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sábado, 1 de outubro de 2016


Depois de uma derrota frente aos ingleses do Leicester, o F.C.Porto viajou até à Madeira para defrontar o C.D.Nacional, adversário sempre complicado no seu estádio. Nos dias que antecederam o jogo, Marcano disse que era preciso dar um murro na mesa; Layún afirmou que necessário entrar num ciclo de vitórias consecutivas que acabasse com a instabilidade; o treinador Nuno Espírito Santo, também falou e ficamos a saber que a sua equipa estava com uma tremenda fome de bola. Os portistas e com razão, nesta altura como mais que palavras querem factos concretos, ficaram na expectativa para ver se na difícil Choupana estaria o Porto apregoado ou mais uma vez a prática não corresponderia à teoria. Desta vez a letra disse com a careta, foi uma vitória clara e uma exibição muito boa.
Ultrapassamos um obstáculo difícil, estamos contentes, mas é importante que não fiquemos eufóricos. É preciso que esta vitória e esta exibição tenham continuidade, deixemos de andar num carrossel de altos e baixos, sejamos uma equipa consistente.

Entrando com Casillas, Layún, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo, Herrera, Óliver e Otávio, André Silva e Diogo Jota, o F.C.Porto entrou muito bem, dominador e com um futebol que surpreendeu o Nacional. Ora tocando e circulando, ora esticando no aproveitamento da mobilidade e profundidade dos seus homens mais avançados, rapidamente começou a chegar-se à frente com perigo e como corolário desse bom jogo chegou à justa vantagem iam decorridos 11 minutos por Diogo Jota, após boa jogada de entendimento com Herrera. Feito o mais difícil, por cima no jogo e no marcador, como iria abordar a partir daí o jogo o conjunto do Nuno Espírito Santo? Abordou da maneira correcta. Aguentou a reacção insular, mas nunca baixou linhas, procurou sempre sair, podia ter feito o segundo aos 20 - André Silva isolado falhou na cara do guarda-redes, atirando ao lado - ou aos 25 - desta vez foi Diogo Jota também sozinho a permitir a defesa de Rui Silva. Não fez nessas oportunidades flagrantes, mas não desarmou, continuou a jogar bem e fácil, dilatou a vantagem aos 38. Saída rápida para o contra-ataque com a dupla atacante a funcionar na perfeição e André a assistir Diogo, que dessa vez não perdoou. Dois golos, vantagem natural da melhor equipa que não se acomodou, foi à procura do terceiro e ainda antes do intervalo conseguiu, novamente pelo jogador emprestado pelo Atletico de Madrid, desta feita de cabeça dando sequência a um excelente cruzamento de Miguel Layún.
Tudo somado, belíssima primeira-parte do F.C.Porto, que foi uma equipa que pressionou bem, teve dinâmica, foi rápida a pensar e a executar, conseguiu algumas boas oportunidades e se desta vez não teve 100% de eficácia, teve a eficácia que lhe permitiu ir para as cabines com o resultado quase feito.

Mesmo com uma vantagem confortável era importante não relaxar, perder concentração, rigor nas marcações, permitir que o Nacional marcasse um golo, entrasse no jogo. Nos minutos iniciais até parecia que a equipa estava adormecida, dava espaço, abordava mal, não saía para o contra-ataque com critério e não aproveitava o facto dos madeirenses estarem a arriscar e com isso desguarnecerem o seu sector defensivo. Mas aos 58 minutos, quando houve qualidade na saída, concentração na hora do último passe, o quarto golo surgiu e foi Otávio que assistiu André Silva. O quarto golo matou qualquer tentativa de reacção nacionalista, daí até final o F.C.Porto pôde gerir - saíram Diogo Jota, Otávio e Danilo, para as entradas de Maxi, Brahimi e Rúben Neves, aos 72, 76 e 80 minutos -, até podia ter marcado mais um golo, mas saiu da Choupana com uma vitória por números esclarecedores acerca da sua superioridade e da qualidade do seu jogo.

Numa excelente exibição colectiva e várias prestações individuais acima da média, destaque para o jovem, apenas 19 anos, Diogo Jota. Primeira vez a titular, hat-trick. Este moço já tinha mostrado no Paços de Ferreira que tem golo...

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