terça-feira, 18 de abril de 2017
Nota de abertura:
Como sempre digo, não podemos nem devemos, resumir todos os nossos problemas ao trabalho dos árbitros. No jogo do Dragão frente ao Vitória F.C. de Setúbal, tivemos uma grande oportunidade de assumir a liderança do campeonato, falhamos. Tivemos nova oportunidade de atingir o 1º lugar quando fomos à Luz, falhamos, embora com o empate - e um empate no campo do nosso principal rival nunca é um mau resultado, só será se isso significar o fim de qualquer coisa...-, apesar de nos deixar na situação de não dependermos apenas de nós, continuamos apenas a 1 ponto do líder. Assim, bastaria um empate do Benfica/clube do regime, para que, no caso do F.C.Porto fazer a sua obrigação, ganhar os seus jogos, a liderança passasse de Sul para Norte. Foi nesse sentido o discurso do treinador após o jogo da Luz - onde a equipa entrou muito mal no jogo, ficou cedo a perder, empatou e depois pareceu contente com o empate -, disse ele, mais coisa menos coisa, se ganharmos os nossos jogos seremos campeões. Ora, sabendo que no próximo sábado há um derby entre Sporting e Benfica, talvez o jogo em que há maior probabilidade de o líder perder pontos e bastaria um resultado sem vencedor para que os Dragões assumissem a liderança, o F.C.Porto falhou, novamente, em Braga. E se é verdade que houve decisões da terceira equipa em campo que deixam a desejar - já lá iremos -, mais uma vez a equipa entrou muito mal, deu um avanço de 45 minutos ao adversário.
E a pergunta que se coloca é a seguinte: porque se passa para a opinião pública e para o portismo a convicção que podemos ser campeões, ganhando todos os nossos jogos e depois a equipa entra em campo sem essa convicção, determinação, aquela vontade de que está ali para lutar contra tudo e contra todos, se for preciso ir buscar a vitória ao inferno, vai? Nunca ninguém nos deu nada, o F.C.Porto só conseguiu o que conseguiu porque tinha uma capacidade de transcendência que na hora da verdade fazia a diferença.
Como digo sempre, o F.C.Porto não tem obrigação de ser campeão, mas pela sua História, pelo que investe no futebol, tem de estar sempre na luta pelo título até ao fim. As coisas estiveram complicadas, melhoraram, eles abanaram, tremeram, não lhes cabia um feijão, ficamos com possibilidades de em Maio fazermos uma festa de fazer inveja ao S.João. E na hora de se ver se somos ou não Porto, em vez de um grito de vamos a eles com tudo, até os comemos, tremem-nos as pernas, o discurso é como sempre, cinzento, aceitamos quase resignados, o nosso destino? Nem sequer os obrigamos a ter de ganhar sempre, mesmo sabendo que foi isso que os fez perder o campeonato em 2012/2013? O F.C.Porto mesmo antes de saber o que vai acontecer no derby entre Sporting e Benfica, já reservou uma bancada, 1700 lugares do Municipal de Chaves. É um sinal de apoio e uma enorme prova de confiança na equipa. Que quem treina e quem joga, faça também o seu dever. Já chega de conversa fiada, de discursos da treta, de desculpas de mau pagador.
Ontem no Universo Porto e acredito que mais logo, no Universo Porto - da Bancada acontecerá o mesmo, já foram abordados alguns dos problemas relacionados com o quarteto de arbitragem. E se como disse, não podemos resumir tudo aos árbitros, temos de assumir as nossas responsabilidades, não somos um clube de queixinhas nem de calimeros, também não podemos ficar mudos e quedos perante algumas situações que vão acontecendo. Se por um lado, mesmo sem procurar estabelecer paralelismos entre algumas situações similares que vão acontecendo em benefício do Benfica/clube do regime, dizemos que o cartão amarelo a Felipe, logo aos 2 minutos, é bem mostrado, temos de perguntar porque depois e em várias situações iguais ou piores, Hugo Miguel se encolheu? Como disse, ontem isso foi assunto e hoje deverá voltar a ser nos espaços do F.C.Porto no Porto Canal, mas porque não falou desse vergonhoso critério o treinador do F.C.Porto no final do jogo, não no flash interview, mas na sala de imprensa? Porque não dá Nuno Espírito Santo um murro na mesa, à imagem e semelhança do que fizeram outros que passaram pelo F.C.Porto e alguns nunca apregoaram o seu portismo? Porque não foi também o presidente à zona mista dizer qualquer coisa sobre o assunto?
Eles, os seus encartilhados e os seus paus mandados da comunicação social, pegaram no caso do centro de treinos dos árbitros na Maia, de uma coisa de nada fizeram um filme de terror. Depois foi o caso Canelas, idem aspas, aspas idem. Depois foram os cânticos, infelizes, condenáveis, um tiro no pé, mas nada que já não tivesse acontecido noutras paragens, sem que o escarcéu fosse comparável. No caso dos cânticos, o F.C.Porto até e ao contrário do silêncio das virgens em situações semelhantes, reagiu, fez o que tinha de fazer. Mas e isso é que importa. Nada, tudo foi explorado até aos infinitos, o que aconteceu foi utilizado em prol de quem eles queriam e em prejuízo do F.C.Porto. Porquê? Porque nós permitimos, porque não reagimos com a contundência devida.
Um verme é um verme um reco-reco é um reco-reco.
Fernando Guerra o reco-reco de quem falamos, é mais um no panfleto da queimada a reclamar contra a intervenção da comunicação dos clubes. É mais um que se junta ao coro dos tristes.
- Sabes reco-reco, os homens da comunicação são profissionais ao serviço dos clubes. Já tu que devias ser um profissional ao serviço do rigor, da isenção e da ética, não és nada disso, não passas de um lambe cus do Benfica e de Vieira.
Está mais que provado que a cartilha do Janela não tem nada a ver com profissionalismo, por mais que o clube do regime tente dizer que tem. Não, aquilo é um manifesto terrorista que visa pressionar, condicionar, coagir, denegrir. Um exemplo paradigmático: quando dois dos que se regem pela cartilha, Pedro Guerra e Rui Gomes da Silva, o Chouriço, dizem exactamente o mesmo em programas que vão para o ar à mesma hora, como aconteceu na época passada, dizendo após um Sporting - Benfica para a Taça de Portugal, que a expulsão de Ederson, guarda-redes do Benfica que estava no banco, foi propositada, porque com Júlio César limitado fisicamente, tinha a intenção de obrigar o Benfica a utilizar um jogador de campo na baliza, isso não é um ataque à honra do árbitro Jorge Sousa e ao futebol? Esse acontecimento já foi na época passada, mas não há nas cartilhas desta época nada que o Conselho de Disciplina tenha pelo menos curiosidade em saber? Procurar junto de quem sabe o que dizem as cartilhas que já vão na semana 36, pelo menos?