quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Depois do jogo frente ao Tondela havia uma ideia que prevalecia: se com o último e em campo neutro, foi assim, na Madeira, com as dificuldades que lá temos tido, contra uma equipa melhor e que sofre poucos golos, vai ser um problema complicado de resolver. Não era pessimismo ou alarmismo sem sentido, atendendo à forma como o F.C.Porto tem jogado e com os dois últimos jogos bem presentes, era realismo próprio de quem tem razões para andar desconfiado. Mas o que parecia complicado tornou-se fácil, tão fácil que aos 23 minutos o jogo estava resolvido. Alguns dos pessimistas reconheceram o mérito e as virtudes a quem tornou fácil aquilo que se previa difícil, outros, os eternos insatisfeitos, pela omissão ou na procura de defeitos próprios e do adversário, não ficaram convencidos e manifestaram essas desconfianças. Como procuro ser objectivo, realista e não estava à espera de grandes shows de bola, sei que uma equipa não está hoje intranquila, com pouca confiança e a jogar mal, para de repente, por artes mágicas, passar para uma excelente qualidade de jogo e um grande brilhantismo exibicional. Portanto, eu valorizo e muito a vitória e a forma como ela foi conseguida, no jogo disputado ontem na Choupana. Como compreendo que uma equipa a ganhar 3-0, se preocupasse em gerir, olhasse para a frente, tivesse presente que passadas menos de 72 horas tem novo jogo. Claro, desde que o fizesse com critério, nunca colocasse em risco a vantagem adquirida, a conquista de três pontos que eram fundamentais.
Exigência, sim, mas não uma exigência irrealista, incapaz de analisar com rigor, de pesar todos os factores que estão em causa em cada jogo. O F.C.Porto merece que façamos esse esforço. Que o grupo e no grupo englobo todos, saiba ser digno desse esforço. Para andar à procura de todos os argumentos para zurzir; de exigir muito a um e pouco a outros; ter critérios de análise sem qualquer rigor; já bastam aqueles que nos querem mal.
A desfaçatez dos sem vergonha.
Não vou discutir os méritos do contrato que o Benfica fez com a NOS, até porque o F.C.Porto é directamente beneficiado - tem no seu contrato com a empresa do senhor Quim Oliveira uma cláusula que lhe garante à partida 80% do que receber o Benfica. Mas ao ler e ouvir o que diz a propaganda, só me apetece dizer: é a desfaçatez e a desonestidade dos sem vergonha. Uma coisa é vender os direitos dos jogos em casa, outra é, para além disso, vender também a exclusividade dos conteúdos do canal do clube, com tudo o que isso importa. Separando as duas coisas, são 25 milhões pelos jogos em casa, 15 milhões pelo canal. Portanto, dizer-se que o Benfica recebe mais do dobro que Porto e Sporting, ou que recebe mais do que Dragões e calimeros, juntos, é um sofisma, uma mentira, uma desonestidade, apenas mais um acto de pura má-fé.
É óbvio que no futuro, quiçá, já na próxima época, o F.C.Porto irá fazer valer os seus direitos e conseguirá uma melhoria substancial do seu contrato, acredito, bem para além dos 80% obrigatórios.
Para os equilíbrios do futebol português, não são boas notícias. Coitados dos clubes mais pequenos, o fosso vai aumentar.
O beijo de Judas.
Vítor Serpa, "director" do panfleto da queimada e conhecido pelo "Pastel de Belém", hoje, ao mesmo tempo que critica fortemente o Sporting e o Benfica, faz grandes elogios ao F.C.Porto. Diz o Serpa e cito: O F.C.Porto pode ter somado, no passado, razões sérias de crítica, mas, actualmente, dos clubes grandes de Portugal e, entre eles, o único que se comporta com profissionalismo e sentido de responsabilidade. Isto é para mim um doloroso regresso ao passado, aos tempos em que não ganhávamos nada, mas éramos elogiados pelo desportivismo, pela forma fidalga como estávamos e recebíamos. Sim, porque no passado e não muito distante, já em pleno Século 21 que ainda não chegou à maioridade, quando tínhamos sucesso, era por tudo, muito pouco pelo mérito de quem dirigia, treinava ou jogava. Mesmo que uns e outros, fossem e reconhecidamente, dos melhores do Mundo. Ver este vendilhão do templo, "director" de um jornal que colaborou activamente em vários processos contra o F.C.Porto, um dos quais tinha por objectivo acabar e por muitos anos com a possibilidade do F.C.Porto poder ser o clube que é, na Gala dos Dragões de Ouro como convidado do F.C.Porto, mexe e de que maneira comigo. Para além desse episódio em 2008 em que jornalistas da Bola tomaram descaradamente partido pelo quarto classificado, a 26 pontos do primeiro, em detrimento do campeão, denegrindo e sujando o nome do F.C.Porto junto de Platini e seus colaboradores; podia recordar o caso do túnel da pouca vergonha; o título do F.C.Porto é um tributo dos árbitros; ou F.C.Porto fora da Taça da Liga. Há quem conviva alegremente com esta gente, OK, eles lá sabem, mas não me peçam para recuar mais de trinta anos e passar a confiar nestes artistas que só aparecem agora por lhes dá jeito...
O Bruno podia arbitrar o F.C.Porto sem borrar a pintura? Poder, podia... mas não era a mesma coisa!
- Dass, ó Bruno, tu até estavas a ir bem - com o 3-0 a surgir tão cedo, o que podias fazer? - mas tinhas de deixar a tua marca de árbitro "cheio de azar" quando apitas o F.C.Porto. O que terás visto no lance para expulsar o Johnny Dani Deep Osvaldo? Ah, já sei, foi o grito do jogador do União que te impressionou. Tu só gostas de gritinhos. Espero que tão cedo não voltes a arbitrar o F.C.Porto.