segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Não há equipas perfeitas, nem exibições perfeitas. Mesmo quando se joga muito bem, há sempre erros que se cometem: é o passe que sai errado, é a hesitação na hora de arrancar ou ficar, rematar ou assistir, fintar ou passar, etc. Assim, ontem o F.C.Porto não foi uma equipa perfeita, nem fez uma exibição perfeita, mas teve uma grande atitude e jogou muito bem, para mim, apenas merece críticas a falta de eficácia - a minha amiga Alexandra sugere que Lopetegui coloque os jogadores a rematar para uma baliza de Hóquei em Patins. Não vou tão longe, mas para uma de Andebol...
Num jogo de futebol não se pode fazer desaparecer o adversário e quando ele tem dez jogadores no meio-campo, muito por mérito do F.C.Porto, as coisas ficam difíceis, é complicado encontrar espaços, muitas vezes criar lances de golo. Ora, o F.C.Porto conseguiu uma coisa e outra, por várias vezes podia ter marcado - sim, até mais na primeira-parte que na segunda -, não marcou porque esteve mal na finalização, apesar de tudo ganhou por 2-0 e limpinho, limpinho! Aceito que se diga que uma equipa que tem tanto volume de jogo, tanta superioridade, tanta posse, tanto tudo, tem de marcar mais golos, não pode estar até aos 70 minutos sem marcar. Mas não aceito mais nada. Embora seja natural que durante o jogo ao ver a equipa criar e desperdiçar várias oportunidades e o nulo a manter-se, a paixão nos torne irracionais, tenhamos reacções menos correctas, é a vontade de ganhar. Mas depois de arrefecer, temos de ponderar e se fizermos isso, concluiremos que ontem o F.C.Porto fez um jogo sério e competente, um bom jogo no computo geral. Por mais exigentes que sejamos, tirando a pecha que assinalei, só por má-língua se pode dizer mal da exibição da equipa de Lopetegui. E então comparando com o que se vê por aí... Chega de andar sempre à procura dos defeitos e passar ao lado das virtudes. Chega de de nunca encontrar atenuantes, mesmo que elas existam - então uma viagem a Israel de mais de cinco horas para cada lado e um jogo de Champions, não pesa? - e analisar não colocando todos os pesos nos pratos da balança. Para andar sempre a bater já temos os nossos inimigos e eles são muitos e têm muitos meios ao seu dispor.
Na semana passada ganharam com um golo de penalty, precedido de um fora-de-jogo claro. Podem ter razão num lance antes desse que lhes deu a vitória, quando um defesa do Estoril tocou a bola com a mão, mas ver o calimerismo, sem vergonha, proclamar que a irregularidade de Teo Gutiérrez no lance imediatamente antes do único golo da partida, é duvidosa e na dúvida, o auxiliar deve mandar seguir, define bem o que é a estratégia do calimerismo.
Ontem foi a mesma coisa, há um penalty contra o Sporting que não foi assinalado, no final do jogo quem ouviu o bronco do treinador leonino, até parece que os calimeros tinham sido prejudicados.
Se os dois lances referidos anteriormente, fossem analisados da mesma maneira, mas contra o Not Sporting Lisbon, tinha caído o Carmo e a Trindade, hoje talvez assistíssemos a uma manifestação de calimeros vestidos de preto
É assim, usando a velha táctica do só coçar para dentro, de quem não chora não mama, que os viscondes falidos vão levando a água ao seu moinho. Com o trio Bruno de Carvalho, Octávio Lacrau Machado e JJ sempre a agitar, provocar e confundir, o calimerismo lá vai levando a água ao seu moinho.
Já tinha escrito tudo, quando ao ouvir a Bola-Branca das 12:45, fiquei a saber que também o programa desportivo da Rádio Renascença sabe o que o panfleto da queimada sabe - acho que sei o nome do informador, mas não importa...- Talvez por isso, na impossibilidade de ouvir Octávio Lacrau Machado - no passado recente sempre na berlinda para falar sobre o F.C.Porto e o seu Líder -, foram ouvir outro ressabiado, anti-portista e anti-Pintista primário, Gaspar Ramos, com o "Zarolho" a dizer que não há fumo sem fogo, perante o silêncio do entrevistador que nem tocou no facto do CA da FPF ter desmentido a notícia. Quando Vítor Pereira sai em defesa das teses dos vermelhos da Luz, é palavra sagrada, quando se trata do F.C.Porto, não vale nada. Vai assim o jornalismo neste cantinho à beira mar plantado.