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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016


Como é meu timbre nas análises aos jogos, não olho apenas para fora, são raríssimas as excepções em que arranjo desculpas com arbitragens para justificar insucessos do F.C.Porto. E como o F.C.Porto ontem até ganhou... vamos lá dizer alguma coisa, primeiro para dentro e depois para fora.

Mesmo tendo a consciência que nenhum treinador tem uma varinha mágica capaz de em poucos dias fazer da noite, dia, e por isso não embandeirando em arco com a goleada de domingo passado, confesso que depois do vi no jogo do campeonato, daquele resultado e injecção de moral que ele significou, esperava mais do F.C.Porto na noite de ontem. Se da primeira-parte, apesar de não ter sido brilhante, não há muito para criticar, já na segunda há razões para apontar defeitos. Bastou o Boavista, que é uma equipa fraquinha, subir linhas, pressionar mais alto, mostrar os dentes, para que a equipa do F.C.Porto perdesse organização, coesão, os espaços surgissem, a defesa abanasse, nunca mais os Dragões foram capazes de ter e circular a bola, nunca tiveram a capacidade e o antídoto para impedir que os do Bessa se chegassem à frente com perigo e estivessem próximo de causar surpresa. Para além disso, a displicência, falta de concentração e receio com que alguns jogadores abordam os lances, deixam o mais pacato dos adeptos com os cabelos em pé. E o pior, são recorrentes.

"Precisávamos de um jogo assim", disse Jesus Corona após o jogo de domingo passado. Não foi preciso esperar muito tempo para tudo voltar a ser como era antes do Boavista-Porto para o campeonato. Jogos bons ou razoáveis, entusiasmo, agora é que vai ser!, para logo de seguida um jogo fraco, um balde de água fria no entusiasmo. Assim fica difícil adquirir tranquilidade e a confiança necessária para que possamos ser optimistas em relação ao que resta desta época. Guimarães, equipa bem melhor do que a do Boavista e num ambiente mais quente que o do Bessa, será um bom teste para ver com o que podemos contar. Pode ser que seja um dia de sol...

Não vou voltar a falar do silêncio do F.C.Porto, mesmo quando havia muitas razões para falar. Acho que este Porto fazia todo o sentido em Inglaterra, por exemplo, em Portugal, país do quem não chora não mama, de quanto mais barulho melhor e mais dividendos, não faz sentido nenhum. Não advogo uma postura de disparar contra tudo que mexe, mas também não concordo nada com este Porto caladinho e bom moço, leva a bofetada e dá a outra face. Desde que foi adoptada esta estratégia os resultados desportivos estão à vista... Pior, o F.C.Porto neste momento é um maná para o jornalismo rasca, sem ética e sem deontologia, com consequências que são bem visíveis. Idem para algumas piranhas e ratazanas que pululam por aí...

Como disse no post de ontem, não discuto a expulsão de Imbula - no outro Porto, o francês ia ter de se explicar e bem, desde atitude no jogo, a entrada que lhe valeu o vermelho directo, as declarações do paizinho, etc. Neste Porto, será que vai? -, mas discuto o critério dos árbitros nos últimos jogos do Sporting e Benfica em comparação com Nuno Almeida no jogo de ontem. E também, o que levou o artista algarvio a mostrar seis amarelos e um vermelho a jogadores do F.C.Porto e apenas um amarelo a jogadores do Boavista, num jogo em que a equipa axadrezada foi muito mais agressiva? E porque veio para a rua, com vermelho directo, o jogador do F.C.Porto e o jogador do Boavista que cometeu uma falta idêntica , no lance que foto mostra, ficou em campo e nem amarelo levou? Mais, se se compreende que Tribunal do Jogo tenha analisado o lance de Imbula, já custa a compreender porque não analisou o lance da falta sobre Herrera? Eles andam a provocar-nos e a gozar connosco.

Nota final:
Nunca usei um lenço branco no Estádio do Dragão. Quem sabe não usarei um na última jornada do campeonato?

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