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sábado, 28 de novembro de 2015


Em Aveiro, campo neutro, relvado em condições aceitáveis e com as medidas ideais, o F.C.Porto, ainda na ressaca da noite negra de terça-feira, fez uma exibição abaixo dos mínimos exigíveis, pode agradecer a Iker Casillas e a um lance de inspiração de Brahimi, mais uma noite de pesadelo. Este Porto é uma equipa que joga mal, está sem confiança, intranquila, com pouca alma e o pior de tudo, tem uma quantidade de passes errados, muitas vezes fáceis, que é desesperante, tira do sério mais paciente dos adeptos. O jogo de terça-feira deixou marcas, compreendo isso, mas que diabo, não somos capazes de reagir frente a uma equipa que nos é claramente inferior e a jogar fora do seu habitat natural? Claro que merecemos ganhar, era o que faltava, mas colocamo-nos a jeito, corremos riscos de perder 2 pontos, ficar numa situação complicada e pior, aumentar a instabilidade que já é muita.

Para um jogo em que era fundamental ganhar, Lopetegui fez três alterações em relação ao último jogo e o F.C.Porto entrou com Casillas, Maxi, Indi, Marcano(Rúben Neves aos 67 minutos) e Layún, Danilo Herrera e Bueno(Tello aos 55), André André, Aboubakar e Brahimi(Maicon aos 76), para um jogo que devia servir para ultrapassar traumas, mas se não os aumentou, não faltou muito, também não os diminuiu.
Entrando a dominar, como acontece quase sempre frente a estas equipas, muita posse, alguns bons movimentos, mas com um futebol lento, previsível, enrolado, sem dinâmica, sem intensidade e sem contundência no ataque, na primeira-parte, os Dragões, hoje de castanho, não jogaram bem, pelo contrário. É verdade que atacaram mais, mas tirando o golo extraordinário de Brahimi iam decorridos 28 minutos e duas oportunidades já no final dos primeiros 45, pouco mais fizeram os pupilos de Lopetegui.
Portanto e resumindo, vantagem mínima ao intervalo que se ajustava, mas apenas um lampejo iluminou a noite fria e cinzenta de um Dragão de pouca chama.

Na etapa complementar e em particular após a entrada de Tello para o lugar de Bueno, com André André - o melhor em campo, embora não o mais decisivo... - a passar para o meio do meio-campo, o F.C.Porto melhorou, foi ligeiramente mais rápido com bola e sobre a bola, chegou mais rápido e com mais perigo à baliza do Tondela, mas faltava sempre qualquer coisa, que junto com um ponta-de-lança totalmente desinspirado, impediu o conjunto de Lopetegui de marcar o segundo golo, pôr-se a coberto de qualquer surpresa. Como quem não mata, sujeita-se, o F.C.Porto só não deixou dois pontos em Aveiro porque Iker Casillas defendeu um penalty, bem assinalado, por entrada despropositada de um Maicon sem ritmo, quando o relógio apontava o minuto 83.

Tudo somado, objectivo conseguido, 3 pontos conquistados, mas mais uma exibição muito aquém das expectativas, que, note-se, não eram altas. Quando se ganha assim costuma dizer-se, foi a estrelinha de campeão. No caso do F.C.Porto, neste momento, quando se ganha assim significa que não se recuperou a moral, a auto-estima e já na próxima quarta-feira há outro jogo e na Ilha que ainda não é maldita, mas quase.

Nota final:
O talhante de Vila Verde andava mortinho por ser protagonista, conseguiu-o, expulsou o treinador e marcou um penalty contra o F.C.Porto. Já disse que para mim é penalty, no entanto ficarei atento aos próximos jogos arbitrados por Manuel Mota para verificar se terá os mesmos critérios.
Não deixa de ser curioso que ainda não tenhamos nenhum penalty a favor, mas já temos um contra, nós que somos uma equipa de ataque.

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