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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016


Depois de uma superioridade notória e de uma goleada das antigas no jogo de domingo passado, o F.C.Porto de hoje, em particular, na segunda-parte, não teve nada a ver com o do jogo do campeonato. Os Dragões nos segundos 45 minutos praticamente não jogaram, conseguiram o objectivo de seguir para as meias-finais, mas devem agradecer a Helton que defendeu um penalty no último minuto do tempo de descontos. Com essa defesa, o capitão do F.C.Porto evitou um prolongamento que podia ser complicado para a equipa de Rui Barros, a jogar com 10 a partir dos 68 minutos, devido à expulsão de Imbula.

Na primeira-parte, os portistas fizeram um jogo muito parecido com os 45 minutos do jogo anterior, foram superiores, tiveram mais posse, mais domínio, mais oportunidades, fizeram um golo, podiam ter feito mais um ou dois, o Boavista só esteve próximo do golo por uma vez. Sem deslumbrar, em alguns momentos enrolando demasiado, jogando a um ritmo lento, demorando a pensar e a executar e com isso tendo dificuldades em fazer as melhores opções, mesmo assim os azuis e brancos pareciam ir ter uma noite tranquila, depois do golo de Brahimi, então, nada fazia prever o que estava para vir. E o que estava para vir, começou no primeiro minuto da etapa complementar, só acabou no penalty que Helton defendeu aos 90+4.

Entrando forte, pressionante e com uma agressividade que o árbitro nunca penalizou, na segunda-parte o Boavista dominou, criou muitas dificuldades a um F.C.Porto que nunca foi capaz de se soltar, ter bola, tirá-la ao adversário, arrefecer o jogo. Um Porto que tirando um remate à barra de Aboubakar, praticamente não criou mais nenhuma situação de perigo. Foram 45 minutos de sofrimento, com os jogadores portistas incapazes de colocar em campo a sua maior qualidade técnica, muito por culpa da forma como os do Bessa disputavam os lances, mas também e mesmo quando tinham onze, porque desligaram muito cedo. Por várias vezes a baliza de Helton esteve em perigo, valeu o entusiasmo dos jogadores de Erwin Sánchez não é proporcional ao seu talento, caso contrário poderíamos estar  aqui a falar de um filme com desfecho diferente.

Resumindo:
O F.C.Porto desta noite, foi muito diferente e para pior, do F.C.Porto de domingo passado, especialmente nos segundos 45 minutos. Este F.C.Porto ainda tem muito trabalho para deixar de ser uma equipa inconstante, de altos e baixos, capaz de deixar tranquilos e confiantes os seus adeptos. Depois do que aconteceu domingo, esperava-se mais do F.C.Porto, hoje, mesmo sabendo que taça é taça e nestes jogos os mais fracos fazem  avida negra aos mais fortes.
Valeu a vitória e a passagem às meias-finais, onde somos claramente favoritos para passar à final, frente a um Gil Vicente da segunda liga.

Nota final:
A arbitragem de Nuno Almeida foi miserável, permitiu tudo aos jogadores da casa, castigou os forasteiros com seis amarelos e um vermelho. Aceitando que o lance de Imbula - muito mal a forma como entrou depois jogou - é merecedor de cartão vermelho directo, é um lance que tem muito menor gravidade que lances protagonizados por jogadores do Sporting e do Benfica nos jogos da 17ª jornada da Liga NOS. O silêncio do F.C.Porto, esta nova forma de estar no futebol, permite que qualquer palhaço, sem ofensa para os palhaços, faça arbitragens como a do algarvio natural de Vila Real de Santo António. Mais uma vezos critérios dos árbitros são uns para Benfica e Sporting, outros para o F.C.Porto.

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