou três ocasiões isso pudesse ter acontecido. Não aconteceu por um conjunto de razões, onde podemos juntar à falta de uma pontinha de sorte, a má pontaria e más opções na hora de assistir para finalizar.

Resumindo, mais golo, menos golo, o objectivo que era somar os três pontos foi conseguido, a exibição não foi brilhante, mas foi mais que suficiente. Na Champions não há jantares grátis, que é como quem diz, não há jogos fáceis, o importante é ganhar os jogos que são de ganhar, como era manifestamente o jogo de hoje.

Houve jogadores que estiveram melhor do que outros, nenhum fez uma exibição fulgurante, nem nenhum esteve tão mal que mereça forte censura. Também entraram Tello para o lugar de Corona e Herrera para o de Brahimi. Portanto, não há destaques, pensemos no próximo que não vai ser fácil e como queremos continuar a ganhar...

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