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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016


Nota de abertura:
Os sócios pagam quotas, uns milhares deles, lugares anuais, mas não gerem o F.C.Porto. Não são, portanto, responsáveis pelas decisões que se tomam no clube/SAD. Essas têm origem numa gestão, não amadora, mas e desde 1997, altamente profissionalizada e cheia de mordomias.
Sendo assim e como F.C.Porto, nas últimas épocas, desportiva e financeiramente, mas não só, tem tido maus resultados, é perfeitamente natural que os sócios e adeptos, não andem contentes, façam críticas. Desde que essas críticas sejam feitas com respeito, objectividade e construtivamente, devem ser encaradas por quem dirige, com naturalidade e sem arrogância. Mas não é o que tem acontecido, quem critica, mesmo com nome e rosto, é apelidado de pipoqueiro, assobiador, portista de segunda, etc. e tal. Como conheço bem o F.C.Porto e a sua história, tenho pena que alguns tenham perdido a memória, esqueçam que no passado tomaram posições e decisões muito piores que aquelas que agora criticam aos outros. Adiante.

O F.C.Porto defronta amanhã o Marítimo em jogo antecipado da 15ª jornada. É mais jogo importante, para ganhar, como serão todos os jogos de uma equipa que tem de correr atrás do prejuízo. E porque quando não se ganha não está tudo mal, também quando se ganha e até se goleia, nem sempre está tudo bem e é nestas alturas que se deve alertar, aproveito a antevisão do jogo com os insulares para dizer o seguinte: há muita gente para quem a equipa que jogou na Feira - Casillas, Maxi, Felipe, Marcano e Alex Telles, Danilo e Óliver, Corona, André Silva, Diogo Jota e Brahimi, equipa que tudo indica jogará de início amanhã -, é a ideal, finalmente Nuno Espírito Santo acertou com o melhor onze. Não estou convencido, vi coisas frente ao Feirense que não gostei nada, serão precisos mais alguns jogos para me convencer da bondade deste sistema, uma espécie de 4x2x4 a atacar, mas que nunca se transformou num 4X4X2 a defender. E não estou convencido porque vi Óliver ao lado de Danilo e longe da área; Jota ao lado de André Silva, muito metidos na área. Como para além disso, Corona e Brahimi, mesmo que já estejam mais disponíveis, não têm muita vocação para baixar e ajudar, a consequência foi muito espaço entre médios e avançados na zona central, espaço que o Feirense, mesmo com um a menos, aproveitou bem, na primeira fase de construção saiu quase sempre à vontade, jogadores com tempo para pensar e executar nas melhores condições, laterais com caminho livre para aparecer na frente e cruzar. Por via disso, mesmo em superioridade numérica, a defesa do F.C.Porto, principalmente durante os 45 minutos iniciais, teve mais trabalho que seria desejável, a baliza de Casillas foi ameaçada várias vezes. Também, com os avançados muito metidos na área e os médios muito atrás, raramente apareceu alguém a ganhar segundas bolas na zona de finalização. Admito que a ganhar desde cedo, a jogar frente a um adversário com menos um e depois de uma jornada de Liga dos Campeões, tenha havido descompressão, desconcentração, adormecimento que levou à falta de pressão e de organização, apareceram desequilíbrios que foram notórios. Portanto, calma, ainda é cedo para concluir que a fórmula é esta, os interpretes são estes... mas até podem ser. Para ser, na minha opinião de treinador de bancada, deve-se alterar o posicionamento de Óliver, uns metros à frente de Danilo; que um dos dois avançados que jogam pelo meio, desça para receber, esteja mais perto do espanhol; os alas não fiquem a ver os laterais adversários a descer à vontade; haja capacidade para pressionar, ganhar segundas bolas.

Rascord a ser Rascord.
Numa das idas ao facebook e numa página que tem o nome: Os truques da imprensa portuguesa, chamou-me a atenção um  post com a foto que está do lado direito. É inacreditável, os tempos passam, mas eles continuam iguais a um passado rasteiro e sujo. Escolher uma foto de um jogador, no caso Helton, acabado de sofrer uma lesão gravíssima, roptura do tendão de Aquiles, para falar sobre anti-jogo, mostra bem a sensibilidade de latrina, da lixeira desportiva do grupo Cofina. Mas não é uma surpresa, é apenas o Rascord a ser Rascord. Cartaxana, Marcelino e afins, deixaram raízes profundas e seguidores empenhados.

O pastel de Belém ressuscitou o papão da Liga Europeia.
O Comité Executivo da UEFA tomou na última sexta-feira algumas decisões sobre o futuro de duas das provas que organiza, Champions League e Liga Europa, para o triénio 2018/2021 - aqui.
Entre outras coisas ficamos a saber que vão existir dois horários para os jogos, 18 horas e 20 horas; as receitas vão aumentar; há países, Inglaterra, Alemanha, Espanha e Itália e que vão passar a ter quatro clubes com entrada directa na prova rainha; os coeficientes dos clubes vão ser alterados, no caso concreto desta última alteração, o F.C.Porto, não por obra e graça do Divino Espírito Santo, mas porque ganhou provas europeias já no tempo da televisão a cores, é o clube português mais beneficiado com as alterações. O director, entre aspas, do panfleto da queimada, podia abordar as decisões da Comité Executivo, mas não, ele, como verdadeiro artista e porque tem o privilégio de ter no lugar do cérebro, um pastel de Belém, vê mais para a frente e já fala numa futura Liga Europeia (*). Curioso, no mínimo, mas seria apenas mais uma serpada para passar ao lado, isto se Serpa não viesse dizer que nessa futura e para ele irreversível Liga Europeia, ainda não há certezas se Portugal estará representado, mas se estiver será pelo Benfica... independentemente da qualificação desportiva. Como ainda estamos em 2016 e até pelo menos 2021 essa questão não se coloca; como até lá muita água ainda vai passar por baixo das pontes, muita coisa pode acontecer; não vale a pena perder muito tempo a pensar na tal Liga Europeia, mas convém perguntar: o Benfica, porquê? Porque te dá jeito enquanto comerciante de papel? Porque causa dessa sempre tão apregoada grandeza do mais maior melhor, mas que na prática significa coisa nenhuma? Achas por acaso, que quem não ganha nada na Europa desde os anos sessenta do Século passado, é mais apelativo nessa hipotética Liga que o F.C.Porto? Achas que ainda vivemos no tempo em por esse mundo fora, do futebol português, só se conhecia o clube do regime e Eusébio?

(*) - Recordo os mais desatentos, que já no tempo em que o ex-capelão da Carregueira e cuja família sobrevive com apenas 440 euros mensais, de seu nome João Vale e Azevedo, presidia aos destinos do Benfica, se falava nessa Liga, já nessa altura os delírios da queimada eram os mesmos...
 

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